O LIVRE IRRESPONSÁVEL: A QUESTÃO DA JUSTIÇA
Por Rev Jonatas Abdias
Uma importante implicação das questões até agora discutidas é justamente a da responsabilidade. Antes, porém lembremo-nos de que em nenhum lugar na Bíblia a responsabilidade está vinculada ao livre-arbítrio.
Porém, podemos sim, perguntar, como ser considerados responsáveis por nossas ações, a menos que as ações da vontade estejam diretamente presas ao caráter? É precisamente sobre esta base que se alicerça a justiça! Urramos de raiva quando uma injustiça é cometida ou quando um crime hediondo não é punido. Mas como responsabilizar ladrões, assassinos, psicopatas e afins, se eles apenas são a conseqüente expressão insana de uma vontade protegida pelo acaso, absolutamente espontâneo?
Permitam-me explicar: A única acusação que pode recair sobre os ombros do delinqüente e transgressor, é a acusação de que ele cedeu à sua vontade. Quando ceder à vontade diz respeito a comer mais um pedaço do seu doce preferido em meio à dieta, ou a comprar o mais novo item de questionável utilidade doméstica, ninguém reclama. Mas quando falamos de assassinos e ladrões, a coisa muda de figura. Entretanto, não raro temos levado a loucura aos tribunais, a ponto de, sem saída por não conseguir provar a inocência, assume-se a “autoria dos fatos” como um agente da passiva (lembram?!?!?), isto é, como um infeliz que precisa de tratamento médico e psiquiátrico, porque cedeu à sua vontade doente... Os demais, que fazem o mesmo, cedendo às suas vontades, constantemente, limitadas a questões sobre comer doces, comprar compulsivamente e assim por diante, andam na rua sem menor problema e podem muito bem estar bem próximo de você neste momento! Ou somos todos loucos, ou louca é a teoria do livre-arbítrio!
O homem possui vontade, faz escolhas e é responsável. Porém sua vontade não é indeterminada, antes é fruto do seu próprio caráter. Suas escolhas são reais, porém, escravas de sua vontade maior! Ou sua vontade buscará agradar a si e/ou Ídolos, ou agradar a Deus! E ele é responsável por tais escolhas, uma vez que todos, nem que seja a partir do mínimo, têm o conhecimento de Deus que os torna indesculpáveis – vide Romanos 1.
Aliás, é sobre a base do conhecimento que repousa a responsabilidade, e não sobre a base da pretensa liberdade de escolha. “O corpo total da legislação e da ética ocidentais depende do reconhecimento universal de que as ações são o escoamento responsável do caráter de uma pessoa”(Wright, 1998, p.49).
Extraído de "Pensamento Cativo" http://www.pensamentocativo.blogspot.com/
O Rev Jonatas Abdias é pastor eleito da 3ª IPB de Barretos / SP
Uma importante implicação das questões até agora discutidas é justamente a da responsabilidade. Antes, porém lembremo-nos de que em nenhum lugar na Bíblia a responsabilidade está vinculada ao livre-arbítrio.
Porém, podemos sim, perguntar, como ser considerados responsáveis por nossas ações, a menos que as ações da vontade estejam diretamente presas ao caráter? É precisamente sobre esta base que se alicerça a justiça! Urramos de raiva quando uma injustiça é cometida ou quando um crime hediondo não é punido. Mas como responsabilizar ladrões, assassinos, psicopatas e afins, se eles apenas são a conseqüente expressão insana de uma vontade protegida pelo acaso, absolutamente espontâneo?
Permitam-me explicar: A única acusação que pode recair sobre os ombros do delinqüente e transgressor, é a acusação de que ele cedeu à sua vontade. Quando ceder à vontade diz respeito a comer mais um pedaço do seu doce preferido em meio à dieta, ou a comprar o mais novo item de questionável utilidade doméstica, ninguém reclama. Mas quando falamos de assassinos e ladrões, a coisa muda de figura. Entretanto, não raro temos levado a loucura aos tribunais, a ponto de, sem saída por não conseguir provar a inocência, assume-se a “autoria dos fatos” como um agente da passiva (lembram?!?!?), isto é, como um infeliz que precisa de tratamento médico e psiquiátrico, porque cedeu à sua vontade doente... Os demais, que fazem o mesmo, cedendo às suas vontades, constantemente, limitadas a questões sobre comer doces, comprar compulsivamente e assim por diante, andam na rua sem menor problema e podem muito bem estar bem próximo de você neste momento! Ou somos todos loucos, ou louca é a teoria do livre-arbítrio!
O homem possui vontade, faz escolhas e é responsável. Porém sua vontade não é indeterminada, antes é fruto do seu próprio caráter. Suas escolhas são reais, porém, escravas de sua vontade maior! Ou sua vontade buscará agradar a si e/ou Ídolos, ou agradar a Deus! E ele é responsável por tais escolhas, uma vez que todos, nem que seja a partir do mínimo, têm o conhecimento de Deus que os torna indesculpáveis – vide Romanos 1.
Aliás, é sobre a base do conhecimento que repousa a responsabilidade, e não sobre a base da pretensa liberdade de escolha. “O corpo total da legislação e da ética ocidentais depende do reconhecimento universal de que as ações são o escoamento responsável do caráter de uma pessoa”(Wright, 1998, p.49).
Extraído de "Pensamento Cativo" http://www.pensamentocativo.blogspot.com/
O Rev Jonatas Abdias é pastor eleito da 3ª IPB de Barretos / SP
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