A RECONSTRUÇÃO DO KÉRYGMA BÍBLICO
“Maravilhavam-se da Sua doutrina, porque os ensinava como Quem tem autoridade e não como os escribas.” Marcos 1:22.
“Kérygma”, no original bíblico significa “proclamação”, ou seja, a pregação da Igreja (utilizo aqui o termo “Igreja” de modo genérico). Analisemos o que a Igreja, de um modo geral, tem pregado hoje. Vemos um cenário nada amistoso ao kérygma bíblico, onde a Igreja deseja chamar a atenção das pessoas através de programas e atividades culturais, esportivas, de lazer e entretenimento, onde tudo tenha um foco prático e relevante. Muitos querem encher suas Igrejas, custe o que custar, inclusive a doutrina. O cenário é trágico: a doutrina bíblica tem sido substituída por uma “teologia de auto ajuda”. Cristo já não é a única esperança para muitos, que veem nEle mais algum tipo de “treinador de vida”, e não o Redentor, mentor e Senhor de suas vidas. Ainda que se emita um “parecer favorável a uma visão elevada de Cristo e à centralidade de Sua pessoa e obra”, na prática muitos não O veem como o Autor e Consumador da Fé (Hb 12:2). Assim, mais uma vez, o povo de Deus, ou boa parte dele, encontra-se em um cativeiro, sob o domínio de ideologias e pensamentos que não provém de Cristo e de sua Palavra, mas de conceitos humanos em uma Igreja secularizada. A doutrina bíblica, especialmente o legado da Reforma do século 16, tem sido sistematicamente abandonada, inclusive em muitos segmentos de Igrejas Históricas, que foram fundamentadas nesses princípios basilares da fé. Jesus, o Mestre dos mestres, ensinava, doutrinava, e os povos maravilhavam-se de Seu ensino, doutrina. Tal doutrina foi escrita, registrada nos Evangelhos, e lida e repassada às outras gerações, através dos Apóstolos às Igrejas, que assim fizeram através de seus mestres. Porém, em nosso século, essa doutrina tem sido rejeitada por muitos. David F. Wells, em “Coragem Para Ser Protestante”, trata acerca desse abandono ideológico dentro das Igrejas, que tem sido algo catastrófico.
“Hoje, entretanto, a igreja evangelical desviou-se dessa norma. As doutrinas do Novo Testamento são terras desconhecidas para muitos membros de igrejas. (...) Há uma ignorância abismal da verdade bíblica na igreja evangelical de hoje. A razão, simplesmente, é que, para muitos dos “nascidos de novo”, tais doutrinas não são mais importantes para o entendimento da fé cristã, para como o Evangelho é estruturado, para como a vida cristã é ensinada, para como é vivida ou para quaisquer outras preocupações. O cristianismo evangelicalista hoje não é mais de natureza doutrinária. Sejamos bem claros quanto ao que está em jogo nesse desvio. Não é apenas que não sejamos mais doutrinários. Mais básico que isso. Não mais pensamos em termos doutrinários. Mais básico ainda, e mais importante, é que não mais pensamos em termos de Verdade. O cristianismo hoje versa sobre muitas coisas, mas cada vez mais a Verdade deixa de ser uma delas. Isso explica também por que é que a pregação do tipo bíblico é uma ocorrência tão incomum na vida da Igreja.”
Em tempos tão difíceis, o kérygma bíblico tem sido comprometido em muitos contextos. Há igrejas que não pregam nem ensinam mais acerca das doutrinas básicas da Fé Reformada. A Sagrada Escritura tem se tornado desconhecida. São poucos os que conhecem a Confissão de Fé de Westminster, os Cinco Pontos do Calvinismo, os Cinco Solas, etc. O estudo da História da Igreja Cristã tem sido radicalmente abandonado por muitos, relegando seu papel às escolas seculares, com sua visão distorcida acerca de muitos fatos que ocorreram. O resultado dessa frouxidão doutrinária não poderia ser outro: o desfalecimento, a frouxidão e o desânimo tem tomado conta de muitas Igrejas.
É necessário um retorno aos princípios, às raízes bíblicas e doutrinárias da fé cristã. “Volta, pois, ao teu primeiro amor.” (Ap 2:4-5).
Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
IPB de Vila Gerti, S.C.Sul / SP
Pastoral Boletim 23/11/14.
SDG - A DEUS TODA GLÓRIA!!!
“Kérygma”, no original bíblico significa “proclamação”, ou seja, a pregação da Igreja (utilizo aqui o termo “Igreja” de modo genérico). Analisemos o que a Igreja, de um modo geral, tem pregado hoje. Vemos um cenário nada amistoso ao kérygma bíblico, onde a Igreja deseja chamar a atenção das pessoas através de programas e atividades culturais, esportivas, de lazer e entretenimento, onde tudo tenha um foco prático e relevante. Muitos querem encher suas Igrejas, custe o que custar, inclusive a doutrina. O cenário é trágico: a doutrina bíblica tem sido substituída por uma “teologia de auto ajuda”. Cristo já não é a única esperança para muitos, que veem nEle mais algum tipo de “treinador de vida”, e não o Redentor, mentor e Senhor de suas vidas. Ainda que se emita um “parecer favorável a uma visão elevada de Cristo e à centralidade de Sua pessoa e obra”, na prática muitos não O veem como o Autor e Consumador da Fé (Hb 12:2). Assim, mais uma vez, o povo de Deus, ou boa parte dele, encontra-se em um cativeiro, sob o domínio de ideologias e pensamentos que não provém de Cristo e de sua Palavra, mas de conceitos humanos em uma Igreja secularizada. A doutrina bíblica, especialmente o legado da Reforma do século 16, tem sido sistematicamente abandonada, inclusive em muitos segmentos de Igrejas Históricas, que foram fundamentadas nesses princípios basilares da fé. Jesus, o Mestre dos mestres, ensinava, doutrinava, e os povos maravilhavam-se de Seu ensino, doutrina. Tal doutrina foi escrita, registrada nos Evangelhos, e lida e repassada às outras gerações, através dos Apóstolos às Igrejas, que assim fizeram através de seus mestres. Porém, em nosso século, essa doutrina tem sido rejeitada por muitos. David F. Wells, em “Coragem Para Ser Protestante”, trata acerca desse abandono ideológico dentro das Igrejas, que tem sido algo catastrófico.
“Hoje, entretanto, a igreja evangelical desviou-se dessa norma. As doutrinas do Novo Testamento são terras desconhecidas para muitos membros de igrejas. (...) Há uma ignorância abismal da verdade bíblica na igreja evangelical de hoje. A razão, simplesmente, é que, para muitos dos “nascidos de novo”, tais doutrinas não são mais importantes para o entendimento da fé cristã, para como o Evangelho é estruturado, para como a vida cristã é ensinada, para como é vivida ou para quaisquer outras preocupações. O cristianismo evangelicalista hoje não é mais de natureza doutrinária. Sejamos bem claros quanto ao que está em jogo nesse desvio. Não é apenas que não sejamos mais doutrinários. Mais básico que isso. Não mais pensamos em termos doutrinários. Mais básico ainda, e mais importante, é que não mais pensamos em termos de Verdade. O cristianismo hoje versa sobre muitas coisas, mas cada vez mais a Verdade deixa de ser uma delas. Isso explica também por que é que a pregação do tipo bíblico é uma ocorrência tão incomum na vida da Igreja.”
Em tempos tão difíceis, o kérygma bíblico tem sido comprometido em muitos contextos. Há igrejas que não pregam nem ensinam mais acerca das doutrinas básicas da Fé Reformada. A Sagrada Escritura tem se tornado desconhecida. São poucos os que conhecem a Confissão de Fé de Westminster, os Cinco Pontos do Calvinismo, os Cinco Solas, etc. O estudo da História da Igreja Cristã tem sido radicalmente abandonado por muitos, relegando seu papel às escolas seculares, com sua visão distorcida acerca de muitos fatos que ocorreram. O resultado dessa frouxidão doutrinária não poderia ser outro: o desfalecimento, a frouxidão e o desânimo tem tomado conta de muitas Igrejas.
É necessário um retorno aos princípios, às raízes bíblicas e doutrinárias da fé cristã. “Volta, pois, ao teu primeiro amor.” (Ap 2:4-5).
Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
IPB de Vila Gerti, S.C.Sul / SP
Pastoral Boletim 23/11/14.
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