O PROBLEMA DOS SENTIMENTOS
O Problema dos Sentimentos
"Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu". Tiago 5:17.
Os sentimentos são inerentes ao ser humano. Sentimos frio, calor, fome, alegria, tristeza... Faz parte de nossa natureza, é fruto de nossa alma. Deus nos fez assim, dotados de sentimentos. E como a maioria das coisas têm um lado positivo e outro negativo, com os sentimentos não seria diferente.
Como é bom sentir o sabor de um bolo de chocolate, por exemplo. Como é bom sentir o prazer de estar reunidos em família, como é gratificante sentir a comunhão da igreja e a presença de Deus na pregação da Palavra, no culto sagrado, na intimidade da oração.
Mas os problemas começam quando não sabemos lidar com os sentimentos, pois a mesma alma que sente os prazeres acima sente raiva, desânimo, tristeza, ódio... Portanto precisamos saber lidar com nossos sentimentos. Num momento estamos alegres e em paz, e no momento seguinte podemos estar depressivos, inquietos e com os nervos à flor da pele. Existe uma enfermidade chamada "bipolaridade" http://www.bipolaridade.com.br/ , mas de certo modo todos temos essa tendência se deixarmos os sentimentos nos dominarem.
A Bíblia nos assegura que Elias era um ser humano normal, sujeito aos sentimentos, no entanto orou com instância. Isso nos mostra como os sentimentos podem afetar nossa vida espiritual, se permitirmos que eles nos dominem.
VIVENDO EM FUNÇÃO DE QUÊ?
Uma pessoa guiada por seus sentimentos fará aquilo que estiver sentindo no momento e tudo no dia dependerá de seu "humor". Para vencermos esta grande dificuldade precisamos aprender a dominar os sentimentos e não permitir que os sentimentos nos dominem. É necessário que nos exercitemos na prática da Palavra de Deus, obedientemente, e "educarmos" nossos sentimentos, colocando nossa alma submissa à Palavra de Deus. Então poderemos viver não em função daquilo que simplesmente "sentimos" mas em função da Palavra de Deus que nos revela a Sua vontade.
Acontece que nossa vontade está ligada diretamente aos nossos sentimentos, e esse é um grande problema da alma resgatada pelo sangue de Cristo - submeter nossa vontade à vontade daquEle que nos comprou. De um lado temos a Palavra de Deus que é o plano de Deus revelado a nós, e de outro lado, tão inerente a nós temos nada menos que nós mesmos: nossa alma, nossa própria história, nosso arcabouço de vontades, emoções, desejos, sonhos, planos, raivas, iras, sentimentos tantas vezes sombrios e distantes do plano de Deus.
DÁ-ME TEU CORAÇÃO - PV 23:26
Em Provérbios 23:26 o Senhor soberano de todo universo, há tanto tempo diz: "filho meu, dá-me o teu coração". Não poderia Ele que é Senhor absoluto fazer isso sem dizer nada? Claro que sim, mas vemos aqui justamente a necessidade de submetermos espontaneamente nossos sentimentos e desejos à Ele. Entenda-se aqui o coração como a sede dos sentimentos, vontades e emoções, a cabine de comando de nossa vida, o local onde as decisões são tomadas.
Se desejamos servir a Deus de um modo verdadeiro precisamos servi-Lo de coração, ou seja, colocando nossos sentimentos sob Sua vontade, e a Sua vontade está revelada na Bíblia. Mas não basta fazer a vontade de Deus, Ele quer que a pratiquemos de coração (Ef 6:6). Isso exige de nós exercício espiritual e renúncia. O exercício espiritual trata da prática da leitura e estudo da Bíblia e da oração, do louvor, da adoração, do nosso compromisso com o reino, da frequência aos cultos públicos e reuniões da igreja (Sl 133; Hb 10:25). A renúncia trata de santificação, obediência na vida cristã prática, diária, real. No momento em que somos confrontados com nosso pecado, com o mundo, com nossos sentimentos, e somos desafiados a renunciar a nós mesmos, ao nosso próprio sentimento e obedecer a vontade do Senhor integralmente.
