A Obra Redentora de Cristo
“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com Ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na Cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na Cruz.” Colossenses 2:13-15.
A Obra Redentora de Cristo é maravilhosa. É maior que a criação do Universo, maior que o pensamento humano, transcende nossa capacidade intelectual e vai além do que tudo que podemos pensar ou imaginar, é uma obra eterna! No entanto, aprouve a Deus revelar a Sua obra de redenção, de modo que saibamos o que Ele fez, ainda que seja dentro de nossas limitações, e assim sendo instruídos e tendo sido revelados parte de Seus mistérios e oráculos, sejamos salvos e fortalecidos mediante o Seu poder em nosso homem interior.
Mas há um perigo: o de sermos afastados o entendimento dessa obra magnífica. O zelo de Deus para conosco é claro, pois Ele nos alerta sobre o perigo de sermos enganados (enredar = envolver com rede) por pensamentos contrários à Sua Palavra. Não é à toa que esse texto começa com um alerta onde Deus nos fala sobre quatro armas, ou estratégias, que o inimigo que usará para tentar de todas as maneiras nos afastar de Deus e Sua obra redentora.
“Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; porquanto, nEle, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.” Colossenses 2:8-9.
O inimigo tentará nos afastar do que vem a seguir no texto sagrado, utilizando:
• Filosofias e vãs sutilezas
• Tradição dos homens
• Rudimentos (costumes, sistemas) do mundo
• E o que não for segundo Cristo, em Quem “habita corporalmente toda a plenitude da Divindade”.
Nossos inimigos se unem para tentar nos afastar do entendimento da Obra Redentora de Cristo, porque através do conhecimento dessa obra perfeita é que seremos consolados, fortalecidos, enriquecidos, e venceremos toda obra do diabo.
Em Sua obra redentora, Cristo:
1 – Nos deu vida
“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com Ele, perdoando todos os nossos delitos” (Cl 2:13).
Como Cristo nos deu vida? Perdoando nossos delitos (1 Jo 1:9).
A Bíblia revela que o estado de quem não tem Jesus é de morte espiritual, em delitos e pecados (Ef 2:1). Mas a palavra “morte” é ambígua em seu significado. Existem três tipos de morte na Bíblia:
• Morte física, que é quando o corpo morre, morte cerebral, coração para, etc.
• Morte eterna, que é o inferno, onde a vida não deixa de existir, muito pelo contrário, mas há a separação eterna de Deus, de sua bondade, misericórdia, perdão, e eternamente deixa de haver alguma possibilidade de retorno à vida ou restauração. Ali os vermes não morrem e o fogo nunca se apaga (Is 66:24; Mc 9:44,46,48).
• Morte espiritual, que é o estado em que estão todos os que vivem em pecado, que ainda não receberam o perdão de Deus, não foram alcançados por Sua graça e misericórdia, e por isso O rejeitam e são rejeitados por Ele. Os mortos espirituais estão sob o domínio de satanás a quem eles servem com a prática de seus delitos e pecados (Efésios 2).
Jesus nos tirou do estado de morte espiritual e nos deu vida, nos livrou da morte eterna, e quando a morte física chegar, viveremos para sempre com Ele em glória (João 11:25-26).
2 – Cancelou nossa dívida
“Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na Cruz” (Cl 2:14)
Como Jesus cancelou nossa dívida? Encravando nossa cédula na Cruz.
“No século I, quando um criminoso era preso, seus delitos eram registrados em um papiro conhecido como "cédula de dívida" ou "escrito de dívida". Ao cumprir a pena e chegando a ocasião de sua liberdade, o juiz responsável pela soltura do condenado, riscava a cédula, especialmente na parte onde os crimes estavam apontados, e, no rodapé, escrevia TETELESTAI. Pronto! O indivíduo não devia mais nada à justiça. Estava livre da condenação e, agora, poderia desfrutar da paz e da liberdade. O apóstolo Paulo se apropria desta figura jurídica para nos transmitir a profundidade do alcance da obra redentora de Cristo, pois como pecadores que somos, contra nós também há uma “cédula de dívida”, a saber, uma série de transgressões cometidas ao longo da vida. Esta cédula constitui-se em um poderoso instrumento de acusação. Ela nos silencia, nos humilha, pois não há como contradizê-la, não há como negá-la. Nela se registram todas as nossas maldades, todas as nossas mentiras, toda perversidade que praticamos. Ela aponta para a destruição dos que ali constam (Ap 20: 12). Entretanto, o apóstolo Paulo declara que Cristo “riscou o escrito de dívida, tirando-o do meio de nós, cravando-o na Cruz”. Ou seja, Jesus Cristo com Sua morte vicária (substitutiva), pagou a dívida que tínhamos para com Deus. Vale a pena lembrar que na Cruz do Calvário, segundo o Evangelho de João (19:30), Cristo declarou “Está consumado!” (TETELESTAI), sendo, inclusive, Sua derradeira palavra. Consumado! Totalmente pago!” (Citação de: www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/tetelestai).
Diante da justiça divina, esta é a verdadeira situação em Cristo, dos que se arrependem de seus pecados e O aceitam como seu único Senhor e Salvador pessoal, submetendo-se a Ele, sendo fiéis até a morte (Ap 2:10).
3 – Despojou o diabo
“E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na Cruz.” Cl 2:15.
Como Jesus despojou o diabo? Expondo-o ao desprezo e triunfando sobre ele na Cruz.
Lá na Cruz Jesus destruiu completamente toda obra de satanás. O inimigo já está derrotado, sua sentença já foi dada, seus dias estão contados, ele sabe que pouco tempo lhe resta (Ap 12:12) e em breve ele será lançado no lago que arde com fogo e enxofre, onde será banido eternamente permanecendo sob castigo eterno (Ap 20:10).
Medo do diabo? O crente não precisa e nem pode temer o diabo, pois Cristo já o destruiu.
Mas como o diabo continua agindo? Porque ele é tentador e seduz os incrédulos e incautos. Sua arma é o pecado, e suas artimanhas são facilmente desmascaradas através da Palavra.
Como o crente vence o diabo? Resistindo firme na fé – Tiago 4:7; 1 Pedro 5:8-9.
Conclusão
A obra redentora de Cristo é maravilhosa, e sua revelação ao coração dos crentes verdadeiros, aqueles que são sinceros servos de Deus, é o que os alimenta e fortalece nessa vida de luta contra as trevas, o mundo e a carne. Que você seja alcançado pela graça e Deus, entregando-se a Ele, convertendo-se de seus pecados e servindo-O em Espírito e em verdade.
Pr. Paulo Sergio Visotcky da Silva
Soli Deo Gloria!!!
IPNA, Culto 19/07/17
Igreja Presbiteriana Nova Aliança
Rua Álvares Fagundes, 102, Americanópolis, São Paulo.
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