BATISMO INFANTIL
Este
assunto é muito polêmico em nossos dias, por desconhecimento bíblico e histórico. Isso porque hoje em dia, muitos evangélicos tem o pensamento de que o batismo
de bebês é uma prática da Igreja Católica Romana. Outros creem ser uma prática bíblica. Mas o que diz a Bíblia? O debate sobre este
assunto gira em torno da seguinte pergunta: existe no Novo Testamento
um mandamento ou ordenança para batizar os filhos dos crentes? Os
contrários à prática do batismo infantil dizem: já que no Novo
Testamento não podemos achar uma ordenança clara para batizar crianças,
então não devemos batizá-las. Para eles isso encerra o assunto. Na
verdade podemos dizer sobre o assunto mais do que se imagina. Há coisas
que a Igreja crê e que não está claramente mostrado na Bíblia: por
exemplo, podemos citar a doutrina da Trindade – a Bíblia nunca diz que
Deus é três Pessoas distintas e co-eternas. Mas, nem por isso deixamos
de crer na doutrina ali revelada. Qual é o problema com a doutrina?
Podemos sugerir algumas respostas:
1 – É um problema de metodologia de estudo bíblico. Se nos aproximamos da Bíblia acreditando que a Igreja é um fenômeno do Novo Testamento somente, jamais vamos entender o Batismo Infantil. Mas a Bíblia ensina que a Igreja sempre existiu. Atos 7:38 cita a “congregação no deserto”. O termo grego “ekklhsia” (ekklesía) significa igreja, a congregação dos chamados para fora do mundo e consagrados para Deus.
2 – É um problema de desconhecimento da unidade da bíblica. O problema aumenta quando não se considera a unidade entre o Velho Testamento e o Novo Testamento. A Bíblia é a Palavra de Deus e se faz necessário reconhecer a unidade entre os dois testamentos. O Velho Testamento é Palavra de Deus tanto quando o Novo Testamento.
3 – É um problema de desconhecimento da eclesiologia. Muitos não aceitam a doutrina do Batismo infantil porque desconhecem o que de fato é a Igreja. Há muita falta de conhecimento sobre isso na Igreja atual.
Diante disso, podemos agora considerar o nosso assunto com muita cautela. O que podemos dizer sobre o Batismo Infantil? O que diz o nosso Catecismo maior sobre isso?
“A quem deve ser administrado o Batismo? O Batismo não deve ser administrado aos que estão fora da Igreja visível, e assim estranhos ao pacto da promessa, enquanto não professarem a sua fé em Cristo e a obediência a Ele. Porém as crianças cujos pais, ou um só deles, professarem a fé em Cristo e obediência a Ele, então, quanto a isto, dentro do pacto e devem ser batizadas.” (Catecismo Maior, Questão 166).
1 – É um problema de metodologia de estudo bíblico. Se nos aproximamos da Bíblia acreditando que a Igreja é um fenômeno do Novo Testamento somente, jamais vamos entender o Batismo Infantil. Mas a Bíblia ensina que a Igreja sempre existiu. Atos 7:38 cita a “congregação no deserto”. O termo grego “ekklhsia” (ekklesía) significa igreja, a congregação dos chamados para fora do mundo e consagrados para Deus.
2 – É um problema de desconhecimento da unidade da bíblica. O problema aumenta quando não se considera a unidade entre o Velho Testamento e o Novo Testamento. A Bíblia é a Palavra de Deus e se faz necessário reconhecer a unidade entre os dois testamentos. O Velho Testamento é Palavra de Deus tanto quando o Novo Testamento.
3 – É um problema de desconhecimento da eclesiologia. Muitos não aceitam a doutrina do Batismo infantil porque desconhecem o que de fato é a Igreja. Há muita falta de conhecimento sobre isso na Igreja atual.
Diante disso, podemos agora considerar o nosso assunto com muita cautela. O que podemos dizer sobre o Batismo Infantil? O que diz o nosso Catecismo maior sobre isso?
“A quem deve ser administrado o Batismo? O Batismo não deve ser administrado aos que estão fora da Igreja visível, e assim estranhos ao pacto da promessa, enquanto não professarem a sua fé em Cristo e a obediência a Ele. Porém as crianças cujos pais, ou um só deles, professarem a fé em Cristo e obediência a Ele, então, quanto a isto, dentro do pacto e devem ser batizadas.” (Catecismo Maior, Questão 166).