ESTOU / NÃO ESTOU SENTINDO PAZ
Um outro problema ligado aos sentimentos e muito mais sutil, é quando consciente ou inconscientemente criamos uma máscara, um disfarce para justificar nossas ações e decisões através da conhecida frase "estou / não estou sentindo paz". É como se tudo na vida cristã dependesse de um sentimento de paz interior e nem tanto de bom senso e obediência.
"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" Jr 17:9.
O problema está no fato de que esse sentimento de paz ou de falta dela é muito frágil pois é fruto do coração, da alma, do que nos levou a este sentimento naquele momento. Maldito é aquele que é guiado por seu próprio coração. Não poucas vezes esse sentimento é fruto de nossa desobediência ou de conveniências pessoais regidas por nossa alma corrupta. Jonas não sentia paz em ir a Nínive (Jn 1:1-3) e Pedro também não sentiu paz quando o Senhor Jesus afirmou que iria sofrer, morrer e depois ressuscitar (Mc 8:31-33) e lembremos que nessa circunstância o Senhor repreendeu o próprio satanás. Na verdade nesses dois exemplos ambos deixaram que seus sentimentos guiassem suas decisões naquele momento. Jonas decidiu desobedecer às ordens expressas do Senhor devido ao que ele sentia em relação aos ninivitas e Pedro reprovou Jesus devido ao amor que sentia pelo Mestre. Nosso coração é enganoso, os nossos sentimentos são enganosos, por isso não podemos confiar tanto neles tomando decisões fundamentadas neles.
Existem pessoas que não sabem tomar uma decisão se não estiverem sentindo uma pretensa "paz interior" como se isso fosse um tipo de revelação de Deus, uma direção dada por Ele para aquele momento específico. Não precisamos buscar ou esperar sentir alguma coisa quando sabemos o que a Bíblia nos orienta fazer, basta ter bom senso, inteligência, e obedecer a Palavra de Deus. Esse é o problema, quando sabemos o que devemos fazer e não fazemos dizendo que não estamos sentindo paz no coração. Na verdade não desejamos fazer o que Deus deseja e tentamos justificar usando o argumento do sentimento ou da ausência do mesmo.
MALDITA "FILOSOFIA" DA PROSPERIDADE
Para tantas e tantas outras situações o Senhor nos dotou de inteligência para tomarmos as decisões medindo as consequências que virão não através de um sentimento de paz no coração, mas com sensatez. Por exemplo: devo ou não entrar nesse financiamento bancário. Já houve até pessoas que entraram em um financiamento a perder de vista e depois se arrependeram amargamente, mas naquele momento sentiam uma "paz" muito grande no coração. Na verdade essa tal paz era um engano, o desejo obcecado de comprar, a ganância, a vaidade, satisfazendo assim a sede da alma de possuir um determinado bem, não medindo as consequências que viriam após assinar aquele contrato de financiamento. E após dar o salto maior do que as pernas muitos ainda dizem para se justificar que isso ou aquilo não deu certo porque faltou fé, ou porque foi ataque do inimigo na vida financeira. Na verdade faltou inteligência, humildade, abnegação, pés no chão, zelo antes de tomar esse tipo de decisão. Obviamente alguns que professam a maldita filosofia da prosperidade (não direi mais teologia) discordarão, Deus tenha misericórdia! Pensar todos pensam porém nem todos pensam com inteligência.
Certamente poderá haver alguma situação em que iremos pedir orientação ao Senhor no sentido de que Ele nos oriente e Ele pode fazer isso se Ele desejar através desse sentimento de paz; porém isso não pode se tornar uma regra de vida para nós, será uma excessão e não o usual.
IDENTIFICANDO E CONTROLANDO OS SENTIMENTOS
Um dos sinais de maturidade cristã está no fato de termos controle de nossos sentimentos e emoções, mesmo diante de pressões externas e situações que nos acometem. Mas como controlar-se algo que não se conhece? Para que possamos controlar nossos sentimentos precisamos antes de mais nada conhecê-los.
