A Igreja Versus o Mundo


“Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tiago 4:4.

Por que muitos evangélicos cortejam desesperadamente o favor do mundo? Há Igrejas que planejam seus cultos com o objetivo de agradar pessoas mundanas. Artistas cristãos imitam todos os estilos efêmeros do mundo tanto na música como no entretenimento. Há pregadores horrorizados com o fato de que a “ofensa” do Evangelho pode colocar alguém contra eles, por isso omitem deliberadamente partes da mensagem que o mundo não aprova. O “evangelicalismo” parece ter sido sequestrado por legiões de porta-vozes carnais que estão fazendo o melhor que podem para convencer o mundo de que a Igreja pode ser tão inclusiva, pluralista, mente aberta como as pessoas mais mundanas. A busca pela aprovação do mundo é o mesmo que prostituição espiritual. De fato, essa foi exatamente a figura que o Apóstolo Tiago usou para descrevê-la em Tiago 4:4. Sempre existiu e existirá uma incompatibilidade fundamental entre a Igreja e o mundo. O pensamento cristão não se harmoniza com todas as filosofias do mundo. A fé genuína em Cristo envolve uma negação de todos os valores mundanos. A verdade bíblica contradiz todas as religiões do mundo. O cristianismo é, por essa razão, oposto a quase tudo que este mundo admira. Jesus disse aos seus discípulos: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, Me odiou a Mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.” (Jo 15:18-19).  

Observe que nosso Senhor considerou uma realidade absoluta o fato de que o mundo desprezaria a Igreja. Em vez de ensinar Seus discípulos a tentarem conquistar o favor do mundo, por reformularem o Evangelho, para que este se adequasse às preferências do mundo, Jesus advertiu expressamente que a busca pelos louvores do mundo é uma característica dos falsos profetas: “Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas.” (Lucas 6:26). Depois, Ele esclareceu: “O mundo [...] Me odeia, porque Eu dou testemunho a seu respeito de que as suas obras são más.” (João 7:7). Em outras palavras, o desprezo do mundo para com o cristianismo origina-se de motivos morais, e não intelectuais (João 3:19-20). Essa é a razão porque, não importando quão profundamente diversa seja a opinião do mundo, a verdade cristã nunca será popular no mundo. No entanto, em quase toda a era da história da Igreja, tem havido pessoas na Igreja que estão convencidas de que a melhor maneira de ganhar o mundo para Cristo é satisfazer os gostos do mundo. Essa maneira de agir sempre trouxe detrimento à mensagem do Evangelho. As únicas épocas em que a Igreja causou impacto significante no mundo foram aquelas em que o povo de Deus permaneceu firme, recusou comprometer-se e proclamou com ousadia a Verdade, apesar da hostilidade do mundo. Quando os cristãos se esquivaram da tarefa de confrontar as ilusões mundanas populares com as verdades bíblicas impopulares, a Igreja perdeu a sua influência e mesclou-se impotentemente com o mundo. Tanto a Escritura como a história atestam esse fato. E a mensagem cristã não pode simplesmente ser mudada para se conformar com as vicissitudes das opiniões do mundo.


Autor: John MacArthur. Texto completo em Voltemos ao Evangelho.

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