A QUEDA DE NÍNIVE
Por: João Calvino
"Nínive, desde que existe, tem sido como um açude de águas; mas, agora, fogem. Parai! Parai! Clama-se; mas ninguém se volta." Naum 2:8.
O profeta aqui prevê algo duvidoso que poderia abalar a confiança nas suas palavras, porque Nínive não apenas prosperava em poder, mas tinha também confirmado a sua força por um longo espaço de tempo. Além disso, a antiguidade dos reinos não somente reforça o poder deles, mas também lhes assegura autoridade. Portanto, uma vez que a cidade imperial de Nínive era antiga, isso talvez a fizesse parecer perpétua. “Ora! Nínive sempre governou e dominou soberanamente todo o Oriente. Seria acaso abalada agora ou seria o seu poder subvertido de súbito? Pois não é possível acreditar que algo sem começo tenha fim”. Os ninivitas, sem dúvida, jactavam-se de serem eternos e estando arraigados ao conceito da própria antiguidade, não achavam jamais que pudessem ser extintos. Tal circunstância, entretanto, não impediria Deus de subverter já o domínio dela. Quanto mais Nínive se orgulhava da sua antiguidade tanto mais Deus intentava destruí-la. Precisamos aprender desse versículo que não se deve pôr a confiança no número de homens, nem nas defesas e trincheiras das cidades, muito menos na antiguidade, pois quando os homens se avantajam em poder Deus, por isso mesmo, busca ocasião para destruí-los, já que a soberba está quase sempre ligada ao poder.
Oração
Concede, ó Deus onipotente, que assim como incessantemente nos lembras na tua Palavra, ensinando-nos com tantos exemplos que nada há de permanente neste mundo, mas que as aparências mais firmes tendem à ruína, caindo e passando num instante, quando pelo teu sopro aniquilas a força em que os homens se confiam, — ó concede que nós, realmente submetidos e humilhados, não confiemos nas coisas terrenas, mas elevemos ao céu nosso coração e mente, firmando nele a âncora da nossa esperança; e que os nossos pensamentos todos lá residam até que por fim, quando nos tiveres conduzido em nosso curso sobre a terra, sejamos reunidos no reino celestial que adquiriste para nós pelo sangue do teu Filho unigênito. Amém.
Fonte
Devotions and prayers of John Calvin, 52 one-page devotions with selected payers on facing pages. Org. Charles E. Edwards. Old Paths Gospel Press. S/d. Pags. 68 e 69. Tradução: Marcos Vasconcelos, novembro/2009.
Extraído de Monergismo - devocionais e orações com Calvino
"Nínive, desde que existe, tem sido como um açude de águas; mas, agora, fogem. Parai! Parai! Clama-se; mas ninguém se volta." Naum 2:8.
O profeta aqui prevê algo duvidoso que poderia abalar a confiança nas suas palavras, porque Nínive não apenas prosperava em poder, mas tinha também confirmado a sua força por um longo espaço de tempo. Além disso, a antiguidade dos reinos não somente reforça o poder deles, mas também lhes assegura autoridade. Portanto, uma vez que a cidade imperial de Nínive era antiga, isso talvez a fizesse parecer perpétua. “Ora! Nínive sempre governou e dominou soberanamente todo o Oriente. Seria acaso abalada agora ou seria o seu poder subvertido de súbito? Pois não é possível acreditar que algo sem começo tenha fim”. Os ninivitas, sem dúvida, jactavam-se de serem eternos e estando arraigados ao conceito da própria antiguidade, não achavam jamais que pudessem ser extintos. Tal circunstância, entretanto, não impediria Deus de subverter já o domínio dela. Quanto mais Nínive se orgulhava da sua antiguidade tanto mais Deus intentava destruí-la. Precisamos aprender desse versículo que não se deve pôr a confiança no número de homens, nem nas defesas e trincheiras das cidades, muito menos na antiguidade, pois quando os homens se avantajam em poder Deus, por isso mesmo, busca ocasião para destruí-los, já que a soberba está quase sempre ligada ao poder.
Oração
Concede, ó Deus onipotente, que assim como incessantemente nos lembras na tua Palavra, ensinando-nos com tantos exemplos que nada há de permanente neste mundo, mas que as aparências mais firmes tendem à ruína, caindo e passando num instante, quando pelo teu sopro aniquilas a força em que os homens se confiam, — ó concede que nós, realmente submetidos e humilhados, não confiemos nas coisas terrenas, mas elevemos ao céu nosso coração e mente, firmando nele a âncora da nossa esperança; e que os nossos pensamentos todos lá residam até que por fim, quando nos tiveres conduzido em nosso curso sobre a terra, sejamos reunidos no reino celestial que adquiriste para nós pelo sangue do teu Filho unigênito. Amém.
Fonte
Devotions and prayers of John Calvin, 52 one-page devotions with selected payers on facing pages. Org. Charles E. Edwards. Old Paths Gospel Press. S/d. Pags. 68 e 69. Tradução: Marcos Vasconcelos, novembro/2009.
Extraído de Monergismo - devocionais e orações com Calvino
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