PRINCÍPIOS DE UMA VIDA COM DEUS

3ª IPB de Barretos / SP
31.12.09 – Culto de Ano Novo


TEXTO BÁSICO – Miquéias 6:8
“Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.”

EXÓRDIO
Estamos na virada de mais um ano, graças a Deus que em sua infinita graça e misericórdia nos tem sustentado e fortalecido. Nesse momento tantas são as perspectivas, planos, sonhos, desejos e desafios, que tudo se torna muitas vezes desafiador e grande demais para nós. Talvez seja essa a razão de muitos entregarem-se às bebidas, à droga, e ao pecado, principalmente em datas como essa.
No entanto, na perspectiva de Deus, o que temos que ter em mente não é demasiadamente complicado ou difícil de se entender e praticar. A vida com Deus é relativamente simples, nós é que dificultamos tudo com nossas fraquezas, pecados, desobediências, concessões, hipocrisia, carnalidade, etc., a lista seria infindável.
Nessa noite vamos tentar enfocar aquilo que realmente importa, o que virá daí será conseqüência de nosso temos e obediência às regras e orientações daquEle que tudo pode em todas as coisas.

EXPLICAÇÃO
Miquéias é um dos profetas menores (um desses livros que alguns crentes tem dificuldade em encontrar na Bíblia, rs). Ele pregou durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias (750-686 a.C.) durante o período de expansão e dominação dos assírios. Ele é um livro de proclamação do julgamento de Deus. Ele declara que o Deus justo e santo não tolerará mais a maldade persistente de seu povo (1:3). Muitos dos pecados do povo são mencionados, desde a idolatria e a feitiçaria (5:12-14) até as ações enganosas e fraudulentas que eram praticadas (6:10-11), e aqueles que oprimiam os pobres, apoderando-se de suas terras, as quais Deus havia determinado como herança a todo seu povo (2:1-5).
Mas Miquéias vai além do tom predominante de um castigo iminente, e mostra a restauração e benção futuras, fruto das misericórdias do Senhor:
- Deus é fiel às suas promessas (7:20); 
- Ele preservará o restante do seu povo (2:12; 4:7; 5:3,7-8);
- e suscitará um Governante de Belém de Judá, o Messias (5:1-5);
- a restauração do povo de Deus depende unicamente de seu perdão misericordioso e de sua iniciativa soberana, e não do trabalho de mãos humanas (7:18-19). (BEG).

ARGUMENTAÇÃO
Aprendemos com a mensagem de Miquéias acerca da objetividade da vida cristã. No texto em destaque (Mq 6:8) é usada a expressão o verbo “pedir” para expressar aquilo que está no coração do Deus soberano. Entendemos que mais que um pedido, esse ideal constitui-se em mandamento prático daquEle que a tudo vê e que pode todas as coisas, o Deus grandioso e terrível, amoroso e justo, luz inaudita e fogo consumidor. O que Ele quer?

1 – JUSTIÇA PRÁTICA
Precisamos entender o que é justiça aos olhos de Deus. A justiça humana não é nem sombra da justiça divina. A justiça divina é tão elevada que não conseguimos pratica-la perfeitamente de nenhum modo. Apenas através das misericórdias de Deus, reveladas em Cristo Jesus é que podemos praticar a sua justiça. Ali para o povo de Israel, a prática da justiça estava relacionada com a prática da lei Mosaica e todos os mandamentos que ela trazia em si. Aqueles preceitos eram impraticáveis em sua totalidade...
“Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.”  Tiago 2:10.
 

Mas para nós, que estamos debaixo da graça de Deus, praticar a justiça é obedecer aos mandamentos do Senhor. É servi-Lo de coração.
“Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos”  1 João 5:3.

Tanto naquela época como hoje, a grande falha que pode ser cometida, é a prática de uma falsa justiça, ou seja, uma fé, uma religiosidade hipócrita, onde recitamos os mandamentos e versículos como “papagaios” (me perdoem) e não vivemos de modo prático o que eles nos ensinam.

2 – MISERICÓRDIA AMOROSA
Certamente essa parte da mensagem de Miquéias refere-se à vida em comum do povo de Deus, a vida em comunhão. É na vida diária da igreja que somos moldados e é aqui que nosso caráter precisa ser aperfeiçoado.
É aqui que devemos praticar o perdão, pedindo e concedendo;
É aqui que precisamos aprender a ser humildes;
É aqui que vemos o quando precisamos uns dos outros, que não somos melhores;
Na igreja é o primeiro lugar onde a misericórdia deve ser praticada:
“Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.”  Gálatas 6:10.

Mas não é somente dentro da Igreja que devemos praticar a misericórdia, ela deve sair das quatro paredes do templo e alcançar nossos lares, nossos parentes, crentes e não crentes, nossos vizinhos, colegas de trabalho, amigos e até os nossos inimigos.

A parábola do Samaritano (Lucas 10) nos mostra que a vontade de Deus é que a misericórdia seja praticada além das nossas fronteiras religiosas, sociais e ideológicas, mas que chegue ao nosso próximo, não importa quem ele seja.

A ordem do Senhor não é apenas que sejamos misericordiosos, mas que amemos a misericórdia. Talvez a intenção do nosso Pai é que não vejamos a misericórdia como mais uma lei, e sim como algo que PRECISA ser feito em amor.
Assim somos tratados e grandemente abençoados por Deus.

3 – ANDAR COM DEUS EM HUMILDADE
Talvez seja esse o cerne de uma vida santificada e abundante, a humildade para com nosso Deus. Através dessa humilhação perante Ele, haveremos de reconhecê-Lo em tudo que fizermos e falarmos. Mas vai além de lei ou mandamentos, trata-se de uma vida em comunhão com Ele. Deus quer isso para nós, Deus quer que vivamos assim!
Ele proveu os meios, enviou seu Filho amado, Jesus, que pagou o preço dos nossos pecados; enviou o Espírito Santo que nos faz compreender a sua Palavra, e nos ensina dia a dia a sua vontade, nos guiando mansamente às águas tranqüilas.
Não podemos recusar um convite desses, não podemos deixar de lado uma oportunidade como essa.
Mas para vivermos assim, precisamos fazer morrer o nosso orgulho, que é o oposto da humildade. Lembremos que:
“...Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça.”  1 Pedro 5:5.

CONCLUSÃO
A mensagem de Miquéias nos impulsiona a uma aproximação objetiva de ações que aproximarão Israel de seus objetivos e propósitos como nação. Servir a Deus não é teoria é prático, não podemos nos perder nas coisas exteriores, mas devemos buscar cumprir o real objetivo de nosso chamado e vocação, como povo eleito de Deus.

Em 2010 temos tantas coisas para fazer, e tão grandiosas são, que somos incapazes de fazer. A obra é de Deus e não nossa, não podemos jamais tentar faze-la na força de nosso braço, mas na força do braço do Senhor.

Se praticarmos esses pontos explanados, certamente realizaremos a obra do Senhor do modo que Lhe agrada.

Que possamos viver esse novo ano, “deixando para trás as coisas que para trás ficam”, e vivenciando esses princípios espirituais aqui apresentados.


BEG - Bíblia de Estudo de Genebra 

S.D.G.

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