A SALVAÇÃO DO SENHOR
Por: Leandro Antonio de Lima
"E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos." Atos 4:12.
Tudo que o ser humano tem construído tende a apontar apenas para este mundo mesmo. A vida tem sido considerada o início e o fim de toda existência. Mesmo a pregação dos nossos dias acaba colaborando para isso. Enfatiza-se a necessidade de vitórias, prosperidade e conquistas neste mundo, o que leva naturalmente ao pensamento de que ele é a única coisa que nos resta. As pessoas não tem consciência de que necessitam de salvação. Sentem-se seguras em meio ao sistema de vida que o mundo tem oferecido. Mas a salvação é o assunto mais importante que deveria ocupar a nossa mente e os púlpitos das igrejas. Mais do que bons conselhos sobre como viver melhor, ou sobre como ser próspero ou ter saúde, as pessoas precisam aprender sobre a salvação. "O tema central do evangelho cristão é a salvação. O evangelho proclama que, assim como Deus salvou Israel do Egito e o salmista da morte (Ex 15:2; Sl 116:6), do mesmo modo salvará do pecado e suas conseqüências a todos os que confiam em Cristo. Esta salvação do pecado e da morte é obra inteiramente de Deus. "...pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus" Ef 2:8. "Ao Senhor pertence a salvação." Jn 2:9. (A Bíblia de Estudo de Genebra).
A Escritura ensina a universalidade do pecado. Todos pecaram (Rm 3:23). Na queda de Adão o ser humano mergulhou no pecado e jamais conseguiu e nem desejou se livrar dele. Jesus descreveu o homem que comete pecado como um escravo do pecado (Jo 8:34). Além de não querer, o homem nada pode fazer para deixar de pecar, exceto se Deus mover o seu coração e o ajudar. A natureza humana se corrompeu total e intensamente, estendendo-se essa contaminação a todas as áreas da sua vida.
CONSEQUÊNCIAS
1 - A principal conseqüência do pecado é a quebra da comunhão com Deus. O pecado gerou a separação entre o homem pecador e o Deus santo (Is 59:2). Ainda no Jardim do Éden já pode ser vista essa quebra de comunhão. Após ter desobedecido a Deus, e tomando consciência de sua nudez e pecaminosidade, o homem e a mulher fugiram da presença de Deus escondendo-se por entre as árvores do jardim (Gn 3:8).
2 - A Escritura ensina que a universalidade do pecado trouxe como justo pagamento a morte de todos: "o salário do pecado é a morte" (Rm 5:12,18; 6:23). Como disse Lorraine Boettner "a sentença que foi imposta como resultado do pecado de Adão, inclui mais do que a decomposição do corpo. A palavra 'morte', usada nas Escrituras com referência às conseqüências do pecado, inclui toda espécie de mal que é infligido como castigo desse pecado (...) significa, pois, a miséria eterna do inferno e, ainda, o antegosto dessas misérias já nos males sofridos nesta vida." (Loraine Boettner - "Imortalidade" - Edições Vida Nova).
Pensando nisso, podemos ver na Bíblia três tipos de morte decorrentes do pecado:
2.1 - Primeiramente a morte física que representa a separação da alma e corpo, pela qual todos os homens - com exceção dos que estiverem vivos quando Cristo retornar - terão que passar (1 Co 15:51,52; Hb 9:27).
2.2 - Em segundo lugar a morte espiritual que é a interrupção da comunhão com Deus que foi quebrada pelo pecado. Esse é o significado da morte espiritual, pois a vida está em Deus, e sem comunhão com Ele o ser humano está morto (Is 59:2; Cl 2:13).
2.3 - Por fim, a morte eterna, que deve ser entendida como a interrupção eterna e definitiva da comunhão com Deus (Lc 16:23).
O pecado, portanto, deixou o ser humano num estado de absoluta miséria espiritual. Isto torna todos os homens dependentes única e exclusivamente da salvação de Deus, manifestada em Cristo.
Estudo doutrinário ministrado na IPB de Porecatu em 07/05/09.
Extraído e ampliado de "Expressão - A Essência da Fé - Estudos Bíblicos Sobre a Salvação" - Editôra Cultura Cristã, 2006.
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