A REFORMA PROTESTANTE E O BRASIL
Por: Rev. Alderi Souza de Matos
494 anos se passaram desde que a Europa e, conseqüentemente, outras partes do mundo, viram florescer a Reforma Protestante, um movimento predominantemente religioso, iniciado pelo monge Martinho Lutero, na Alemanha. Até 1517 o Ocidente era regido pelo pensamento autoritário e absoluto da Igreja Medieval, supremacia que atingia também o modo de ser, pensar e atuar da sociedade.
Havia um profundo contraste socio-econômico herdado das relações servis do feudalismo, o saber não era distribuído, principalmente o conhecimento a respeito de Deus, e a baixa expectativa de vida da população somavam-se aos duros rituais e impostos eclesiásticos, tais como a venda de indulgências.
494 anos se passaram desde que a Europa e, conseqüentemente, outras partes do mundo, viram florescer a Reforma Protestante, um movimento predominantemente religioso, iniciado pelo monge Martinho Lutero, na Alemanha. Até 1517 o Ocidente era regido pelo pensamento autoritário e absoluto da Igreja Medieval, supremacia que atingia também o modo de ser, pensar e atuar da sociedade.
Havia um profundo contraste socio-econômico herdado das relações servis do feudalismo, o saber não era distribuído, principalmente o conhecimento a respeito de Deus, e a baixa expectativa de vida da população somavam-se aos duros rituais e impostos eclesiásticos, tais como a venda de indulgências.
Era necessário se libertar definitivamente da Idade das Trevas (como é conhecida a Idade Média), e as 95 teses de Lutero, afixadas na porta da Catedral de Wittenberg, deram o passo inicial, colocando em xeque o autoritarismo religioso.
Nesse esforço, a Reforma apoiou-se em três fundamentos ou pressupostos essenciais: a centralidade da Escritura (“Sola Scriptura”), a justificação pela graça mediante a fé (“Solo Christo”, “Sola Gratia” e “Sola Fides”) e o sacerdócio de todos os crentes - a igreja passou a ser vista como uma comunidade, não somente uma instituição. Buscou-se, desse modo, um novo entendimento sobre a relação entre Deus e os seres humanos.
Impactos da Reforma no Brasil
Apesar de não ter vivenciado diretamente o movimento, a nação brasileira, no período colonial, sentiu alguns impactos da Reforma. Iniciativas protestantes foram duramente repelidas pela coroa portuguesa, que não via com bons olhos a presença de estrangeiros em sua terra, ainda mais com a nova mentalidade que carregavam consigo.
Apesar de não ter vivenciado diretamente o movimento, a nação brasileira, no período colonial, sentiu alguns impactos da Reforma. Iniciativas protestantes foram duramente repelidas pela coroa portuguesa, que não via com bons olhos a presença de estrangeiros em sua terra, ainda mais com a nova mentalidade que carregavam consigo.
Um dos episódios mais marcantes foi o caso dos protestantes vindos da França. O almirante Nicolas Durand de Villegaignon, líder da expedição que ocupou o território da Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, preocupou-se com o nível religioso e moral da sua colônia. Solicitou à Igreja Reformada de Genebra o envio de pastores e crentes para pregar aos patrícios e evangelizar os nativos.
Os pastores atenderam prontamente ao chamado e celebraram o primeiro culto protestante e a primeira Santa Ceia das Américas em solo brasileiro. O ano era 1557. Contudo, o almirante que convocou a missão passou a perseguir os evangélicos. Chegou também a descrever João Calvino como “um herege transviado da fé”.
Jean de Léry, sapateiro protestante que fazia parte do grupo, escreveu um relato sobre o período e afirmou que tal mudança de opinião por parte de Villegaignon poderia ter sido motivada por algumas cartas que recebeu, enviadas por importantes personagens católicos. Só isso parecia explicar suas atitudes estranhas e contraditórias, pois os crentes franceses foram expulsos ou mortos.
Outros protestantes que também enfrentaram oposição em solo brasileiro foram os holandeses. Estes chegaram ao Brasil por volta de 1624. Segundo artigo do rev. Frans Leonard Schalkwijk, publicado na revista História Viva (fevereiro de 2004), os holandeses reformados iniciaram um trabalho de evangelização dos índios no chamado Brasil holandês (Pernambuco e regiões vizinhas). A pregação da palavra era feita na língua nativa e a pretensão era traduzir a Bíblia para o tupi.
Por essa e outras questões (de cunho econômico principalmente), os holandeses foram expulsos do Brasil em 1654. Conseqüentemente, a nação brasileira só presenciou a chegada definitiva de protestantes no século 19. A Igreja Presbiteriana ingressou no país no ano de 1859.
Extraído do SITE IPB
Extraído do SITE IPB
Para saber mais sobre a Reforma:
A Reforma Protestante - Por: Rev. Ricardo Mota
Para ler na íntegra as 95 de Martim Lutero:
As 95 Teses de Martinho Lutero.
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