O TESTEMUNHO QUE GERA ESPERANÇA
TEXTO BÁSICO – 2 REIS 5:1-14
“E Naamã, capitão do exército do rei
da Síria, era um grande homem diante do seu senhor, e de muito
respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos sírios; e era
este homem herói valoroso, porém leproso. E saíram tropas da Síria, da
terra de Israel, e levaram presa uma menina que ficou ao serviço da
mulher de Naamã. E disse esta à sua senhora: Tomara o meu senhor
estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da
sua lepra.” 2 Reis 5:1-3.
OS HERÓIS ANÔNIMOS – a palavra
“herói” nos traz diversas sugestões à mente: os bombeiros que salvam
vidas das chamas de um incêndio, os personagens de filmes de aventura,
aqueles que se sacrificam nas frentes de batalha para garantir a paz da
nação, etc. O texto lido nos diz que Naamã era um herói de guerra. Os
heróis são pessoas que realizam grandes feitos, e nesse sentido os
nossos pais são nossos heróis, por exemplo. No texto lido encontramos
uma heroína anônima, uma simples menina da casa de Israel, que por suas
ações e palavras tem muito a nos ensinar. O que fez diferença na vida
de Naamã foi O TESTEMUNHO DE UMA MENINA QUE GEROU ESPERANÇA.
EXPLICAÇÃO
“O Segundo Livro dos Reis descreve o
declínio e o cativeiro tanto de Israel quanto de Judá. Israel suportou
uma sucessão de maus reis durante 130 anos, até o cativeiro assírio. A
história de Judá, culminando com o cativeiro babilônico é contada em
poucos detalhes. O livro também registra o ministério de Eliseu,
marcado por diversos milagres. Passagens bem conhecidas incluem a
ressurreição do filho da sunamita (cap. 4), a cura de Naamã, o general
siro leproso (cap. 5), a morte de Jezabel (cap. 9), e os reavivamentos
da fé nos reinados de Ezequias (cap. 18) e Josias (cap. 23). Durante
esse período Amós e Oséias profetizaram em Israel, enquanto Obadias,
Joel, Isaías, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias e Jeremias
ministraram em Judá.” A Bíblia Anotada – Introdução ao Segundo Livro
dos Reis.
ARGUMENTAÇÃO
O texto lido (vs. 1) nos apresenta a
história de Naamã, comandante do exército do rei da Síria, que era
grande diante de seu senhor e de muito conceito, um herói de guerra.
Porém, Naamã era leproso. Ou seja, ele que era um vencedor estava sendo
vencido pela hanseníase, ou doença da lepra. (“Lepra: o mesmo que
morféia. Infecção crônica do organismo produzida por um bacilo
específico, chamado bacilo de hansen.” – Pequena Enciclopédia Bíblica).
E a lepra era uma enfermidade incurável, isso significa que Naamã
estava condenado à morte. O herói de guerra estava morrendo, debaixo de
toda aquela armadura que lhe dava a aparência invencibilidade, tantos
elogios e tanta glória, existia um homem derrotado.
Mas no vs. 2 surge a nossa
personagem, nossa heroína anônima. Ela é uma menina que fora levada
cativa, isto é prisioneira, escrava, da casa de Israel. Uma personagem
tão sem importância que sequer seu nome é mencionado. Mas ela, mesmo
sendo uma pequena escrava, mostrou ser possuidora de uma fé, uma
atitude e um amor que a tornaram exemplar para todos nós. E é sobre ela
que iremos falar nessa noite. O que ela tinha que fez dela uma
personagem tão significativa na Bíblia Sagrada?
1 – ELA CREU EM DEUS
Tente por alguns instantes se colocar
no lugar dessa menina. Ela fora levada prisioneira para um outro país.