O ANTIGO TESTAMENTO
Vamos começar o nosso estudo no Antigo Testamento. Nós presbiterianos podemos dizer que este ensino começa com Abraão. Você pode dizer que é um crente do Novo Testamento, e que o Antigo Testamento não tem nada a ver com você. Mas quero dizer-lhe que cada mensagem e doutrina no NT tem as suas raízes no VT. Se desejarmos conhecer profundamente a doutrina do pecado, é necessário ir até as páginas do Gênesis. Se quisermos conhecer adequadamente a Cruz precisamos ir aos cinco primeiros livros da Bíblia, no VT. Da mesma forma dizemos que se você quer aprender sobre o Batismo Infantil, ou “pedobatismo” (expressão grega que significa batismo de bebês recém-nascidos) é preciso começar com o Antigo Testamento.
Quando Deus criou o homem, deu-lhe uma ordem de “crescer e multiplicar-se” (Gn 1:27-78). O propósito desta ordem era que Deus quis trazer ao mundo uma geração santa. Os filhos do primeiro casal seriam santos porque Adão e Eva ainda não haviam pecado, eles eram santos. O propósito de Deus na criação do primeiro casal, Adão e Eva, não era para que ficassem sozinhos, Ele os fez fecundos para que constituíssem a primeira de muitas famílias. Este é o propósito de Deus para o homem: a família.
Em Gênesis 3 lemos quando o homem caiu do estado em que foi criado, então Deus vem ao homem vs. 9 e pergunta: “onde estás?” É a graça de Deus vindo até o pecador. Antes da queda havia a esperança de terem filhos santos, mas agora eles haviam se tornado o que todos somos: pecadores. Então, Deus em Sua infinita graça e misericórdia, decide fazer uma promessa de redenção.
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o Seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar.” Gn 3:15.
Deus vem até a primeira família dizer que há esperança. Existe a esperança de que Ele ainda trata com gerações (descendência). Deus quer se relacionar com famílias, e isso inclui os filhos de Adão e Eva.
Nos dias de Noé temos a mesma coisa. Deus não quis salvar apenas uma pessoa, mas uma família conforme Gênesis 6:9. A redenção vem em termos de família, em termos de gerações. Deus ao longo da História trata com a família, seu projeto básico para a humanidade.
Alguns exemplos são pertinentes quando a isso. Abraão foi salvo por Deus. Em Romanos 4, Paulo explica que a salvação de Abraão foi pela graça e pela fé. Compare Gn 15:6 com Rm 4:9, e veja que toda a doutrina do NT nasce no VT.
No texto de Gênesis 17:7-14 o pacto é chamado de perpétuo (eterno). Deus escolheu o sinal da circuncisão para simbolizar a salvação. Deus deu um sinal que indicava a salvação aos adultos como as crianças. Para alguém se tornar o seguidor de Javé era necessário ser circuncidado (Êxodo 12:48). Todo crente do VT deveria circuncidar o filho ao oitavo dia. Imagine-se no Antigo Testamento, o que você faria? Certamente você circundaria o seu filho
O NOVO TESTAMENTO
O que o Novo Testamento tem a nos ensinar sobre este assunto? Os que não aceitam o Batismo Infantil citam Marcos 16:15-16 para defender a tese que para uma pessoa ser batizada é necessário crer. O ato de crer precede o de batizar no caso de adultos, e uma vez que as crianças não podem crer, não devem ser batizadas. Essa é a conclusão dos anti-pedobatistas, todavia, vejamos o que diz o texto:
“QUEM CRER E FOR BATIZADO SERÁ SALVO”. Esta declaração é correta, mas dizer que isso invalida o batismo de crianças é um absurdo, pois não se pode ignorar o resto do versículo que diz: “QUEM, PORÉM, NÃO CRER ESTÁ CONDENADO”. Obviamente esse texto refere-se exclusivamente a adultos convertidos. Seguindo a interpretação dos que não aceitam o batismo infantil, isto significaria dizer que para ser salva a criança precisa crer, e se ela não crer estará condenada, caso venha a morrer. E isso é uma grande contradição, uma vez “dos tais é o Reino de Deus” (Lc 18:16).
Se o batismo é símbolo da fé, então como entender Romanos 4:11? A circuncisão é vista como o símbolo da fé que Abraão teve, e este símbolo foi aplicado às crianças do VT. No NT não há circuncisão, mas há o batismo. Seguindo o ensinamento da Aliança de Deus com as famílias, apresentado desde o princípio da Palavra de Deus, a criança deve ser batizada. O batismo é símbolo da Aliança, fé e graça, assim como era o cumprimento da circuncisão.
