O VERDADEIRO PAPEL DOS OFICIAIS NA IPB
O nome "presbítero" remete às origens e à forma de governo da IPB. Presbítero, em grego, quer dizer ancião e assim a Igreja Primitiva passou a denominar seus líderes. Segundo o Rev. Alderi Souza de Matos, historiador oficial da IPB, nas Institutas, Calvino escreveu que a estrutura eclesiástica preconizava o governo das comunidades por presbíteros e a associação das igrejas em presbitérios regionais e em sínodos nacionais.
O nome presbiterianismo surgiu nas Ilhas Britânicas. Os reis ingleses e escoceses eram partidários do episcopalismo, ou seja, uma Igreja governada por bispos. Esses bispos eram nomeados pela coroa e isso favorecia o controle da Igreja pelo estado. A fim de uma Igreja independente do poder público, os reformados da Escócia e Inglaterra insistiram que ela fosse governada por presbíteros eleitos pelas congregações e reunidos em concílios. Dessa forma, tiveram origem os termos “presbiteriano” e “Igreja Presbiteriana.”
Tanto para o Rev. Alderi quanto para o Rev. Heber Carlos de Campos, coordenador de Teologia Sistemática do CPAJ (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper), em São Paulo, não só a função do presbítero, mas também a do diácono, estão hoje, em muitas IPBs, deturpadas.
Para o Rev. Heber, o que tem acontecido é que, quando são feitas as eleições de presbíteros, os critérios usados pelos membros não são, necessariamente, os que a Escritura apresenta. O pastor explica que as verdadeiras características que um presbítero deve ter estão esclarecidas na Bíblia: “uma delas é ter, em alguma medida, o dom de governo, saber administrar. Depois, que seja apto para ensinar. Também tem que ter dons ligados ao pastoreio. Vários textos da Escritura, como At 20 e 1 Pe 5, falam dos presbíteros como pastoreando o rebanho de Deus. Tem que haver, nos aspirantes ao presbiterato, em algum grau, esses três dons relacionados diretamente com a Palavra: ensino, pregação e pastoreio, e um relacionado à administração, para exercerem o ofício”. Portanto, para o Rev. Heber, uma grande falha estrutural na IPB está no fato de muitos presbíteros não terem essas qualificações.
Outra grande falha que ele percebe é que os pastores, muitas vezes, são vistos como uma classe superior de oficial, quase um terceiro ofício. “Na verdade, o pastoreio, na Escritura, não é um ofício, é um dom”, declara. Para ele, essas coisas precisam ser repensadas para que as igrejas sejam devidamente ensinadas, pastoreadas, recebam uma boa palavra profética e sejam bem governadas.
SERVIÇO
Uma revisão no papel do diácono também é o que propõe o Rev. Alderi. Para ele, o diaconato se insere dentro de um tema mais amplo que é a responsabilidade social da Igreja. Ele explica que no Antigo Testamento, o que veio a ser reforçado por Jesus, a mensagem social da Bíblia é muito clara. “No caso de Jesus é extraordinário porque Ele não só ensinou muita coisa nessa área, como também exemplificou isso por meio de suas ações”, declara. “O ministério de Jesus foi todo marcado pelo serviço, pela compaixão, pela maneira como ministrou às pessoas pobres e sofredoras que viviam ao seu redor. E os apóstolos, inspirados por esse ensino e exemplo, mantiveram essa ênfase”.
O historiador informa que o diaconato foi criado pela Igreja Primitiva para atender às necessidades que existiam entre os primeiros cristãos, entre os quais muitas pessoas pobres. Considera-se que o diaconato cristão foi instituído em Atos 6. Embora ali não apareça nenhuma vez a palavra “diácono”, vê-se claramente o surgimento do ofício.
Segundo ele, os reformadores procuraram restaurar os padrões bíblicos do presbiterato e do diaconato. No caso do diaconato, o retorno às funções que eram exclusivamente de assistência social.
Para o rev. Alderi, o problema, historicamente, na IPB, é que, com o passar do tempo, foram sendo dadas aos diáconos outras atribuições que não as prioritárias. Passaram a trabalhar nas funções administrativas da igreja, cuidar das instalações do templo na hora do culto, abrir e fechar as portas, manter a ordem, recolher as ofertas etc. Em muitas Igrejas, os diáconos praticamente se limitam a isso, e pouca ênfase dão às suas funções beneficentes que são, biblicamente, as prioritárias. “É preciso resgatar essa rica história e também esse rico ensinamento bíblico a respeito desse assunto. E fazer com que isso seja novamente uma realidade nas nossas Igrejas”, finaliza o rev. Alderi.
