O ESPÍRITO ESQUECIDO
TEXTOS BÁSICOS: ROMANOS 8:26; 2 CORÍNTIOS 3:17; EFÉSIOS 5:18-21
Afirmamos que o Espírito Santo está esquecido em nossos dias, porque a doutrina do Espírito Santo tem sido deturpada. Nota-se uma deturpação tão grande dessa doutrina bíblica, a ponto de Seu poder e ação serem confundidas com o espiritismo, esoterismo ou qualquer outro tipo de espiritualidade estranha às Escrituras.
Há uma ênfase em pseudo-sinais e maravilhas, uma busca frenética por experiências sobrenaturais a qualquer custo, as pessoas estão à procura de sentir uma emoção diferente, ou êxtase, atribuindo tudo isso ao Espírito Santo, mas quase não se fala sobre o fruto do Espírito conforme descrito em Gálatas 5:22-24, e que na verdade é a prova bíblica que evidencia a Sua presença em nossas vidas (João 15:1-6).
Por isso podemos afirmar que Ele é esquecido, apesar do grande número de livros, discos, CDs, DVDs etc., que são comercializados em muitas livrarias evangélicas, com informações, ensinos, cânticos, palestras, congressos etc., sobre o Espírito Santo. Acontece que em sua grande maioria esses materiais parecem não ter sido elaborados em submissão a Ele, no Espírito, pois estão em contradição à Sua santa e bendita Palavra. Muitos tentam ensinar como ser cheios do Espírito Santo; como receber a unção A, B, C ou D do Espírito Santo; como falar em línguas estranhas, receber profecias, etc. Tentativas de se chegar aonde Ele não mandou ir. Discursos cheios de uma mensagem que promete muito, mas alheia, no entanto, à Sua Palavra. O Espírito passa então a ser objeto de especulações e deixa de ser conhecido mediante a Sua revelação nas Escrituras.
Em contrapartida existem muitas outras Igrejas que sequer falam no Espírito Santo. Para muitos Ele não age em nossos dias, como se o Seu eterno poder fosse limitado pelo tempo. Não há base bíblica alguma para se afirmar categoricamente que o Espírito Santo não age em nossos dias, ou que o Seu poder tenha cessado. Talvez por deconhecimento de causa, ou na tentativa de se evitar “problemas futuros” com divisões de Igrejas, como já ocorreu anteriormente, e ainda acontece. Infelizmente, em resultado desse abandono do Espírito Santo, nota-se que em muitos desses rincões, o mundanismo e o esfriamente espiritual tem tomado conta de muitos crentes. Conta-se no dedo o número ínfimo de recém convertidos, principalmente entre jovens e adolescentes; há uma dificuldade enorme para se trazer o povo de Deus para as Igrejas durante as semanas, são sempre os mesmos irmãos que mantém o pendão real de pé; o número de crentes desviados só cresce; e por aí vai... Igreja, temos nos esquecido do Espírito Santo!
É preciso atentar para duas observações importantes.
1 - A obra do Espírito Santo é muito maior do que gerar emoções e supostas experiências sobrenaturais. A vida cristã não é um parque de diversões espirituais. Tudo que Deus dá tem um objetivo prático em Sua obra.
2 - Em contrapartida não podemos deixar que os maus exemplos nos impeçam de ser cheios do Espírito Santo e do poder de Deus conforme está ordenado em Efésios 5:18-21. Notemos que o verbo “enchei-vos” está no imperativo.
"18 E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; 19 Falando entre vós em Salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; 20 Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo; 21 Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus."
Não necessitamos seguir os modelos modernos sobre ser cheios do Espírito Santo, o modelo bíblico nos basta, ele é suficiente, este é o legítimo “ser cheio do Espírito Santo”.
O ministério do Espírito Santo só pode ser compreendido e avaliado de modo correto dentro de uma perspectiva cristocêntrica (Cristo no centro de tudo). Um enfoque sem essa consideração consiste em falta de entendimento. Quando a Igreja compreende adequadamente Quem Cristo É e o Seu ministério, ela honra o Espírito Santo naturalmente, porque esse conhecimento só pode ser recebido por obra dEle (Mateus 11:27; 16:17). Obs.: nesses textos vemos que Pedro nem sabia que o que ele dizia era por obra do Espírito Santo de Deus.
A confissão de Cristo e a obediência por parte da Igreja é o modo óbvio de se glorificar ao Espírito Santo – João 14:26; 15:26; 16:13,14; 1 Co 6:19; 12:3.
O Espírito Santo deve ser estudado dentro da perspectiva de Sua Palavra, em harmonia com Seus propósitos. Assim, quando Cristo é compreendido dentro da dimensão daquilo que está revelado na Palavra, significa que o Espírito Santo tem sido considerado, porque o Seu testemunho foi aceito, conforme nos diz o Senhor Jesus em João 15:26.
Na prática diária devemos reconhecer o Espírito Santo como Deus, pois Ele é Deus, em comunhão, adoração, louvor, submissão, e reconhecimento de Sua santa e doce presença, em piedade e amor.
Extraído e ampliado da Revista Expressão "Século 21 Atualidades - A Igreja Em Seu Contexto", Lição 10, Editora Cultura Cristã.
SOLI DEO GLORIA!!!
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