Paulo afirma que o “batismo” é a “circuncisão de Cristo”:
"NEle, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com Ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que O ressuscitou dentre os mortos." Colossenses 2:11-12.
O apóstolo Pedro também falou do batismo de criança quando proclamou:
"Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar." Atos 2:38-39.
Vamos começar o nosso estudo no Antigo Testamento. Nós presbiterianos podemos dizer que este ensino começa com Abraão. Você pode dizer que é um crente do Novo Testamento, e que o Antigo Testamento não tem nada a ver com você. Mas quero dizer-lhe que cada mensagem e doutrina no NT tem as suas raízes no VT. Se desejarmos conhecer profundamente a doutrina do pecado, é necessário ir até as páginas do Gênesis. Se quisermos conhecer adequadamente a Cruz precisamos ir aos cinco primeiros livros da Bíblia, no VT. Da mesma forma dizemos que se você quer aprender sobre o Batismo Infantil, ou “pedobatismo” (expressão grega que significa batismo de bebês recém-nascidos) é preciso começar com o Antigo Testamento.
Quando Deus criou o homem, deu-lhe uma ordem de “crescer e multiplicar-se” (Gn 1:27-78). O propósito desta ordem era que Deus quis trazer ao mundo uma geração santa. Os filhos do primeiro casal seriam santos porque Adão e Eva ainda não haviam pecado, eles eram santos. O propósito de Deus na criação do primeiro casal, Adão e Eva, não era para que ficassem sozinhos, Ele os fez fecundos para que constituíssem a primeira de muitas famílias. Este é o propósito de Deus para o homem: a família.
Em Gênesis 3 lemos quando o homem caiu do estado em que foi criado, então Deus vem ao homem vs. 9 e pergunta: “onde estás?” É a graça de Deus vindo até o pecador. Antes da queda havia a esperança de terem filhos santos, mas agora eles haviam se tornado o que todos somos: pecadores. Então, Deus em Sua infinita graça e misericórdia, decide fazer uma promessa de redenção.
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o Seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar.” Gn 3:15.
Deus vem até a primeira família dizer que há esperança. Existe a esperança de que Ele ainda trata com gerações (descendência). Deus quer se relacionar com famílias, e isso inclui os filhos de Adão e Eva.
Nos dias de Noé temos a mesma coisa. Deus não quis salvar apenas uma pessoa, mas uma família conforme Gênesis 6:9. A redenção vem em termos de família, em termos de gerações. Deus ao longo da História trata com a família, seu projeto básico para a humanidade.
Alguns exemplos são pertinentes quando a isso. Abraão foi salvo por Deus. Em Romanos 4, Paulo explica que a salvação de Abraão foi pela graça e pela fé. Compare Gn 15:6 com Rm 4:9, e veja que toda a doutrina do NT nasce no VT.
No texto de Gênesis 17:7-14 o pacto é chamado de perpétuo (eterno). Deus escolheu o sinal da circuncisão para simbolizar a salvação. Deus deu um sinal que indicava a salvação aos adultos como as crianças. Para alguém se tornar o seguidor de Javé era necessário ser circuncidado (Êxodo 12:48). Todo crente do VT deveria circuncidar o filho ao oitavo dia. Imagine-se no Antigo Testamento, o que você faria? Certamente você circundaria o seu filho
O NOVO TESTAMENTO
O que o Novo Testamento tem a nos ensinar sobre este assunto? Os que não aceitam o Batismo Infantil citam Marcos 16:15-16 para defender a tese que para uma pessoa ser batizada é necessário crer. O ato de crer precede o de batizar no caso de adultos, e uma vez que as crianças não podem crer, não devem ser batizadas. Essa é a conclusão dos anti-pedobatistas, todavia, vejamos o que diz o texto:
“QUEM CRER E FOR BATIZADO SERÁ SALVO”. Esta declaração é correta, mas dizer que isso invalida o batismo de crianças é um absurdo, pois não se pode ignorar o resto do versículo que diz: “QUEM, PORÉM, NÃO CRER ESTÁ CONDENADO”. Obviamente esse texto refere-se exclusivamente a adultos convertidos. Seguindo a interpretação dos que não aceitam o batismo infantil, isto significaria dizer que para ser salva a criança precisa crer, e se ela não crer estará condenada, caso venha a morrer. E isso é uma grande contradição, uma vez “dos tais é o Reino de Deus” (Lc 18:16).
