DESENVOLVENDO A SALVAÇÃO
Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
Reunião de Oração 20.07.10
TEXTO BÁSICO: Filipenses 2:12-18
12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; 13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. 14 Fazei tudo sem murmurações nem contendas, 15 para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, 16 preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente. 17 Entretanto, mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me e, com todos vós, me congratulo. 18 Assim, vós também, pela mesma razão, alegrai-vos e congratulai-vos comigo.
Creio que todos os crentes gostam de ler as cartas de Paulo (êpa, será?). Eu gosto muito, e observo as recomendações que ele fazia em todas elas, como uma aplicação prática daquilo que ele estava ensinando. Aqui na carta aos Filipenses não é diferente, Paulo estava sob o estigma da morte (vs. 17) e mesmo assim escreveu essa que é considerada a “carta da alegria”. Nesse pequeno trecho citado acima, encontramos diversas orientações de Deus para a Sua Igreja, no que tange à humildade, comunhão da igreja e soberania de Deus.
“Desenvolvei a vossa a salvação” (vs. 12) é realmente muito didático para nós, especialmente que temos uma doutrina reformada calvinista. Cremos demasiadamente na soberania de Deus, não que não devêssemos crer, mas muitas vezes nos esquecemos da responsabilidade pessoal de cada um de nós no desenvolvimento da salvação que Deus nos deu, e que temos como acabado, terminado, completo. Não é bem assim.
O desenvolvimento da salvação é uma obrigação pessoal de cada um de nós, se não fosse assim não encontraríamos textos como esse em que somos chamados à responsabilidade. Aqui somos chamados à uma ação prática e voluntária, em atitude de fé e obediência, “com temor e tremor”.
A Bíblia nos apresenta a salvação em três tempos:
- Passado – a nossa salvação já está garantida pela obra que Cristo realizou na cruz, cerca de 1977 anos atrás (2010 – 33 = 1977).
- Presente – o Senhor está nos salvando (desenvolvei), pois quando nos santifica está confirmando a gloriosa obra que Cristo fez.
- Futuro – nós seremos salvos, isto é, esta obra maravilhosa se completará quando Ele nos levar para habitarmos a glória celestial. Lá a nossa salvação será completada.
O desenvolvimento da salvação, portanto, tem tudo a ver com a nossa santificação, que é uma confirmação cabal da salvação.
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” Hb 12:14.
“Deus é quem efetua em vós o querer e o realizar” (vs. 13). Glória a Deus, se não fosse Ele nenhum de nós estaria em Seu santo caminho. Estaríamos todos no pecado, alguns nos bares, outros nas drogas, no crime e na prostituição. Mas Ele nos tirou desse caminho de morte e nos trouxe para a Sua luz (Cl 1:13). Porém, quantas e quantas vezes temos total consciência de qual é a vontade dEle e ainda assim não a desejamos? Precisamos muitas vezes nos achegarmos a Ele e pedir: “Senhor ajuda-me a querer fazer o Teu querer. Efetua em mim, Senhor, o querer e o realizar.”
No Reino do Senhor não existe “varinha de condão”, existe submissão. E quando desejamos fazer a vontade de Deus, nem sempre é fácil. Para realizarmos tal tarefa, teremos que orar e pedir a Sua ajuda.
“Fazei tudo sem murmurações nem contendas” (vs. 14). Nesse processo de desenvolvimento, crescimento, amadurecimento da salvação, Paulo aborda a vida da comunhão e dos relacionamentos do crente. Como é difícil não murmurar nem contender! Deus nos cobre de bênçãos e nós continuamos murmurando. Deus nos abençoa e nós continuamos a brigar uns com os outros. Precisamos entende que tanto no contexto da Igreja como da família, as contendas e murmurações denotam um ambiente de falsidade, daí a instrução “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros”. Note: PARA QUE VOS TORNEIS. Quer dizer então que a Igreja de Filipos, a quem foi endereçada a “carta da alegria”, era uma igreja tinha seus problemas também. Mas qual Igreja não os tem?
