VIVENDO EM NOVIDADE DE VIDA

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Por: Rev. Paulo Sergio da Silva
3ª IPB de Barretos / SP
Culto Vespertino 28.08.11


TEXTO BÁSICO - ROMANOS 6:1-14 


“Fomos, pois, sepultados com Ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Romanos 6:4.

INTRODUÇÃO

O Novo Testamento nos apresenta um projeto de vida estabelecido por Deus para o Seu povo: VIVER EM NOVIDADE DE VIDA. Essa idéia ou conceito está presente em vários textos, por exemplo: os odres novos, a roupa nova, o novo nascimento, e outros textos: “As coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo”, “andemos em novidade de vida”, etc.

Creio firmemente que nesse conceito reside toda motivação, ânimo e poder, tão necessários para a nossa caminhada de fé. A Igreja Primitiva vivia nessa perspectiva. Jesus ensinou a necessidade desse estilo de vida. Não é opcional, é obrigatório! Isso mesmo, os crentes verdadeiros deixaram para trás um tipo de vida, e agora vivem uma novidade de vida.

Infelizmente parece que atualmente nem todos os crentes sabem o que é viver em novidade de vida, haja visto o avanço e o acúmulo do pecado entre os crentes, e a crise de integridade pela qual passamos. A Igreja moderna está cada vez mais mundanizada, e por isso perdeu a sua credibilidade e o seu poder. Quando o sal deixa de salgar, para nada mais presta...

Portanto, esse ensino é de vital importância para a Igreja, tanto para os novos, que precisam desenvolver a sua fé, quanto para os crentes mais amadurecidos, que também precisam fortificar-se cada vez mais nesse estilo de vida. Aliás, engana-se quem pensa que já atingiu um nível de crescimento espiritual, onde não precisa mais se preocupar em viver a novidade de vida. Exceto o Senhor Deus, ninguém é inatingível, todos somos vulneráveis. Por isso, viver a novidade de vida é algo a ser buscado e desejado a vida inteira, e constantemente necessitamos rever nossos conceitos para que não sejamos traídos por nós mesmos.

No texto acima está muito clara a importância que Deus dá a essa questão. O vs. 4 nos apresenta a novidade de vida como fruto da morte e ressurreição de Cristo, nada menos. Paulo nos fala aqui de dois princípios básicos que dão origem e nos mantém nessa perspectiva. Ele fala metaforicamente, usando a figura da morte e ressurreição de Cristo.

ARGUMENTAÇÃO

1 – FOMOS SEPULTADOS COM CRISTO
O apóstolo de Deus trabalha aqui a mensagem de que o batismo é um símbolo da nossa morte. Fomos batizados na morte de Cristo (vs.3b). Morremos para o pecado, para o mundo e para nós mesmos. Vivemos para Cristo, para o louvor da Sua glória, e para a Sua honra e alegria.

“Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.” Rm 6:10-11.

O batismo, simplesmente como rito ou cerimonial religioso, não tem poder para salvar ninguém. Portanto, o sepultamento que nos é dito aqui, é o sepultamento do velho homem de pecado, ou seja, uma vida que é deixada para trás, literalmente. Em João 3:3 Jesus fala a respeito do novo nascimento. Ao recebermos a salvação, morremos para o pecado e para nós mesmos, e nascemos em / para Cristo.

“Porque aquele que está morto está justificado do pecado.” Rm 6:7.

Para que alguém possa nascer de novo (salvação), é necessário que primeiro morra para o pecado e para si mesmo, isso só é possível através do arrependimento e da conversão (metanoia = transformação). Não é possível alguém viver uma dupla identidade espiritual. Ou se é salvo, ou não é; ou se vai para o Céu ou para o inferno; “quem comigo não ajunta espalha, quem não é por Mim é contra Mim.” (Mt 12:30).

No momento em que nascemos de novo, ou seja, ao recebermos o Senhor Jesus em nossos corações como o nosso único e suficiente Senhor e Salvador pessoal, fomos selados com o Espírito Santo, que veio habitar em nossos corações. Esse é o batismo com o Espírito Santo, anunciado por João Batista em Lucas 3:16. Ver também: Ef 1:13; Jo 14:23.