Já dizia o filósofo "homem conhece-te a ti mesmo". Seremos capazes de identificar o que afeta nossos sentimentos? Qual a sua origem? O que está por trás de nosso sorriso, nosso olhar? O que gera em nós a tristeza e a inquietação? O que nos alegra? O que nos deprime? O que gera em nós atitudes que muitas vezes nos surpreendem a nós mesmos? Como alguém perguntaria: por que eu sou assim?
Certamente que para essa identificação de nossos sentimentos precisamos ter um melhor conhecimento de quem nós somos por dentro. Entendemos que os sentimentos emanam e interagem em nosso caráter. João Calvino em sua obra diz que “(...) é notório que o homem jamais chega ao puro conhecimento de si mesmo, se antes não contemplar a face de Deus e, da visão de Deus, descer ao exame de si mesmo” - João Calvino - Pastor www.monergismo.com/textos/jcalvino/calvino_pastor.htm.
Portanto se desejamos controlar nossos sentimentos e não sermos controlados por eles, precisamos antes de mais nada conhecê-los, o que em síntese é conhecer a nós mesmos, e isso só será possível na medida em que conhecermos mais melhor ao nosso Deus.
A solução para esse dilema é a prática de uma comunhão íntima e verdadeira com o Senhor, isenta das sutilezas de nossa alma: hipocrisias, armas e armações, ataques e defesas, disfarces, máscaras, mentiras, etc. Nos entregando assim, inteiramente, verdadeiramente, à Ele que é o autor e consumador de nossa salvação.
Diante da verdade que emana de Seu ser eterno, imutável e perfeito, todas as mentiras se dissipam, todas as inverdades são desnudas, toda malícia é revelada, e aí sim poderá acontecer uma transformação real e profunda de nosso caráter, um controle dos sentimentos que emanam de nossa alma se manifestará.
Que Deus nos ajude nessa que talvez seja a primordial de todas as nossas missões.
Por: Paulo Sergio da Silva
"Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu". Tiago 5:17.
Os sentimentos são inerentes ao ser humano. Sentimos frio, calor, fome, alegria, tristeza... Faz parte de nossa natureza, é fruto de nossa alma. Deus nos fez assim, dotados de sentimentos. E como a maioria das coisas têm um lado positivo e outro negativo, com os sentimentos não seria diferente.
Como é bom sentir o sabor de um bolo de chocolate, por exemplo. Como é bom sentir o prazer de estar reunidos em família, como é gratificante sentir a comunhão da igreja e a presença de Deus na pregação da Palavra, no culto sagrado, na intimidade da oração.
Mas os problemas começam quando não sabemos lidar com os sentimentos, pois a mesma alma que sente os prazeres acima sente raiva, desânimo, tristeza, ódio... Portanto precisamos saber lidar com nossos sentimentos. Num momento estamos alegres e em paz, e no momento seguinte podemos estar depressivos, inquietos e com os nervos à flor da pele. Existe uma enfermidade chamada "bipolaridade" http://www.bipolaridade.com.br/ , mas de certo modo todos temos essa tendência se deixarmos os sentimentos nos dominarem.
A Bíblia nos assegura que Elias era um ser humano normal, sujeito aos sentimentos, no entanto orou com instância. Isso nos mostra como os sentimentos podem afetar nossa vida espiritual, se permitirmos que eles nos dominem.
VIVENDO EM FUNÇÃO DE QUÊ?
Uma pessoa guiada por seus sentimentos fará aquilo que estiver sentindo no momento e tudo no dia dependerá de seu "humor". Para vencermos esta grande dificuldade precisamos aprender a dominar os sentimentos e não permitir que os sentimentos nos dominem. É necessário que nos exercitemos na prática da Palavra de Deus, obedientemente, e "educarmos" nossos sentimentos, colocando nossa alma submissa à Palavra de Deus. Então poderemos viver não em função daquilo que simplesmente "sentimos" mas em função da Palavra de Deus que nos revela a Sua vontade.
