Choque de realidade


Era uma vez um jovem cristão conservador, que ficou muito frustrado, chocado mesmo, ao se deparar com a realidade que o cercava. Um dia ele acordou e descobriu que não vivia em uma democracia, mas em um país comunista, socialista por assim dizer. O seu país era regido por pessoas de esquerda, fruto de um projeto de mais de três décadas, onde os pensamentos e ideais do marxismo foram impressas na mente de duas gerações. Aparentemente era um país capitalista, mas em um tempo em que até a China comunista transparecia para o mundo um perfil capitalista em sua economia. Também a Alemanha e França eram socialistas, mantendo aquela cara de capitalismo. Quer dizer que tudo aquilo em que ele acreditou e abraçou, em grande parte poderia ser uma farsa? O que ele acreditava, em geral era aceito pelas pessoas, mas será que os que sempre pensaram contrariamente poderiam ser comunistas? E pior, esse movimento de mudança cultural e social já haveria entrado nas Igrejas? Ele lembrou-se, por exemplo, de todo movimento eclesiástico contrário aos regimes comunistas que perseguiam cristãos no mundo. Na verdade, talvez nem todos tinham sido sinceros, pois vários destes críticos apoiavam aqueles regimes comunistas. Ele começou a se lembrar de quantas vezes fora criticado em suas ideias mais conservadores, deixado de lado, ignorado e até perseguido por causa de suas posições e pensamentos. Muitas daquelas tramas internas eram na verdade político ideológicas, e tinham como pano de fundo o velho comunismo, agora sob o manto do marxismo cultural, ou seja, os pensamentos, ideias e ideais socialistas, postos em prática na sociedade através de ações pontuais de combate ao conservadorismo.

Ele chocou-se também ao perceber que até em seu rol de amigos e familiares, havia um grande número de comunistas, ou pseudo comunistas, talvez até inconscientes disso, porém lutando pela mesma causa da esquerda. Claro que todos aqueles “isentões”, na verdade não queriam se auto declarar contrários a ele, pois não era algo pessoal, a princípio, mas “do campo das ideias”, como alguém um dia lhe dissera. Mas como separar ideias de ações, quando essas ações são regidas diretamente pelo que se pensa a respeito?

Traduzindo em aferições práticas, toda a defesa de uma nova postura das Igrejas, com respeito a alguns pecados, os quais sempre foram combatidos e rejeitados, agora sendo aceitos como algo natural de nosso tempo, na verdade vinham no bojo das ideias e ideais comunistas, inseridos no pensamento moderno, através do que é classificado por muitos pensadores, como “marxismo cultural”.

De repente tudo começou a fazer sentido, por exemplo, como muitos se uniam em torno de uma causa, contrária à Palavra de Deus, porém muito aceita em geral. As pessoas não gostam de serem observadas e questionadas em certas práticas de cunho “pessoal”. Ora, se alguém quer ser gay, ou apoia a causa gay, ou ainda que não a condene como pecaminosa; ou se a pessoa quer praticar sexo antes do casamento, querem ter vida noturna em bares e boates, e seus pais consideram isso tudo como “diversão”, enfim, qualquer coisa que se queira fazer, ninguém tem nada com isso e ponto final. Esse era o pensamento e a prática em muitos lugares em que era de se esperar que tais comportamentos não fizessem parte do cotidiano das pessoas. Além disso, esse desejo de imunidade não condizia com o teor do Evangelho e dos símbolos de fé abraçados por sua Igreja, onde todos são chamados a ter uma vida ilibada e transparente, e o que passar disso é pecado. Quem ensina que tudo isso é pecado, principalmente são os pastores, mas afinal de contas, quem sustenta o pastor? Através dessa questão tão essencial, que é a própria manutenção financeira da família do pastor, intentavam controlar estes, que a priori deveriam ter uma conduta ilibada e sem respaldo para qualquer tipo de manipulação. Infelizmente quem tem o poder muitas vezes age com tamanha crueldade, ao ponto de destruir, se possível, os que se opõe a eles. Lembram bem os black blocks e os antifas, em toda sua revolta, atropelando e intentando destruir seus opositores.

Também fazia sentido os que se opunham aos ensinos bíblicos, sempre as mesmas pessoas, com pensamentos e pontos de vista diferentes daqueles que sempre foram pregados como base de fé e prática. Lembravam bem as brigas em torno de temas políticos, observadas em redes sociais, algo muito mais intenso e articulado do que simples dúvidas ou debate de ideias em pontos divergentes. Eram mais contraposições. E pior, muitas vezes partindo de pessoas, que se revelaram com o tempo, interessadas em denegrir a imagem do pastor, devagar e sutilmente, plantando na mente das pessoas pensamentos que serviriam de base, alicerce, para eles fazerem o que desejavam fazer acontecer. Algo bem similar à engenharia social da hoje considerada mídia lixo, aquelas antigas técnicas de "gotejamento" e controle social do "gramcismo". E onde eles tinham aprendido essas técnicas? Seria nas faculdades esquerdistas onde haviam se formado? Ou seriam meras coincidências?

A coisa era tão real, que ele até se lembrou de um “pastor lobo”, um desses dissimulados, que chegou a explicar como controlar uma pessoa utilizando uma técnica, similar a essa descrita no site Cio, e classificada como criminosa:

Técnica três: Por afinidade A engenharia social por afinidade conta com atacantes formando um vínculo com um alvo com base em um interesse comum ou de alguma forma que eles se identifiquem uns com os outros. "O método é tornar-se amigo da vítima, levá-la a fazer-lhes um favor, lentamente pedir informações (inicialmente inócuo), em seguida, pedir informações mais sensíveis. Uma vez que a vítima esteja enredada, o atacante pode então chantageá-los ", diz Roger G. Johnston, Head da Right Brain Sekurity. Os criminosos assumem uma postura amigável, mostram-se interessados pela vida das pessoas e em tudo que está relacionado a elas. Em pouco tempo,  conseguem obter informações que não seriam obtidas de outra forma. A técnica, nesse caso, é simples: os criminosos utilizam pessoas menos importantes e mais acessíveis dentro das empresas para obter informações sobre outras, mais bem posicionadas na hierarquia empresarial. De acordo com os profissionais de segurança, podem existir até dez passos entre o alvo do criminoso e a pessoa primeiramente contatada dentro da organização. (https://cio.com.br/conheca-seis-das-tecnicas-de-engenharia-social-muito-eficazes/).

CONTINUA...

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