A Ressurreição de Cristo e Seus Efeitos - Parte 1 - A Validação da Pregação e da Fé


"Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?" 1 Co 12:12.

A VALIDAÇÃO DA PREGAÇÃO E DA FÉ 

1 CORÍNTIOS 15:12-26

INTRODUÇÃO 
A ressurreição de Jesus é a base do Cristianismo! Porém, sempre existiu uma dificuldade em sua crença. Alguns de nós, no princípio da caminhada, tiveram muita dificuldade em crer na ressurreição. Outros tiveram outra experiência, mas quem jamais questionou ou pensou seriamente sobre isso? Talvez a diferença seja que alguns expressam com maior facilidade e transparência suas dúvidas e questionamentos, enquanto outros não gostam de se expor. Esse era o quadro na Igreja de Corinto, quando Paulo escreveu essas linhas. Havia um grupo de irmãos que tinham sérias dificuldades em crer na ressurreição de Cristo, e a negavam mesmo. Em resposta a esses questionamentos foi que Paulo afirmou categoricamente no vs. 20: “Cristo ressuscitou!!!”.

E a pergunta que se faz é: VOCÊ CRÊ NISSO? E quais os efeitos desse fato na vida daquele que crê?

EXPLICAÇÃO 

Em 1 Co 16:8 Paulo informa que estava em Éfeso quando esta carta foi escrita. Isso ocorreu na terceira viagem missionária, por volta de 53-57 d.C. Tendo em vista que o apóstolo ficou em Éfeso por mais de dois anos, conforme Atos 19:8-10, 1 Coríntios foi escrita por volta do ano 55 d.C. Lucas não diz nada sobre essa carta no Livro de Atos, no entanto ele fornece informações muito importantes acerca da fundação da Igreja de Corinto, durante a segunda viagem missionária (50-52 d.C.; At 18:1-11).

Essa carta mostra que nesse período que se passou entre a fundação da Igreja (50-52 d.C.) até essa data (55 d.C.), cerca de 5 anos, ao invés de amadurecer, desenvolveu-se ali uma quantidade espantosa de problemas muito sérios: divisões, abuso dos sacramentos, desordem durante os cultos, problemas teológicos, confusões doutrinárias e problemas morais terríveis. O que aconteceu?

Dentre tantas coisas, poderíamos destacar a falta de fé absoluta na ressurreição do Messias. Ora, se Ele não houvera ressuscitado não haveria nenhuma razão para observar-se os Seus mandamentos, e tampouco fé suficiente para vencer as lutas, tentações e provas. 


ARGUMENTAÇÃO 
Aqueles irmãos lá de Corinto, talvez pensassem que estava tudo ok com eles, mas a exortação de Paulo é dura, pois se eles não acreditavam mais na ressurreição de Cristo, isso significava que a sua fé estava totalmente abalada. A exortação era para eles eram francos em dizer que não criam, como também o é para nós que dificilmente diremos que não cremos, mas que podemos estar agindo não como os que crêem, mas como os descrentes.

Hoje veremos o que a ressurreição de Jesus nos proporciona, mesmo em tempos de tanta mediocridade que a Igreja está. Que possamos estar firmados na fé viva que nos foi dada uma vez por todas.

1 – VALIDAÇÃO DA PREGAÇÃO E DA FÉ (14) 

Se Cristo não houvesse ressuscitado a pregação da Igreja e a própria fé seriam inválidos. Mas, como Ele ressuscitou, a pregação e a fé foram validados. O que isso significa para nós? Significa que devemos pregar o Evangelho e viver na dimensão da fé, com plena convicção.

Essas são duas áreas vitais à vida Cristã, porque conforme Romanos 10:17, a FÉ vem pelo ouvir a PREGAÇÃO da Palavra de Deus. Vamos entender melhor essas duas verdades.

1.1 – Nós podemos crer na pregação do Evangelho porque Jesus ressuscitou. A nossa pregação não é vã, porque Ele ressuscitou. Foi Ele mesmo Quem afirmou que: “Passarão os céus e a Terra, porém Minhas Palavras não passarão” (Mt 24:35). Podemos nos dedicar à Palavra, e crer nEla, porque Ele ressuscitou. A Sua vitória final sobre a morte é que valida a Sua Palavra, e na pregação do Evangelho sempre se destaca a ressurreição de Cristo.

Aqui precisamos entender que não é só o pastor quem prega, mas toda a Igreja. Se você não prega você está pecando. “Mas eu não sei pregar”, certamente alguns dirão, como Jeremias disse “eu não passo de uma criança” (Jr 1:7), ou como Moisés “não sou eloqüente” (Ex 4:10). Ambos foram repreendidos por Deus, que os capacitou para essa tarefa. Assim também Ele nos capacita a testemunhar da nossa fé a todos que estão em nosso derredor, com ou sem palavras (Mc 16:15).

Se não pregamos talvez seja porque não creiamos na validade de nossa pregação, e se não cremos que a pregação tem poder, talvez seja que no fundo do nosso coração ainda não cremos totalmente na ressurreição de Cristo. Por que haveríamos de pregar acerca de um derrotado? Mas se cremos no fato de que Ele venceu a morte e ressuscitou, então certamente creremos que há poder na pregação e iremos anunciar ao maior número de pessoas a mensagem da salvação.