Acontece que nossa vontade está ligada diretamente aos nossos sentimentos, e esse é um grande problema da alma resgatada pelo sangue de Cristo - submeter nossa vontade à vontade daquEle que nos comprou. De um lado temos a Palavra de Deus que é o plano de Deus revelado a nós, e de outro lado, tão inerente a nós temos nada menos que nós mesmos: nossa alma, nossa própria história, nosso arcabouço de vontades, emoções, desejos, sonhos, planos, raivas, iras, sentimentos tantas vezes sombrios e distantes do plano de Deus.
DÁ-ME TEU CORAÇÃO - PV 23:26
Em Provérbios 23:26 o Senhor soberano de todo universo, há tanto tempo diz: "filho meu, dá-me o teu coração". Não poderia Ele que é Senhor absoluto fazer isso sem dizer nada? Claro que sim, mas vemos aqui justamente a necessidade de submetermos espontaneamente nossos sentimentos e desejos à Ele. Entenda-se aqui o coração como a sede dos sentimentos, vontades e emoções, a cabine de comando de nossa vida, o local onde as decisões são tomadas.
Se desejamos servir a Deus de um modo verdadeiro precisamos servi-Lo de coração, ou seja, colocando nossos sentimentos sob Sua vontade, e a Sua vontade está revelada na Bíblia. Mas não basta fazer a vontade de Deus, Ele quer que a pratiquemos de coração (Ef 6:6). Isso exige de nós exercício espiritual e renúncia. O exercício espiritual trata da prática da leitura e estudo da Bíblia e da oração, do louvor, da adoração, do nosso compromisso com o reino, da frequência aos cultos públicos e reuniões da igreja (Sl 133; Hb 10:25). A renúncia trata de santificação, obediência na vida cristã prática, diária, real. No momento em que somos confrontados com nosso pecado, com o mundo, com nossos sentimentos, e somos desafiados a renunciar a nós mesmos, ao nosso próprio sentimento e obedecer a vontade do Senhor integralmente.
ESTOU / NÃO ESTOU SENTINDO PAZ
Um outro problema ligado aos sentimentos e muito mais sutil, é quando consciente ou inconscientemente criamos uma máscara, um disfarce para justificar nossas ações e decisões através da conhecida frase "estou / não estou sentindo paz". É como se tudo na vida cristã dependesse de um sentimento de paz interior e nem tanto de bom senso e obediência.
"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" Jr 17:9.
O problema está no fato de que esse sentimento de paz ou de falta dela é muito frágil pois é fruto do coração, da alma, do que nos levou a este sentimento naquele momento. Maldito é aquele que é guiado por seu próprio coração. Não poucas vezes esse sentimento é fruto de nossa desobediência ou de conveniências pessoais regidas por nossa alma corrupta. Jonas não sentia paz em ir a Nínive (Jn 1:1-3) e Pedro também não sentiu paz quando o Senhor Jesus afirmou que iria sofrer, morrer e depois ressuscitar (Mc 8:31-33) e lembremos que nessa circunstância o Senhor repreendeu o próprio satanás. Na verdade nesses dois exemplos ambos deixaram que seus sentimentos guiassem suas decisões naquele momento. Jonas decidiu desobedecer às ordens expressas do Senhor devido ao que ele sentia em relação aos ninivitas e Pedro reprovou Jesus devido ao amor que sentia pelo Mestre. Nosso coração é enganoso, os nossos sentimentos são enganosos, por isso não podemos confiar tanto neles tomando decisões fundamentadas neles.
Existem pessoas que não sabem tomar uma decisão se não estiverem sentindo uma pretensa "paz interior" como se isso fosse um tipo de revelação de Deus, uma direção dada por Ele para aquele momento específico. Não precisamos buscar ou esperar sentir alguma coisa quando sabemos o que a Bíblia nos orienta fazer, basta ter bom senso, inteligência, e obedecer a Palavra de Deus. Esse é o problema, quando sabemos o que devemos fazer e não fazemos dizendo que não estamos sentindo paz no coração. Na verdade não desejamos fazer o que Deus deseja e tentamos justificar usando o argumento do sentimento ou da ausência do mesmo.