Agora como escrava ela era tratada como um animal, alguém que não tinha
valor algum. Até a sua dignidade estava nas mãos daqueles homens, eles
poderiam até humilhá-la se quisessem, uma vez que ela não valia nada
para eles. Aliás, essa era e é uma prática comum em todas as guerras,
até aos dias de hoje: as mulheres são violentadas e mortas com
frequência. Essa moça fora arrancada de dentro de sua casa, separada de
sua família. Seus pais, irmãos, parentes e amigos talvez fossem
escravos e muitos deles certamente haviam sido mortos. Ela talvez
jamais iria vê-los de novo Olhando apenas com os olhos da carne, ela
estava numa situação um tanto caótica, sem perspectiva de melhora em
sua vida, aliás a sua vida estava por um fio. A qualquer momento a sua
vida poderia ser-lhe tirada. E mesmo assim, ELA CREU EM DEUS! Ela era
uma moça crente de verdade! Ela acreditou que Deus poderia curar Naamã,
este mesmo Deus que permitira que ela estivesse naquela situação.
Certamente ela era conhecedora da
história dos patriarcas da fé: Abraão, Isaque e Jacó. Ela sabia que o
nosso Deus é um Deus que prova a fé de Seus filhos e que faz grandes
maravilhas. Ela sabia que Deus é soberano para fazer e desfazer, dar e
tomar de volta, fazer rir e chorar, e que isso não denigre a Sua
pessoa, mas eleva, exalta e glorifica o Seu ser. Quem é deus como o
nosso Deus?
Certamente ela conhecia uma das
histórias mais contadas e repetidas em Israel é a história do PAI DA FÉ
– ABRAÃO. Todo o povo de Deus sabia essa história em que Deus pediu a
ele o seu bem mais precioso: o seu único filho (Gn 22). A lição
aprendida ali é que Deus pode dar e tomar de volta, Deus pode prova a
nossa fé do modo que Ele desejar. Ao crer, essa menina fez como fez
Abraão demonstrando OBEDIÊNCIA. E em Gálatas 3:6 a Palavra nos diz:
“...Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.”
Você já pensou se ela ao invés de
crer tivesse começado a questionar e criticar a ação de Deus? “Senhor,
por que o Senhor permitiu isso? Por quê?” Não é o que fazemos com
frequência quando as coisas não vão bem? Afinal vivemos num país em
que, para muitos, fé é sinônimo de prosperidade, fartura, saúde...
Não permita que a sua alma o engane,
não permita que o seu coração te afaste de Deus. Não permita que o
inimigo te enlace e te leve para longe do altíssimo. CREIA! OBEDEÇA!
2 – ELA FALOU DE DEUS
Outra atitude dessa menina que nos
chama a atenção e que coloca o seu testemunho em destaque, é que ELA
FALOU DE DEUS. Ela poderia crer e ainda assim permanecer calada, mas
ela não se calou diante daquela oportunidade. Ela falou de Deus para o
seu próximo, ela testemunhou do poder de Deus naquela situação em que
ela estava.
Ora, falar de Deus quando tudo vai
bem conosco é relativamente fácil. Mas a verdadeira fé é quando falamos
de Deus mesmo em meio às tribulações, com amor e um santo orgulho, uma
dignidade e um prazer que o mundo não pode entender.
No livro de Jó encontramos essa
atitude mesma atitude quando ele estava sofrendo dores terríveis, dores
físicas e emocionais. Ele havia perdido tudo que possuía, inclusive os
seus amados filhos, seu bens e sua saúde. Em um breve espaço de tempo
Jó perdeu tudo e ficou coberto de chagas e feridas que cobriam seu
corpo da planta dos pés até o alto da cabeça. Jó 2:7-10 lemos:
“Então saiu satanás da presença do SENHOR, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e estava assentado no meio da cinza. Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre. Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.”
“Então saiu satanás da presença do SENHOR, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e estava assentado no meio da cinza. Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre. Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.”
E em Jó 19:25 também lemos:
“Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.”
