SOBRE CAMELOS E MOSCAS
Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
3ª IPB de Barretos / SP
Pastoral 16.01.11
“Guias cegos! Que coais o mosquito e engolis o camelo.” Mateus 23:24.
A repreensão de Jesus é notória... Os escribas e fariseus tinham conhecimento da Lei de Deus, mas parece que tal conhecimento era, em grande parte apenas em teoria e não de coração. Por isso Jesus os repreendeu chamando-os de “guias cegos”. Como pode um cego guiar outro cego sem que ambos caiam numa cova? (Mt 15:14).
O vs.23 mostra que esses homens eram rigorosos em assuntos importantes da Lei, porém secundários, como o dízimo das mais pequeninas rendas (hortelã, endro e cominho), e omitiam o que havia de mais importante na Lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Jesus usou a figura dos insetos, que além de anti-higiênicos, eram considerados imundos cerimonialmente, o que explica o fato dos judeus evitá-los. O ato de coar era usualmente feito com um pedaço de linho ou gaze. O camelo também era considerado imundo. Partindo desse fato foi que Jesus extraiu essa ilustração. O camelo era o maior animal imundo que os judeus conheciam, e o mosquito era o menor. “Engolir” ou “devorar” um camelo era uma hipérbole – figura que diminui ou engrandece exageradamente o sentido das coisas. Foi no sentido figurado, e não literal, que Jesus usou essa linguagem para ilustrar a realidade daquela situação. Uma curiosidade é que Jesus fez um trocadilho com as palavras "mosca" e "camelo", que em aramaico soam de modo semelhante.
Trazendo para o nosso contexto, fico a me perguntar quantas e quantas vezes nós agimos semelhantemente, ao condenarmos erros menores e admitirmos os maiores e mais avassaladores. Não precisamos ir muito longe, o próprio texto nos esclarece quais são os pontos mais importantes da Lei de Deus – justiça, misericórdia e fé. Aqui Jesus expôs o que está por dentro, no interior da Lei, o “espírito”, ou o sentido mais profundo e inerente da Lei de Deus. Esse sentido jamais passará, pois revela qual é a vontade e o caráter do próprio Senhor Deus.
Que possamos ter o discernimento necessário para “fazer essas coisas sem omitir aquelas” (vs.23b). Significa que devemos praticar toda a vontade de Deus, seja nas coisas grandes como nas pequenas. E não sejamos como guias cegos, que valorizam as coisas menores em detrimento das maiores, e se esquecem que o primordial na vida cristã é a prática da justiça, da misericórdia e da fé.
Material de apoio: “O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo”.
3ª IPB de Barretos / SP
Pastoral 16.01.11
“Guias cegos! Que coais o mosquito e engolis o camelo.” Mateus 23:24.
A repreensão de Jesus é notória... Os escribas e fariseus tinham conhecimento da Lei de Deus, mas parece que tal conhecimento era, em grande parte apenas em teoria e não de coração. Por isso Jesus os repreendeu chamando-os de “guias cegos”. Como pode um cego guiar outro cego sem que ambos caiam numa cova? (Mt 15:14).
O vs.23 mostra que esses homens eram rigorosos em assuntos importantes da Lei, porém secundários, como o dízimo das mais pequeninas rendas (hortelã, endro e cominho), e omitiam o que havia de mais importante na Lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Jesus usou a figura dos insetos, que além de anti-higiênicos, eram considerados imundos cerimonialmente, o que explica o fato dos judeus evitá-los. O ato de coar era usualmente feito com um pedaço de linho ou gaze. O camelo também era considerado imundo. Partindo desse fato foi que Jesus extraiu essa ilustração. O camelo era o maior animal imundo que os judeus conheciam, e o mosquito era o menor. “Engolir” ou “devorar” um camelo era uma hipérbole – figura que diminui ou engrandece exageradamente o sentido das coisas. Foi no sentido figurado, e não literal, que Jesus usou essa linguagem para ilustrar a realidade daquela situação. Uma curiosidade é que Jesus fez um trocadilho com as palavras "mosca" e "camelo", que em aramaico soam de modo semelhante.
Trazendo para o nosso contexto, fico a me perguntar quantas e quantas vezes nós agimos semelhantemente, ao condenarmos erros menores e admitirmos os maiores e mais avassaladores. Não precisamos ir muito longe, o próprio texto nos esclarece quais são os pontos mais importantes da Lei de Deus – justiça, misericórdia e fé. Aqui Jesus expôs o que está por dentro, no interior da Lei, o “espírito”, ou o sentido mais profundo e inerente da Lei de Deus. Esse sentido jamais passará, pois revela qual é a vontade e o caráter do próprio Senhor Deus.
Que possamos ter o discernimento necessário para “fazer essas coisas sem omitir aquelas” (vs.23b). Significa que devemos praticar toda a vontade de Deus, seja nas coisas grandes como nas pequenas. E não sejamos como guias cegos, que valorizam as coisas menores em detrimento das maiores, e se esquecem que o primordial na vida cristã é a prática da justiça, da misericórdia e da fé.
Material de apoio: “O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo”.
Assim deve ser pregada a Palavra expositivamente!
ResponderExcluirGosto de vir a esse blog por isso!
Valeu irmão, seja bem-vindo sempre! E obrigado pela força. S.D.G.!!!
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