MALDITA "FILOSOFIA" DA PROSPERIDADE
Para tantas e tantas outras situações o Senhor nos dotou de inteligência para tomarmos as decisões medindo as consequências que virão não através de um sentimento de paz no coração, mas com sensatez. Por exemplo: devo ou não entrar nesse financiamento bancário. Já houve até pessoas que entraram em um financiamento a perder de vista e depois se arrependeram amargamente, mas naquele momento sentiam uma "paz" muito grande no coração. Na verdade essa tal paz era um engano, o desejo obcecado de comprar, a ganância, a vaidade, satisfazendo assim a sede da alma de possuir um determinado bem, não medindo as consequências que viriam após assinar aquele contrato de financiamento. E após dar o salto maior do que as pernas muitos ainda dizem para se justificar que isso ou aquilo não deu certo porque faltou fé, ou porque foi ataque do inimigo na vida financeira. Na verdade faltou inteligência, humildade, abnegação, pés no chão, zelo antes de tomar esse tipo de decisão. Obviamente alguns que professam a maldita filosofia da prosperidade (não direi mais teologia) discordarão, Deus tenha misericórdia! Pensar todos pensam porém nem todos pensam com inteligência.
Certamente poderá haver alguma situação em que iremos pedir orientação ao Senhor no sentido de que Ele nos oriente e Ele pode fazer isso se Ele desejar através desse sentimento de paz; porém isso não pode se tornar uma regra de vida para nós, será uma excessão e não o usual.
IDENTIFICANDO E CONTROLANDO OS SENTIMENTOS
Um dos sinais de maturidade cristã está no fato de termos controle de nossos sentimentos e emoções, mesmo diante de pressões externas e situações que nos acometem. Mas como controlar-se algo que não se conhece? Para que possamos controlar nossos sentimentos precisamos antes de mais nada conhecê-los.
Já dizia o filósofo "homem conhece-te a ti mesmo". Seremos capazes de identificar o que afeta nossos sentimentos? Qual a sua origem? O que está por trás de nosso sorriso, nosso olhar? O que gera em nós a tristeza e a inquietação? O que nos alegra? O que nos deprime? O que gera em nós atitudes que muitas vezes nos surpreendem a nós mesmos? Como alguém perguntaria: por que eu sou assim?
Certamente que para essa identificação de nossos sentimentos precisamos ter um melhor conhecimento de quem nós somos por dentro. Entendemos que os sentimentos emanam e interagem em nosso caráter. João Calvino em sua obra diz que “(...) é notório que o homem jamais chega ao puro conhecimento de si mesmo, se antes não contemplar a face de Deus e, da visão de Deus, descer ao exame de si mesmo” - João Calvino - Pastor www.monergismo.com/textos/jcalvino/calvino_pastor.htm.
Portanto se desejamos controlar nossos sentimentos e não sermos controlados por eles, precisamos antes de mais nada conhecê-los, o que em síntese é conhecer a nós mesmos, e isso só será possível na medida em que conhecermos mais melhor ao nosso Deus.
A solução para esse dilema é a prática de uma comunhão íntima e verdadeira com o Senhor, isenta das sutilezas de nossa alma: hipocrisias, armas e armações, ataques e defesas, disfarces, máscaras, mentiras, etc. Nos entregando assim, inteiramente, verdadeiramente, à Ele que é o autor e consumador de nossa salvação.
Diante da verdade que emana de Seu ser eterno, imutável e perfeito, todas as mentiras se dissipam, todas as inverdades são desnudas, toda malícia é revelada, e aí sim poderá acontecer uma transformação real e profunda de nosso caráter, um controle dos sentimentos que emanam de nossa alma se manifestará.
Que Deus nos ajude nessa que talvez seja a primordial de todas as nossas missões.
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