Se o batismo é símbolo da fé, então como entender Romanos 4:11? A circuncisão é vista como o símbolo da fé que Abraão teve, e este símbolo foi aplicado às crianças do VT. No NT não há circuncisão, mas há o batismo. Seguindo o ensinamento da Aliança de Deus com as famílias, apresentado desde o princípio da Palavra de Deus, a criança deve ser batizada. O batismo é símbolo da Aliança, fé e graça, assim como era o cumprimento da circuncisão.
Paulo afirma que o “batismo” é a “circuncisão de Cristo”:
"NEle, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com Ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que O ressuscitou dentre os mortos." Colossenses 2:11-12.
O apóstolo Pedro também falou do batismo de criança quando proclamou:
"Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar." Atos 2:38-39.
A palavra grega usada aqui é “teknia”
que significa “criancinhas, filhos pequeninos, crianças de peito”. Ele
diz isso porque sabe que Deus continua agindo com as famílias ao longo
da história da redenção do povo da Aliança. E, assim entendemos porque
Paulo diz que os filhos dos crentes na Igreja são santos em 1 Coríntios
7:14.
Há também o batismo de famílias inteiras registradas nas páginas do NT: Atos 11:14; 16:14-15; 31-33.
A HISTÓRIA DA IGREJA E O BATISMO INFANTIL
Neste momento desejamos mostrar os indícios de que a história da Igreja confirma o Batismo infantil. Este ponto é importante para mostrar que a Igreja sempre praticou essa doutrina.
Irineu (130-202 d.C.) escreveu sobre o batismo infantil dizendo que Cristo mandou a Igreja batizar todos os que foram salvos pelo Evangelho, e assim, as crianças deveriam ser batizadas. (“Contra as Heresias” Livro III, Capítulo 9).
Justino, o Mártir (100-165 d.C.) confirmou o testemunho de Irineu dizendo que ele estava referindo-se ao batismo de criancinhas. (“Apologia I”).
Tertuliano (160-225 d.C.) foi um teólogo que defendia que seria melhor aos homens serem batizados mais tarde, pois acreditava que o batismo perdoa os pecados. Pelo testemunho de Tertuliano percebemos que o batismo de crianças era uma prática comum na história da Igreja. Lembremos que isso não é do período da Igreja Católica Romana, mas é muito antes.
Orígenes (185-254 d.C.) escreveu dizendo que a “Igreja tinha dos Apóstolos a tradição (ordem) para administrar o batismo as criancinhas”. As tradições cristãs, advindas dos apóstolos, não devem ser abandonadas (2 Ts 2:15; 3:6).
Pelágio (360-435 d.C.) escreveu: “Nunca tive conhecimento de alguém, nem mesmo o mais ímpio herege, que negasse o batismo às criancinhas”.
Agostinho (354-430 d.C.) conhecido como o doutor da graça escreveu defendendo o Batismo Infantil como sendo a fonte de redenção dos pequeninos.
CONCLUSÃO
Alguns afirmam que a criança não tem o direito de ser batizada porque ainda não é salva, mas nós cremos que todas as crianças são salvas (“dos tais é o Reino dos Céus”, e “se não fordes como as crianças, jamais entrareis no Reino de Deus”). Desse modo as crianças filhos dos crentes, são as que mais tem esse direito, pois fazem parte da Aliança de Deus com o Seu povo.
Outros argumentam que uma criança batizada poderá se desviar quando chegar à idade da razão. Pergunto: e quanto aos adultos batizados, muitos deles não se desviam? Por que isso acontece? Porque o batismo não salva, mas é um sinal da Aliança de Deus, no Novo Testamento, que remonta à circuncisão, o sinal do Velho Testamento.
Portanto, o Batismo Infantil é uma prática Bíblica e histórica da Igreja e precisamos resgatá-la em nosso meio, pois ela nos garante a certeza de que a criança faz parte da Igreja de Deus como povo do pacto da Aliança do Senhor, e que estamos cumprindo aquilo que Deus determinou para o Seu povo.
BIBLIOGRAFIA:
1 – Estudos Bíblicos sobre o Batismo de Crianças – Philippe Landes – Casa Editora Presbiteriana, S.D.
2 – Confissão de Fé e Catecismo Maior da Igreja Presbiteriana do Brasil – Casa Editora Presbiteriana, 1980.