Podemos trazer o assunto para o contexto familiar e verificamos como é grande a sua aplicabilidade. Qual o lar que nunca teve um conflito? Como estamos em nossa comunhão familiar? Uma Igreja doente é composta de famílias doentes. Uma Igreja saudável é composta de famílias saudáveis.
Não sei por que me lembrei da letra de um cântico espiritual:
“A começar em mim Senhor, quebra os nossos corações”.
“para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (vs. 15). Quanta responsabilidade nós temos diante dos não crentes. A luz de Deus resplandece nas trevas da morte e do pecado. Como? Através das obras que foram citadas, através de uma vida inculpável. A pergunta que se faz é: a luz de Cristo tem brilhado verdadeiramente em minha vida? As pessoas tem observado isso, ou vivo e ando em trevas? (1 João 1:6; 2:9,11). Olhando a partir desses textos de 1 João, podemos compreender melhor a questão das murmurações e contendas do vs. 14.
“preservando a palavra da vida” (vs. 16). A palavra da vida (a palavra de Deus) precisa ser guardada e preservada em nós. Do contrário ela perde seu valor e eficácia, como pérolas lançadas a porcos, que inconscientes de seu valor, as pisam e as reviram na lama e no esterco. A palavra da de Deus é que gera a fé e a vida espiritual em nós.
“não corri em vão, nem me esforcei inutilmente” (vs. 16). Essa, para finalizar nossa reflexão, é uma resposta aos adeptos da “teologia da lavagem cerebral” que dizem que lá na glória celestial não vamos nos lembrar das pessoas. Isso é um erro! A Bíblia não diz isso em lugar algum, e aqui temos um claro indício do contrário. Paulo estava dizendo para eles que gostaria muito de ver o fruto de seu esforço lá no Céu.
Veja que o Teólogo, Missionário e Apóstolo Paulo, sabia conciliar muito bem a doutrina da eleição e a responsabilidade humana. Se eles fossem eleitos certamente que iriam cumprir essa outra parte do plano divino, no desenvolvimento da salvação que fora recebida da parte dEle.
Possamos nós também, conscientes de nosso dever perante Deus, desenvolver a nossa salvação também, tendo assim confirmada a obra que Cristo tem realizado em nós.
S.D.G.
Reunião de Oração 20.07.10
TEXTO BÁSICO: Filipenses 2:12-18
12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; 13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. 14 Fazei tudo sem murmurações nem contendas, 15 para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, 16 preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente. 17 Entretanto, mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me e, com todos vós, me congratulo. 18 Assim, vós também, pela mesma razão, alegrai-vos e congratulai-vos comigo.
Creio que todos os crentes gostam de ler as cartas de Paulo (êpa, será?). Eu gosto muito, e observo as recomendações que ele fazia em todas elas, como uma aplicação prática daquilo que ele estava ensinando. Aqui na carta aos Filipenses não é diferente, Paulo estava sob o estigma da morte (vs. 17) e mesmo assim escreveu essa que é considerada a “carta da alegria”. Nesse pequeno trecho citado acima, encontramos diversas orientações de Deus para a Sua Igreja, no que tange à humildade, comunhão da igreja e soberania de Deus.
“Desenvolvei a vossa a salvação” (vs. 12) é realmente muito didático para nós, especialmente que temos uma doutrina reformada calvinista. Cremos demasiadamente na soberania de Deus, não que não devêssemos crer, mas muitas vezes nos esquecemos da responsabilidade pessoal de cada um de nós no desenvolvimento da salvação que Deus nos deu, e que temos como acabado, terminado, completo. Não é bem assim.
O desenvolvimento da salvação é uma obrigação pessoal de cada um de nós, se não fosse assim não encontraríamos textos como esse em que somos chamados à responsabilidade. Aqui somos chamados à uma ação prática e voluntária, em atitude de fé e obediência, “com temor e tremor”.
A Bíblia nos apresenta a salvação em três tempos:
- Passado – a nossa salvação já está garantida pela obra que Cristo realizou na cruz, cerca de 1977 anos atrás (2010 – 33 = 1977).
- Presente – o Senhor está nos salvando (desenvolvei), pois quando nos santifica está confirmando a gloriosa obra que Cristo fez.