Semelhante a Jó ela não blasfemou,
mas glorificou o nome de Deus. Ao falar para a sua senhora do profeta
de Deus estava falando do próprio Deus para ela. Ela falou de um Deus
que poderia fazer qualquer coisa, inclusive curar a lepra de Naamã.
Temos falado de Deus às pessoas? E o
que temos falado de Deus às pessoas? Especialmente quando nos sobrevêm
lutas e tribulações? Será que falamos como aquela menina que acreditava
em Deus?
3 – ELA AMOU AO SEU PRÓXIMO
Essa moça teria todos os motivos para
não se preocupar com Naamã. Ele era seu inimigo e inimigo de seu povo,
ela mesma fora levada como escrava para a Síria e, portanto poderia não
se preocupar com o bem estar dele e poderia continuar se sentindo bem,
afinal se ele morresse seria um inimigo a menos. Mas vemos nessa menina
a atitude de quem ama, conf. lemos em Lv 19:18b:
“(...) amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR.”
É importante notar que o livro de
Levítico foi escrito a cerca de 1450 anos a.C., e essa menina
certamente conhecia a Lei de Deus. Ao falar com a sua senhora conforme
consta em 2 Rs 5:3 ela demonstrou amor ao seu próximo, mesmo sendo ele
o seu maior rival e o seu maior inimigo.
“E disse esta à sua senhora: Tomara o
meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o
restauraria da sua lepra.”
Ao amar o seu próximo como a si
mesma, ela cumpriu esse mandamento que Jesus classificou em Mt 22:39
como o segundo grande mandamento, semelhante ao primeiro. E o primeiro
grande mandamento é
“...amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.” Mt 22:37).
Hoje somos desafiados a cumprir esse
grande mandamento do amor. Essa é a ordem do Senhor: AMARÁS. Amar os
parentes, irmãos, amigos crentes ou não crentes, amar até o nossos
inimigos, pois o Senhor disse em Mt 5:44:
“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos
inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e
orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do
vosso Pai que está nos céus.”
CONCLUSÃO
Naamã seguiu aquilo que a menina
havia lhe dito, procurou o profeta Eliseu e Deus o curou daquela lepra.
Mas esse já é um outro sermão.
Essa menina nos dá uma grande lição,
não porque ela fosse melhor ou mais abençoada do que nós, mas porque
teve atitude, agiu corretamente nos momentos mais difíceis de sua vida.
Ficam para nós as lições:
- Qual é o tipo de fé que temos tido
em Deus? A nossa fé deve nos levar a permanecer fiéis mesmo diante das
mais duras provações.
- Estamos falando de Deus às pessoas? Falar de Deus é uma ordem de Deus, e aqueles que de fato creem falar dEle.
- Amamos nosso próximo como a nós
mesmos? Esse, que é o segundo grande mandamento precisa ser cumprido
assim como o primeiro que é amar a Deus acima de todas as coisas.
Qual é o tamanho do nosso problema? Seria ele maior do que Deus?
Seria Deus menor que nossas
dificuldades? Existe algum pecado que Deus não possa perdoar? Alguma
corrente que Ele não possa quebrar? Alguma prisão que ele não possa
rebentar?
Que Deus vos abençoe, Deus seja louvado!
Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
Culto de Louvor, manhã 08/02/15
IPB de Brasilândia / SP.
SDG – A DEUS TODA GLÓRIA!!!
Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
Culto de Louvor, manhã 08/02/15
IPB de Brasilândia / SP.
SDG – A DEUS TODA GLÓRIA!!!
Comentários
Postar um comentário
FIQUE A VONTADE, DEIXE SEUS COMENTÁRIOS!!!
Obs: comentários serão bem-vindos se forem educados e não usarem termos ofensivos. Podemos discordar, mas vamos procurar manter o nível da educação e do respeito. Obs.: ao comentar identifique-se, pois não publicamos comentários anônimos.
Best regards in Christ, God bless you!!!