3 – Batismo Infantil – O que os Pais Deveriam Saber Acerca Deste Sacramento – Editora Os Puritanos, 2000.
4 – Batismo – O Sinal do Pacto, Rev. Onézio Figueiredo, Sínodo de São Paulo, Presbitério de Casa Verde – IPB, 1993.
5 – Revistas Os Puritanos – Vamos à Casa do Senhor & A Família do Pacto – artigo: Batismo Infantil, Kenneth Wieske, 2005-2006.
Há também o batismo de famílias inteiras registradas nas páginas do NT: Atos 11:14; 16:14-15; 31-33.
A HISTÓRIA DA IGREJA E O BATISMO INFANTIL
Neste momento desejamos mostrar os indícios de que a história da Igreja confirma o Batismo infantil. Este ponto é importante para mostrar que a Igreja sempre praticou essa doutrina.
Irineu (130-202 d.C.) escreveu sobre o batismo infantil dizendo que Cristo mandou a Igreja batizar todos os que foram salvos pelo Evangelho, e assim, as crianças deveriam ser batizadas. (“Contra as Heresias” Livro III, Capítulo 9).
Justino, o Mártir (100-165 d.C.) confirmou o testemunho de Irineu dizendo que ele estava referindo-se ao batismo de criancinhas. (“Apologia I”).
Tertuliano (160-225 d.C.) foi um teólogo que defendia que seria melhor aos homens serem batizados mais tarde, pois acreditava que o batismo perdoa os pecados. Pelo testemunho de Tertuliano percebemos que o batismo de crianças era uma prática comum na história da Igreja. Lembremos que isso não é do período da Igreja Católica Romana, mas é muito antes.
Orígenes (185-254 d.C.) escreveu dizendo que a “Igreja tinha dos Apóstolos a tradição (ordem) para administrar o batismo as criancinhas”. As tradições cristãs, advindas dos apóstolos, não devem ser abandonadas (2 Ts 2:15; 3:6).
Pelágio (360-435 d.C.) escreveu: “Nunca tive conhecimento de alguém, nem mesmo o mais ímpio herege, que negasse o batismo às criancinhas”.
Agostinho (354-430 d.C.) conhecido como o doutor da graça escreveu defendendo o Batismo Infantil como sendo a fonte de redenção dos pequeninos.
CONCLUSÃO
Alguns afirmam que a criança não tem o direito de ser batizada porque ainda não é salva, mas nós cremos que todas as crianças são salvas (“dos tais é o Reino dos Céus”, e “se não fordes como as crianças, jamais entrareis no Reino de Deus”). Desse modo as crianças filhos dos crentes, são as que mais tem esse direito, pois fazem parte da Aliança de Deus com o Seu povo.
Outros argumentam que uma criança batizada poderá se desviar quando chegar à idade da razão. Pergunto: e quanto aos adultos batizados, muitos deles não se desviam? Por que isso acontece? Porque o batismo não salva, mas é um sinal da Aliança de Deus, no Novo Testamento, que remonta à circuncisão, o sinal do Velho Testamento.
Portanto, o Batismo Infantil é uma prática Bíblica e histórica da Igreja e precisamos resgatá-la em nosso meio, pois ela nos garante a certeza de que a criança faz parte da Igreja de Deus como povo do pacto da Aliança do Senhor, e que estamos cumprindo aquilo que Deus determinou para o Seu povo.
BIBLIOGRAFIA:
1 – Estudos Bíblicos sobre o Batismo de Crianças – Philippe Landes – Casa Editora Presbiteriana, S.D.
2 – Confissão de Fé e Catecismo Maior da Igreja Presbiteriana do Brasil – Casa Editora Presbiteriana, 1980.
3 – Batismo Infantil – O que os Pais Deveriam Saber Acerca Deste Sacramento – Editora Os Puritanos, 2000.
4 – Batismo – O Sinal do Pacto, Rev. Onézio Figueiredo, Sínodo de São Paulo, Presbitério de Casa Verde – IPB, 1993.
5 – Revistas Os Puritanos – Vamos à Casa do Senhor & A Família do Pacto – artigo: Batismo Infantil, Kenneth Wieske, 2005-2006.
Extraído e ampliado de Presbiterianos Calvinistas.
Conheça também Batismo - O Sinal do Pacto, de autoria do Rev. Onézio Figueiredo.
EBD 07/12/14.
IPB de Vila Gerti, S.C.Sul / SP.
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