Babel
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Gênesis 11:1-9 |
“Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra.” Gênesis 11:4.
Essa é uma história emblemática tida por muitos no meio acadêmico como um “mito bíblico”. Porém, nós cremos na veracidade das Escrituras, e portanto cremos que isso de fato aconteceu e que Deus deixou registrado na Bíblia para nos ensinar lições preciosas.
1 - O problema da idolatria
“uma torre cujo tope chegue até aos céus” Gn 11:4a
Há algo muito estranho aqui, aqueles homens queriam chegar até os céus, ou seja, será que queriam chegar onde habita o Altíssimo? Pode ser que desejassem ser deuses e com o seu conhecimento e poder, fazer uma torre para que chegassem até onde Deus estaria, na mente deles. Isso é idolatria pura, desejar e até tentar ser igual a Deus.
Aqueles homens eram tão orgulhosos, arrogantes e desobedientes, que se tornaram ídolos de si mesmos. Podemos entender que a torre de Babel se tornou um símbolo da idolatria onde o próprio homem é o ídolo do seu coração.
“Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos dentro do seu coração [...]” Ezequiel 14:3a.
Esse é um problema deveras recorrente na raça humana. O ser humano em si já é idólatra, pois se vê como se fosse um deus. Outros jamais assumem essa postura verbalmente, porém se idolatram cotidianamente.
2 - O problema dos projetos ambiciosos
“[....] tornemos célebre o nosso nome” Gn 11:4b.
O primeiro problema observado no texto é que aqueles homens eram muito ambiciosos e queriam construir uma cidade e aquela torre para que o nome dele se tornasse famoso conhecido entre naquele lugar.
O orgulho e a soberba são dois grandes problemas do ser humano, as raízes de todo pecado e precede a ruína e a queda.
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda.” Provérbios 16:18.
Notamos que eles queriam ser vistos, notados, elogiados e consagrados como os grandes construtores daquele lugar.
Eles queriam que o nome deles fosse célebre. Mas o que isso significa?
Ter um nome célebre significa ser amplamente conhecido e reconhecido por muitas pessoas, seja por suas conquistas, talentos ou fama. (Google).
Seria o mesmo que se tornar celebridade. Isso é exatamente o pecado da vaidade, conforme falamos na semana passada aquela mensagem de Lucas 4.
Percebam meus irmãos como isso é recorrente nos nossos dias. Há pessoas que são tão necessitadas disso que se não forem notadas e elogiadas ficam tristes e até deprimidas.
Cuidado meus amados. A humildade é como uma proteção para nossa alma, sejamos mais humildes. Não queiramos ser mais do que somos. E se Deus nos der algo, consagremos tudo a Ele como oferta de amor.
3 - O problema da desobediência a Deus
“para que não sejamos espalhados por toda terra” Gn 11:4c
O segundo problema constatado é que eles desobedeceram uma ordem explícita de Deus dada após o dilúvio como está em Gn 9:1,7.
A povoação da Terra era algo ordenado por Deus e tinha por si só uma iminência muito grande. Mas eles perderam o foco da ordem divina quando resolveram fazer o que lhes dava na cabeça.
Esse é um grande perigo para nós todos: perdemos o foco daquilo que Deus falou e darmos mais atenção aos nossos pensamentos e projetos. Infelizmente acontece com frequência na vida de muitos.
A desobediência é uma afronta a Deus.
A desobediência nos faz perder o foco.
A desobediência nos afasta dos propósitos divinos.
Lembremos que satanás foi o primeiro desobediente e que os não crentes são chamados na Bíblia de “filhos da desobediência” (Ef 2:2), onde é revelado que o Espírito do inimigo atua na vida dessas pessoas.
“Nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito q
ue agora atua nos filhos da desobediência.” Ef 2:2.
Conclusão
A história serve como um aviso contra o orgulho e a autossuficiência, enfatizando a necessidade da humildade e da dependência de Deus.
Necessidade da Graça:
A teologia reformada também enfatiza a necessidade da graça de Deus para superar a condição pecaminosa da humanidade e alcançar a verdadeira unidade em Cristo.
Em resumo, a teologia reformada vê a Torre de Babel como um exemplo da natureza caída da humanidade e da necessidade da intervenção divina para restaurar a ordem e a unidade, que só podem ser encontradas em Cristo e pela sua graça.
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