QUANDO A TRISTEZA TRANSFORMA-SE EM ALEGRIA

Por: Rev. Paulo Sergio da Silva

IPB de Porecatu / PR
Chá das Mães 23.05.09
Culto Vespertino 12.07.09

3ª IPB de Barretos / SP
Departamental da SAF 20.12.09

TEXTO BÁSICO: 1 Samuel 1:1-28

INTRODUÇÃO / EXÓRDIO
Os momentos difíceis e amargos da vida são uma realidade. Existem situações tão desesperadoras que parecem que não tem solução, há momentos em que parece que não vamos encontrar uma saída. São momentos de crise, de pranto e de dor pelos quais todos passam, uns mais outros menos, mas todos passam. Nessas horas precisamos saber como agir para que não caiamos em desespero; muitas pessoas e famílias se desestruturam por causa da crise. Todos nós precisamos de bons exemplos a serem imitados e seguidos. Temos que tomar muito cuidado hoje em dia porque o mundo está repleto de maus exemplos que tem se tornado modelo para muitas pessoas. Se não olharmos para a Palavra de Deus será muito fácil sermos enganados. Só a Bíblia contém o verdadeiro referencial do que é certo e correto, segundo o coração de Deus. Hoje é um dia muito especial para nós, este momento é muito especial para todos nós, por isso vamos verificar na Bíblia o exemplo, o testemunho de uma serva de Deus que tem muito a ensinar a todos nós.

EXPLICAÇÃO
Quando lemos a história de Ana vemos que ela vivia uma luta muito grande em seu lar: ela era estéril, ao passo que Penina, a outra esposa de Elcana tinha filhos e a provocava. Obs: naquele tempo a poligamia era tolerada no caso do primeiro casamento não ter produzido filhos (Dt 21:15-17), mas geralmente provocava muita dor e sofrimento (1 Sm 1:2,6,7). No Novo Testamento temos orientações claras acerta da proibição da poligamia em nosso contexto (Mt 19:5; 1 Co 7:2; 1 Tm 3:2).

ARGUMENTAÇÃO (DIVISÕES)
Observando a vida de Ana encontramos pelo menos três qualidades que muito nos ensinam. Vejamos quais são elas.

1 – ANA ERA UMA MULHER DE ORAÇÃO (vs. 11-16)

Diante de tão triste situação que ela vivia, a esterilidade, e seu desejo tão grande de ter um filho, Ana orava ao Senhor. Existem alguns aspectos da oração de Ana que muito nos chama a atenção.

1.1 – Ana demorava-se na oração (vs.12). Mas não era um tipo de oração relâmpago, mecânica, repetitiva, sem vida... Antes ela orava com sinceridade, com franqueza.

1.2 – Ana orava de todo o seu coração (vs.13). Isso significa que ela orava com intensidade, do mais íntimo de sua alma, desejando de fato ouvir a voz de Deus.

1.3 – Ana derramava a sua alma perante o Senhor (vs.15). ela própria diz que DERRAMAVA A SUA ALMA PERANTE O SENHOR. Isso significa que ela não ocultava nada para Deus.

1.4 – Quando os problemas se intensificaram Ana orou mais ainda (vs.16). Mas não é isso que sempre fazemos, infelizmente quando mais é necessário buscar a face de Deus muitas vezes silenciamos. Quando mais é necessário crer, muitos duvidam, quando mais é necessário glorificar a Deus muitos blasfemam contra Ele. Que Deus nos ajude a ser como Ana que tinha uma vida abundante de oração.

2 – ANA TINHA FÉ E SABIA ESPERAR (vs. 17-19)
Após ouvir as palavras do sacerdote Eli eles foram para casa e aí começou um tempo de espera. A nossa fé é provada através do tempo, temos que exercitar a nossa paciência através da fé. Ana tinha fé e soube esperar o tempo de Deus, e quando o tempo de Deus completou-se a resposta chegou, Ana engravidou e teve um filho a quem chamou Samuel. Em nossa trajetória de fé também precisamos saber esperar o tempo de Deus. Muitas vezes esse tempo parece ser demasiadamente demorado, mas isso é a nossa ansiedade lutando contra a nossa fé, a nossa natureza humana e carnal lutando contra a nossa natureza espiritual. Precisamos fortalecer a cada dia a nossa fé através da Palavra de Deus para que saibamos esperar o tempo de Deus em tudo aquilo que Ele tem reservado para nós. A Sua vontade é sempre boa, agradável e perfeita (Rm 12:2b), então a questão é sabermos aceitar o que Ele nos dá e ao mesmo tempo orar e esperar que Ele, dentro de Sua soberania, irá responder as nossas petições.

3 – ANA ERA FIEL A DEUS (vs. 11,24-28)
No seu momento de aflição Ana fizera um voto a Deus, prometendo que se tivesse um filho o consagraria ao Senhor por todos os dias de sua vida. Deus ouviu a oração de Ana e lhe deu o tão desejado filho, e Ana cumpriu fielmente aquilo que prometera ao Senhor. Após desmamar o menino Ana o levou até a casa do Senhor e o entregou ao sacerdote para que ele servisse ao Senhor em Sua casa por todos os dias de sua vida. A expressão que ela usou era que estava devolvendo ao Senhor (vs.28). Essa atitude de Ana demonstra a sua fidelidade pois esse filho era tudo que ela desejava, era o seu sonho que tinha se realizado, e agora ela precisava cumprir o que prometera, e ela não fraquejou em sua promessa. Precisamos ser como Ana, pois nos momentos mais difíceis sabemos orar, chorar e prometer coisas a Deus; mas quando ele nos atende nem sempre nos lembramos do que havíamos prometido... E isso é ser infiel. A Bíblia nos manda que o nosso falar se for sim seja SIM, e se for não seja NÃO.

CONCLUSÃO
Em 2 Sm 2:1-10 lermos o cântico de Ana, vemos nesse cântico que a tristeza dela transformou-se em alegria, seu pranto tornou-se riso. Hoje muitos podem estar tristes, amargurados porque uma situação terrível se abateu sobre sua vida, sua casa, sua família. Seja qual for a situação ao olharmos para a história dessa mulher de Deus vemos que a tristeza, as lágrimas, o pranto passaram porque elas orou a Deus, teve fé e paciência, e foi fiel a Deus. Que possamos nos espelhar nela e assim vencermos toda tristeza e angústia que tivermos que enfrentar. Com a benção de Deus pranto pode tornar-se em alegria.

S.D.G.

Material de apoio
ABA – A Bíblia Anotada
BEG – Bíblia de Estudo de Genebra
PEB – Pequena Enciclopédia Bíblica.