1.2 – Podemos crer em Deus de todo o nosso coração e em suas promessas, a fé não é em vão, então creia! Essa é uma parte muito prática das Escrituras, a FÉ. Com a fé podemos remover montanhas, com a fé podemos ver maravilhas de Deus, com a fé somos transformados de glória em glória como pelo Espírito Santo. "Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador (recompensador) dos que O buscam." Hebreus 11:6.

Atualmente existe um tipo de pregação que fala exaustivamente da resolução dos problemas através da fé. Falam tanto sobre isso que nem sobra tempo para falar das grandezas de Deus. Enaltecem tanto o poder de Deus e o que Ele pode fazer que se esquecem de centralizar e dar o devido valor ao próprio Senhor. NÓS NÃO SOMOS DESSAS IGREJAS, mas também não podemos nos esquecer que o Senhor nos manda crer, orar e vigiar. Ora, se não oramos, se não buscamos, se não gememos, se não choramos, talvez seja porque não creiamos no Deus da Bíblia que nos fez tão grandiosas e ricas promessas. Como aqueles que perderam a fé (ou que nunca a tiveram) e dizem: não adianta nada orar.

Cristo ressuscitou! Ele está vivo e é galardoador daqueles que O buscam. Ele tudo pode fazer, Ele pode salvar, curar, libertar, abrir portas e fechar portas, e Ele está no controle de tudo. Se cremos que Ele vive, naturalmente iremos buscar a Sua face e o Seu poder para sempre. Viveremos firmados não em nós mesmos, mas em Seu eterno poder.

2 – PERDÃO DOS PECADOS (vs.17) 

A ressurreição de Jesus Cristo nos garante o perdão dos pecados. Se Ele não houvesse ressuscitado toda a nossa pregação de salvação seria inválida, porque Ele não teria vencido a morte, e se Ele não tivesse vencido a morte significaria que Ele era um ser humano como qualquer um de nós, e portanto pecador, e então o Seu sacrifício não teria o valor expiatório, isto é, não poderia remover para sempre os nossos pecados.

Mas a sua ressurreição nos dá plena certeza de que os nossos pecados já não pesam sobre, de que Ele verdadeiramente nos deu uma nova vida, uma nova esperança, um novo caminhar. Por isso que em Romanos 6:4 a Palavra de Deus nos exorta a vivermos em novidade de vida.
 

Ser crente é isso, é ter os seus pecados perdoados e não viver mais sob o jugo e a escravidão do pecado. Somos imperfeitos sim, mas o Sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (1 Jo 1:7). E assim somos transformados de glória em glória.
 

"Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor." 2 Coríntios 3:18.

Assusta muito esse tipo de cristianismo moderno que não transforma a vida das pessoas, esse tipo de Igreja que aceita tudo como normal... Isso não é Evangelho, isso é lixo, isso é palha, é mentira, não é Palavra de Deus.

3 – A ESPERANÇA DA VIDA ETERNA (18-23) 

Onde está a nossa esperança? Onde está o foco da nossa existência? Aqui nesse mundo? Então estamos perdidos, é o que nos diz o vs.19:
“Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.”

Não é pecado gostar das coisas que estão no mundo e que não nos conduzem ao pecado. Tudo que há no mundo está corrompido pelo pecado, mas com a ajuda do Espírito Santo podemos discernir aquilo que agrada daquilo que entristece ao Senhor. Mas não podemos depositar nessas coisas a nossa alegria e a nossa esperança. Nossa esperança tem que estar em Cristo, porque tudo que há no mundo passa, mas o Senhor permanece eternamente.

Mas a ressurreição de Cristo nos garante também a segurança de que a nossa caminhada não terminará aqui. Ele prometeu que no final dos tempos irá nos ressuscitar, vivificar e nos transformar completamente nos dando um corpo novo. Nesse corpo não teremos mais que sofrer dores, enfermidades, e tudo que o pecado nos faz sofrer. Nesse estado futuro seremos semelhantes a Ele mesmo, nosso corpo mortal será revestido de glória e viveremos para sempre com o Senhor. Por isso que o vs. 20 usa a expressão “primícias”, ou seja, Ele é o primeiro, Ele inaugurou essa nova etapa da vida cristã que aguardamos ansiosamente.

ONDE ESTÁ A SUA ESPERANÇA? JESUS É A ESPERANÇA DO CRENTE!
A nossa esperança em Cristo é eterna, porque Ele venceu a morte.
Ele foi o primeiro a ressuscitar dos mortos, nós também ressuscitaremos.
Todos ressuscitarão, uns para a vida eterna, outros para a morte eterna.

CONCLUSÃO 


Sejamos diferentes do povo de Corinto, crendo na ressurreição e vivendo os seus efeitos.
Analisemos os resultados da nossa fé.
Preguemos a Palavra de Deus com autoridade.
Pratiquemos o Evangelho com intrepidez.

Creiamos no Evangelho com fervor.
Sejamos transformados pelo perdão dos pecados.

Vivamos numa dimesão de esperança da vida eterna.
Não amemos o mundo, AMEMOS A CRISTO!

Material de apoio:
A Bíblia Anotada e Bíblia de Estudo de Genebra.


Leia também a PARTE 2 e a PARTE 3 dessa série de sermões: A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E SEUS EFEITOS.

SOLI DEO GLORIA!!!  

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