Brasil Presbiteriano.
O nome presbiterianismo surgiu nas Ilhas Britânicas. Os reis ingleses e escoceses eram partidários do episcopalismo, ou seja, uma Igreja governada por bispos. Esses bispos eram nomeados pela coroa e isso favorecia o controle da Igreja pelo estado. A fim de uma Igreja independente do poder público, os reformados da Escócia e Inglaterra insistiram que ela fosse governada por presbíteros eleitos pelas congregações e reunidos em concílios. Dessa forma, tiveram origem os termos “presbiteriano” e “Igreja Presbiteriana.”
Tanto para o Rev. Alderi quanto para o Rev. Heber Carlos de Campos, coordenador de Teologia Sistemática do CPAJ (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper), em São Paulo, não só a função do presbítero, mas também a do diácono, estão hoje, em muitas IPBs, deturpadas.
Para o Rev. Heber, o que tem acontecido é que, quando são feitas as eleições de presbíteros, os critérios usados pelos membros não são, necessariamente, os que a Escritura apresenta. O pastor explica que as verdadeiras características que um presbítero deve ter estão esclarecidas na Bíblia: “uma delas é ter, em alguma medida, o dom de governo, saber administrar. Depois, que seja apto para ensinar. Também tem que ter dons ligados ao pastoreio. Vários textos da Escritura, como At 20 e 1 Pe 5, falam dos presbíteros como pastoreando o rebanho de Deus. Tem que haver, nos aspirantes ao presbiterato, em algum grau, esses três dons relacionados diretamente com a Palavra: ensino, pregação e pastoreio, e um relacionado à administração, para exercerem o ofício”. Portanto, para o Rev. Heber, uma grande falha estrutural na IPB está no fato de muitos presbíteros não terem essas qualificações.
Outra grande falha que ele percebe é que os pastores, muitas vezes, são vistos como uma classe superior de oficial, quase um terceiro ofício. “Na verdade, o pastoreio, na Escritura, não é um ofício, é um dom”, declara. Para ele, essas coisas precisam ser repensadas para que as igrejas sejam devidamente ensinadas, pastoreadas, recebam uma boa palavra profética e sejam bem governadas.
SERVIÇO
Uma revisão no papel do diácono também é o que propõe o Rev. Alderi. Para ele, o diaconato se insere dentro de um tema mais amplo que é a responsabilidade social da Igreja. Ele explica que no Antigo Testamento, o que veio a ser reforçado por Jesus, a mensagem social da Bíblia é muito clara. “No caso de Jesus é extraordinário porque Ele não só ensinou muita coisa nessa área, como também exemplificou isso por meio de suas ações”, declara. “O ministério de Jesus foi todo marcado pelo serviço, pela compaixão, pela maneira como ministrou às pessoas pobres e sofredoras que viviam ao seu redor. E os apóstolos, inspirados por esse ensino e exemplo, mantiveram essa ênfase”.
O historiador informa que o diaconato foi criado pela Igreja Primitiva para atender às necessidades que existiam entre os primeiros cristãos, entre os quais muitas pessoas pobres. Considera-se que o diaconato cristão foi instituído em Atos 6. Embora ali não apareça nenhuma vez a palavra “diácono”, vê-se claramente o surgimento do ofício.
Segundo ele, os reformadores procuraram restaurar os padrões bíblicos do presbiterato e do diaconato. No caso do diaconato, o retorno às funções que eram exclusivamente de assistência social.
Para o rev. Alderi, o problema, historicamente, na IPB, é que, com o passar do tempo, foram sendo dadas aos diáconos outras atribuições que não as prioritárias. Passaram a trabalhar nas funções administrativas da igreja, cuidar das instalações do templo na hora do culto, abrir e fechar as portas, manter a ordem, recolher as ofertas etc. Em muitas Igrejas, os diáconos praticamente se limitam a isso, e pouca ênfase dão às suas funções beneficentes que são, biblicamente, as prioritárias. “É preciso resgatar essa rica história e também esse rico ensinamento bíblico a respeito desse assunto. E fazer com que isso seja novamente uma realidade nas nossas Igrejas”, finaliza o rev. Alderi.
Brasil Presbiteriano.
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