Jesus e os traidores
A voluntariedade de Cristo mais uma vez se manifesta em Sua entrega final no Getsêmani, para ser preso. Jesus estava com os discípulos no Jardim do Getsêmani (Mt 26:36) quando vem Judas e um pelotão de soldados para O prenderem. Eles vêm com tochas e armas, como se Jesus fosse alguém perigoso, ou temendo que os discípulos tentassem impedir que Ele fosse levado. O Evangelho de João 18:4-9 traz um relato impressionante da conversa de Jesus com aqueles homens:
18.4 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais? 18.5 Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles. 18.6 Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra. 18.7 Jesus, de novo, lhes perguntou: A quem buscais? Responderam: A Jesus, o Nazareno. 18.8 Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes; 18.9 para se cumprir a palavra que dissera: Não perdi nenhum dos que me deste.
Quando Jesus diz “Sou Eu”, diante de Seu poder, glória e majestade, os soldados recuaram e caíram por terra (vs. 6). No vs. 7 Jesus pergunta novamente “a quem buscais?” E se entrega nas mãos de seus inimigos. Nota-se que os soldados tiveram dificuldade se aproximar de Jesus, mas Jesus insistiu em entregar-se. Isso devido ao Seu poder, à Sua divindade. Mas mesmo tendo uma confrontação dessas com o poder de Deus aqueles soldados não desistiram de seu intento maligno. Há pessoas que têm tanta maldade nos corações que parecem não desistir de seu pecado mesmo diante da grandeza de Deus. Basta olhar para a natureza, o nascer do sol, a lua e as estrelas, uma flor, o sorriso de uma criança, para constatarmos a maravilhosa criação de Deus. Mas muitos O negam, semelhantes àqueles homens, mesmo diante de Suas obras.
Jesus curou o soldado Malco
Algo interessante demais aconteceu ali, conforme nos relatam os vs. 10 e 11.
18.10 Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. 18.11 Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?
Em um momento de bravura inusitada, Pedro decepou a orelha de um servo do sumo sacerdote chamado Malco. Jesus repreende a Pedro e cura o homem, colando a sua orelha do lugar novamente (Lc 22:50,51). O amor do Senhor é tão grande que até nessa hora ele curou um de seus opositores. Também não vemos esse Malco tomando uma posição por Jesus. Ele foi curado por Jesus e ainda assim O levou preso. Como pode o ser humano ter o seu coração tão endurecido pelo pecado?
Mas e Pedro? É o mesmo Pedro que horas depois negou Jesus três vezes (Mc 14:66-72). Pedro que outrora disse palavras tão lindas como: "Para onde iremos, só Tu tens as Palavras de vida eterna", ou "Retira-te de mim Senhor, porque sou pecador", "Senhor façamos três tendas!"... Pedro que demonstrava fé e despendimento ao ponto de caminhar sobre as águas no mar revolto. Agora ele negou Jesus e vergonhosamente o fêz por três vezes seguidas, mesmo tendo sido avisado pelo Mestre. Graças a Deus Pedro arrependeu-se (vs.72b) e foi transformado, e quando procurado pelo próprio Senhor Jesus não hesitou em declarar o seu amor (Jo 21:15-19).
Mas não foram só Pedro e Judas que trairam Jesus. Quando Ele foi preso, todos os doze o deixaram e fugiram. Por quê não ficaram e defenderam o Senhor amado? Por quê não se dispuseram a morrem juntos com Ele? Pela mesma razão porque nós muitas vezes manquejamos na fé. É na hora do aperto, na hora da aflição que somos chamados a perseverar ao lado de Jesus.
Não sejamos nós os traidores do Salvador.
Jesus tanto amou que até na cruz intercedeu por seus inimigos quando disse:
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” Lucas 23:34.
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Best regards in Christ, God bless you!!!