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Mostrando postagens de março, 2023

Pastores feridos

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Pastores que abandonam o púlpito enfrentam o difícil caminho da auto-aceitação e do recomeço Desânimo, solidão, insegurança, medo e dúvida. Uma estranha combinação de sensações passou a atormentar José Nilton Lima Fernandes, hoje com 41 anos, a certa altura da vida. Pastor evangélico, ele chegou ao púlpito depois de uma longa vivência religiosa, que se confunde com a de sua trajetória. Criado numa igreja pentecostal, Nilton exerceu a liderança da mocidade já aos 16 anos, e logo sentiria o chamado – expressão que, no jargão evangélico, designa aquele momento em que o indivíduo percebe-se vocacionado por Deus para o ministério da Palavra. Mas foi numa denominação do ramo protestante histórico, a Igreja Presbiteriana Independente (IPI), na cidade de São Paulo, que ele se estabeleceu como pastor. Graduado em Direito, Teologia e Filosofia, tinha tudo para ser um excelente ministro do Evangelho, aliando a erudição ao conhecimento das Sagradas Escrituras. Contudo, ele chegou diante de uma

O legado de Lóide e Eunice

2 Timóteo 1 5; 3 12-16 Pensar em um legado ou herança é algo totalmente normal e até necessário, é sinal de responsabilidade dos que trabalham dia a dia, sol a sol, em prol do bem estar de si mesmo e de seus familiares. Mas existe um outro tipo de herança, uma herança que remete à eternidade onde ladrões não roubam, direitos não são jamais subvertidos, ferrugem e traças não consomem. Quem foi Timóteo? Timóteo era um nativo de Listra, colônia romana na província da Galácia. Filho de um casamento misto, seu pai era gentio e sua mãe judia (At 16 1). Pouco é sabido sobre seu pai, que aparentemente não se converteu ao evangelho, mas sua mãe e avó eram convertidas, certamente como resultado do trabalho missionário de Paulo em sua primeira viagem missionária, quando ele pregou em Listra. Desde a infância Timóteo foi instruído por elas nas Sagradas Escrituras, e tiveram indubitável influência em sua conversão. (Bíblia de Genebra). Vejamos que herança é essa. 1 – uma fé não fingida pela recorda

A loucura de Sansão

Juízes 16 "E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o Senhor se tinha retirado dele.” Juízes 16 20. A história de Sansão é dramática. Ele não temia a Deus, apesar de pertencer a uma família temente a Deus. O nascimento de Sansão foi um plano de Deus para o livramento de Israel. Assim como em vários outros casos bíblicos, a mãe de Sansão era estéril e ele foi concebido por um milagre de Deus (Jz 13 3). Assim, em toda a sua história há uma mistura de sinais maravilhosos de Deus concedendo-lhe força para lutar contra os inimigos, e ele praticando pecados, envolvendo-se com pessoas pagãs, aproximando-se dos inimigos de Deus. A sua força física lhe garantia muitas vitórias, mas ele era um derrotado por seu próprio ego e pecado. Não há como explicar a loucura de Sansão. Sua insensatez e falta de precaução é comparável à de um incrédulo que pass

Deus é o Autor da nossa redenção

“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do Seu amor, no Qual temos a redenção, a remissão dos pecados.” Colossenses 1:13,14. A Bíblia nos declara que há um império das trevas. Sim! O reino de satanás não é um reino sem hierarquia, mas é um império. Em Efésios a Bíblia trata esse império com a expressão “principados e potestades”. Porém Deus é maior que tudo, inclusive maior do que as trevas. Ele é infinitamente maior do que todas as coisas, porque tudo foi criado por Ele e sem Ele nada do que foi feito se fez (João 1:3). Deus enviou Jesus para nos salvar, nos redimir expiando cabalmente os nossos pecados. Em Sua morte e ressurreição, Jesus venceu o diabo e suas hostes. “[...] estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.” Apocalipse 1:18. É nessa perspectiva que eu lhes proponho o tema: Deus, o Autor da nossa redenção . E Ele é o autor da nossa redenção porque: 1 - Ele nos libertou do impé

A oração na Confissão de fé de Westminster

Da fé salvadora - CFW capítulo 14 I. A graça da fé, pela qual os eleitos são habilitados a crer para a salvação das suas almas, é a obra que o Espírito de Cristo faz nos corações deles, e é ordinariamente operada pelo ministério da palavra; por esse ministério, bem como pela administração dos sacramentos e pela oração, ela é aumentada e fortalecida. Hb 10:39; II Co 4:13; Ef 1:17-20, e 2:8; Mt 28:19-20; Rm 10:14, 17: I Co 1:21; I Pe 2:2; Rm 1:16-17; Lu 22:19; Jo 6:54-56; Rm 6:11; Lc 17:5, e 22:32. A primeira menção à oração na CFW é tratando-a em conexão com a fé salvadora. Que conexão é esta? Primeiro, vamos definir o que não é a oração: a oração não é fonte de salvação, ou, dita de outra maneira, ela não produz a fé salvadora - ela não é apresentada aqui nem mesmo como um subproduto da salvação. Para os crentes reunidos em Westminster a oração encontra-se mais em conexão com o ministério da Igreja e a devoção pessoal dos crentes. A dinâmica da salvação 1 - Pela graça de Deus  - Ef 2.5