A LÍNGUA

Um Senhor mandou o seu servo ao açougue e disse-lhe com o ar superior:
- Quero que traga a melhor carne que encontrar no açougue.
Para atender a recomendação do amo, o servo trouxe-lhe uma língua.
Dias depois o senhor chamou novamente o mesmo servo e deu-lhe a seguinte ordem:
- Traga-me do açougue a carne mais ordinária que encontrar.
O Servo, como fizera da primeira vez, trouxe novamente uma língua.
- Que quer dizer isso? Para qualquer recomendação sempre me traz uma língua?
protestou afoitamente o senhor.
O servo, que também era uma pessoa de alto saber, explicou:
- A língua é quanto há no mundo de melhor e também, de pior. Se bondosa nada há de melhor; mas se for maldizente e mentirosa, nada haverá de pior.

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Dica do Professor Gonçalo Pontes Júnior
Você pode começar a exercitar em si o disciplinamento da fala que faz o bem e da fala que faz o mal; do silêncio que faz o bem e do silêncio que faz o mal. De uma maneira ou de outra, lembre-se sempre: a forma de você ser lembrado pelas pessoas é sempre uma escolha sua!

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