- Futuro – nós seremos salvos, isto é, esta obra maravilhosa se completará quando Ele nos levar para habitarmos a glória celestial. Lá a nossa salvação será completada.
O desenvolvimento da salvação, portanto, tem tudo a ver com a nossa santificação, que é uma confirmação cabal da salvação.
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” Hb 12:14.
“Deus é quem efetua em vós o querer e o realizar” (vs. 13). Glória a Deus, se não fosse Ele nenhum de nós estaria em Seu santo caminho. Estaríamos todos no pecado, alguns nos bares, outros nas drogas, no crime e na prostituição. Mas Ele nos tirou desse caminho de morte e nos trouxe para a Sua luz (Cl 1:13). Porém, quantas e quantas vezes temos total consciência de qual é a vontade dEle e ainda assim não a desejamos? Precisamos muitas vezes nos achegarmos a Ele e pedir: “Senhor ajuda-me a querer fazer o Teu querer. Efetua em mim, Senhor, o querer e o realizar.”
No Reino do Senhor não existe “varinha de condão”, existe submissão. E quando desejamos fazer a vontade de Deus, nem sempre é fácil. Para realizarmos tal tarefa, teremos que orar e pedir a Sua ajuda.
“Fazei tudo sem murmurações nem contendas” (vs. 14). Nesse processo de desenvolvimento, crescimento, amadurecimento da salvação, Paulo aborda a vida da comunhão e dos relacionamentos do crente. Como é difícil não murmurar nem contender! Deus nos cobre de bênçãos e nós continuamos murmurando. Deus nos abençoa e nós continuamos a brigar uns com os outros. Precisamos entende que tanto no contexto da Igreja como da família, as contendas e murmurações denotam um ambiente de falsidade, daí a instrução “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros”. Note: PARA QUE VOS TORNEIS. Quer dizer então que a Igreja de Filipos, a quem foi endereçada a “carta da alegria”, era uma igreja tinha seus problemas também. Mas qual Igreja não os tem?
Podemos trazer o assunto para o contexto familiar e verificamos como é grande a sua aplicabilidade. Qual o lar que nunca teve um conflito? Como estamos em nossa comunhão familiar? Uma Igreja doente é composta de famílias doentes. Uma Igreja saudável é composta de famílias saudáveis.
Não sei por que me lembrei da letra de um cântico espiritual:
“A começar em mim Senhor, quebra os nossos corações”.
“para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (vs. 15). Quanta responsabilidade nós temos diante dos não crentes. A luz de Deus resplandece nas trevas da morte e do pecado. Como? Através das obras que foram citadas, através de uma vida inculpável. A pergunta que se faz é: a luz de Cristo tem brilhado verdadeiramente em minha vida? As pessoas tem observado isso, ou vivo e ando em trevas? (1 João 1:6; 2:9,11). Olhando a partir desses textos de 1 João, podemos compreender melhor a questão das murmurações e contendas do vs. 14.
“preservando a palavra da vida” (vs. 16). A palavra da vida (a palavra de Deus) precisa ser guardada e preservada em nós. Do contrário ela perde seu valor e eficácia, como pérolas lançadas a porcos, que inconscientes de seu valor, as pisam e as reviram na lama e no esterco. A palavra da de Deus é que gera a fé e a vida espiritual em nós.
“não corri em vão, nem me esforcei inutilmente” (vs. 16). Essa, para finalizar nossa reflexão, é uma resposta aos adeptos da “teologia da lavagem cerebral” que dizem que lá na glória celestial não vamos nos lembrar das pessoas. Isso é um erro! A Bíblia não diz isso em lugar algum, e aqui temos um claro indício do contrário. Paulo estava dizendo para eles que gostaria muito de ver o fruto de seu esforço lá no Céu.
Veja que o Teólogo, Missionário e Apóstolo Paulo, sabia conciliar muito bem a doutrina da eleição e a responsabilidade humana. Se eles fossem eleitos certamente que iriam cumprir essa outra parte do plano divino, no desenvolvimento da salvação que fora recebida da parte dEle.
Possamos nós também, conscientes de nosso dever perante Deus, desenvolver a nossa salvação também, tendo assim confirmada a obra que Cristo tem realizado em nós.
S.D.G.
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