LIDANDO COM CRIANÇAS
"Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino." 1 Coríntios 13:11.
Lidar com crianças não é fácil, mas tarefa árdua. Não me refiro às “crianças crianças”, mas aos “adultos crianças”, e às “crianças na fé”. Se as “crianças crianças” são frágeis e dependentes, os “adultos crianças” e as “crianças na fé” também o são, mas pensam que não são, muitos deles acham que já são amadurecidos. Crianças são melindrosas, egoístas, manhosas, “fazem biquinho” e “ficam dodói” com qualquer coisa que não for do jeito que elas gostam. Crianças falam, sentem e pensam como crianças...
É verdade que muitas “crianças na fé” (não todas), reconhecem seu estado, que ainda tem muito a caminhar, e demonstram disposição para aprender. Esses ensináveis são os mais promissores, desde que não sejam influenciados pelos “adultos crianças”, que se os contaminarem poderão atrapalhar o seu crescimento saudável. Essa é a declaração de Paulo: que um dia ele havia sido criança, mas decidiu deixar essa fase no passado, e cresceu.
Cuidar de crianças exige muita sabedoria, paciência e amor. Crianças são cheias de instabilidade, excessos, mudanças repentinas de humor, indecisão, descompromisso, leviandade, imprudência, irresponsabilidade, imaturidade, etc. Uma boa saída é ver nelas um diamante bruto que precisa ser lapidado, e é inegável o valor e a preciosidade desses diamantes. Mas, por não terem sido lapidados ainda, assemelham-se a pedras sem nenhum valor. Deus é o lapidador das almas, e Ele mesmo limpa e lapida. Nossa função é colaborar com a Sua obra, nos dispondo também a sermos lapidados.
Pensar assim ajuda-nos a entender esse processo de maneira otimista e positiva, porque todos estamos sendo lapidados. Essas crianças são projetos de vida em fase de construção, que tem um valor inestimável dentro de si. Se não as olharmos pela fé estaremos pecando contra o próprio Autor e Senhor da vida. Olhando e crendo somos motivados a prosseguir, aguardando o momento em que se conscientizarão de seu real estado e necessidade. Quando isso acontecer ocorrerão grandes mudanças, que traçarão o caminho do crescimento e da transformação. Nessa hora acontece a desistência das atitudes de crianças que Paulo menciona, e a busca por atitudes próprias de adultos. Mudamos nosso modo de falar, sentir e pensar, ou seja, nosso modo de ser e existir. Passamos a encarar a vida e a viver, não mais semelhantes a crianças, mas como adultos na fé: falamos como adultos, controlamos nossas emoções (o nosso sentir já não nos governa), e até nosso modo de pensar é transformado.
Se não houver o reconhecimento de quem se é, não há crescimento, pois pensaremos que não precisamos crescer. Mas ao nos defrontarmos conosco, reconhecendo nossa carência, em Cristo encontraremos forças e suprimento para alcançarmos o amadurecimento espiritual que se faz necessário.
Sugestões: FILHOS DESVIADOS; 1 Coríntios 13; Daily Drops.
Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
IPB de Vila Gerti, S.C.Sul / SP
Pastoral Boletim 08/06/14.
SDG - A DEUS TODA GLORIA!!!
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