O QUE FAREI PELO SENHOR?
“Que darei ao SENHOR
por todos os Seus benefícios para comigo? Tomarei o cálice da salvação
e invocarei o nome do SENHOR. Cumprirei os meus votos ao SENHOR, na
presença de todo o Seu povo. Oferecer-Te-ei sacrifícios de ações de
graças e invocarei o nome do SENHOR. Cumprirei os meus votos ao SENHOR,
na presença de todo o Seu povo, nos átrios da Casa do SENHOR, no meio
de ti, ó Jerusalém. Aleluia!” Salmos 116:12-14, 17-19.
Esse Salmo começa com uma constatação
surpreendente (vs.12a): podemos dar algo a Deus! AquEle que É o
Criador, Senhor e Mantenedor do Universo, nos permite dar-Lhe algo. Por
quê? Certamente porque nos ama e quer nos privilegiar dessa alguma
maneira. A pergunta é, o que temos dado a Ele? Israel em vários
momentos deu-Lhe canseira (Ex 31:17; Is 1:14; 43:24; Jr 15:6). E nós, o
que Lhe temos dado? O Salmo prossegue nos orientando naquilo que
devemos dar a Deus como forma de gratidão e reconhecimento por Seus
atos de misericórdia, Seus benefícios (vs.12b). Antes de mais nada, é
necessário reconhecer que tudo que temos e somos provém das Suas mãos,
que são poderosas e cheias de misericórdia (1 Cr 29:12-13).
Que darei ao Senhor? O que farei?
1 – CONVERSÃO: RECEBER A SALVAÇÃO, VIVER COMO SALVO (vs.13a)
A primeira coisa que a Bíblia nos
orienta a fazer é “tomar o cálice da salvação”, isto é, receber em no
coração a salvação que vem de Deus. Mas como isso é “dar”, se é
“receber”? Acontece que quando recebo a Deus em minha vida, significa
que estou Lhe entregando o meu coração. Se não entregar o coração a
Deus, não há como receber a salvação. A partir daí, beber o cálice da
salvação diariamente vivendo como salvo. A cada dia que vivo como um
verdadeiro filho de Deus, estou reafirmando os votos que fiz no momento
da minha conversão. Isso não é algo para ser praticado somente na
Igreja, mas diariamente em minha vida, numa vida de culto (serviço) a
Deus.
2 – ORAÇÃO: INVOCAR O NOME DO SENHOR, ORAR TODO TEMPO (vs.13b)
A invocação do nome do Senhor começou
a ser praticada em Gn 4:26. Invocar é clamar por Seu auxílio, é buscar
a Sua proteção e Seu favor, ato que é praticado em toda a Bíblia pelos
servos de Deus como sinal de fé, temor e dependência dEle (1 Cr 16:8).
A segunda maneira mais elementar de demonstrar gratidão e reverência a
Deus é a invocação de Seu nome. Nesse sentido a oração não é apenas uma
locução vazia, mas carregada de vida, compromisso e verdade da parte
daqueles que O invocam. Por isso que deve ser praticada em todo tempo,
não só nas quatro paredes dos templos (Sl 62:8; 1 Ts 5:17). Há também o
que se dizer do estudo e da busca do conhecimento da Palavra de Deus
como sinal, ou resultado da invocação sincera. Quem O invoca de coração
se impressiona com Ele e deseja conhece-Lo mais e mais.
3 – FIDELIDADE: CUMPRIR SEUS VOTOS DIANTE DE TODOS (vs.14)
Muitos não entendem a necessidade
desse ato, e justificam que devem ser fiéis para serem vistos por Deus
e não pelos homens, criando uma confusão com texto de Mt 6:1.
Obviamente a Bíblia não entra em contradição consigo mesma, pois é a
Palavra de Deus. Certamente Deus também não deseja que nos orgulhemos,
visto que um dos pressupostos da fidelidade é a humildade. Então o que
o texto sagrado está dizendo é que ao cumprirmos nossos votos
piedosamente, seremos notados por todos que nos rodeiam, naturalmente,
não por exibicionismo nosso, mas vivendo o que Ele mandou, e Ele nos
usará de tal modo que seremos sal da Terra e luz do mundo (Mt 5:14-16).
Esse ato também se reflete no bom testemunho cristão.
4 – LOUVOR: PRESTAREI SACRIFÍCIOS DE AÇÕES DE GRAÇAS (vs.17)
A gratidão se manifesta em nosso
culto, onde expressamos em palavras, orações, e cânticos espirituais o
nosso agradecimento a Deus. Não basta estar dentro da Igreja somente de
“corpo presente”, mas em espírito e em verdade. Nota-se que muitos nas
Igrejas não louvam, não cantam, não oram e sequer carregam suas
Bíblias. A noção de “sacrifício” tem sido esquecida com o passar do
tempo. Hoje em dia é cada vez mais comum que o culto seja feito de um
modo para agradar o povo, que tem se tornado público alvo e pagante. Os
líderes, em muitos contextos, não são mais os profetas de Deus, mas
animadores de auditórios mimados que não suportam o peso da Palavra, e
que ainda não entenderam o que é “sacrifício de ações de graças”. Além
disso, Deus quer que tenhamos uma vida de culto, como sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus (Rm 12:1). A Igreja necessita redescobrir o
que é prestar culto a Deus.
Sejamos esses que estão dispostos a fazer pelo Senhor aquilo que Lhe agrade.
Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
IPB de Brasilândia, São Paulo / SP
Culto de Louvor, noite de 26/04/15.
SDG – A DEUS TODA GLÓRIA!!!
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