Esse é o batismo no qual o nosso velho homem foi sepultado. Morreu o nosso velho homem, a vida velha, a vida sem Deus, e nasceu ali uma nova criatura, um novo Paulo, um novo Pedro, uma nova Maria, etc. O batismo com água é uma ordenança, um sacramento estabelecido por Cristo, e não é de menor importância. Foi Ele mesmo Quem disse: “Quem crer E FOR BATIZADO será salvo, quem não crer será condenado.” Mc 16:16.

Como crentes em Cristo devemos obedecer aos Seus mandamentos, e aqueles que nasceram de novo desejam ardentemente ser batizados. O próprio Senhor Jesus foi batizado, Ele que não tinha nenhum pecado nos deu o Seu exemplo; João Batista não entendeu o que estava acontecendo, ele sentia-se indigno de batizar Jesus, mas naquele momento Jesus disse: “convém cumprir toda a justiça (Lei)” (Mt 3:14-15).

É necessário compreender que a água não tem poder para salvar, mas é um símbolo da Palavra de Deus e do Espírito Santo que nos lavou de todo pecado (1 Co 6:11; Tt 3:5). O batismo com água é o selo da união inicial com Cristo, é a autenticação do novo nascimento, é a cerimônia de sepultamento do velho homem, e de inauguração para a nova pessoa em Cristo. (BEG).

2 – FOMOS RESSUSCITADOS COM CRISTO
A novidade de vida começa na morte do velho homem, na conversão e no batismo. Isso é o marca o começo da caminhada. Mas não pára aí, ou pelo menos não pode parar. Como é triste ver tantos irmãos e irmãs que começaram bem, e hoje estão longe de Deus. Era uma empolgação total, quanta alegria, quanto desejo de servir a Deus, e hoje muitos estão longe dEle, prostrados no pecado. Ora, a promessa de Deus é que se o justo cair não ficará prostrado (Sl 37:24). A nossa esperança reside na Palavra de Deus, cremos que os que são dEle hão de se arrepender e se levantar do seu pecado.

“PARA QUE, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.” Rm 6:4a. 


Paulo usa a expressão “para que”, expressando um objetivo a ser alcançado; e o verbo andar para expressar um estilo de caminhada / vida. O detalhe está no tempo do verbo, “andemos”, que traz a responsabilidade para nós: ande eu, ande você, andemos nós. Deus fez a parte dEle, e a fez muito bem feita; cabe a nós fazermos a nossa parte agora. Se alguma coisa está dando errado, a culpa não está em Deus, mas em nós.

O que caracteriza essa novidade de vida, que chega a ser comparada à ressurreição de Cristo?

2.1 – União e semelhança com Cristo (vs.5)

A quem você está unido? A quem você se assemelha mais? Você tem cara de santo ou demônio? Calma, não se assuste! É assim que o mundo vê e julga, pela aparência. Roupas, atitudes, palavreados, amizades, curtições, etc., tudo é semelhante a Cristo na vida de quem está unido a Ele. Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Nossa vida deve ser semelhante à vida de Cristo. Basta recordarmos sua santidade, amor, perdão, trabalho, compromisso com o Reino de Deus – Igreja, evangelização dos perdidos, Palavra de Deus, oração, etc.

2.2 – Vida espiritual (vs.6)
Mais uma metáfora é usada para retratar a nossa espiritualidade. Alguém que está crucificado não pode mais viver nesse mundo sem regras ou limites. Somos uma vidraça, vitrine, outdoor do Céu. Assim como Cristo que foi visto e até zombado quando estava na Cruz, nós também somos observados, criticados, zombados e perseguidos por causa da Cruz de Cristo. Mas Jesus não odiou seus opressores, antes, por eles intercedeu.

2.3 – Santificação pessoal (vs.10-14)
Considerar-se morto para o pecado, esse é o centro de tudo. E ainda que o pecado apareça, ou que o velho homem tente ressurgir, Deus ordena:

2.3.1 – Que o pecado não reine em nossas vidas (vs.12a), isto é, que não nos deixemos ser governados pelo pecado.
2.3.2 – Que não ofereçamos nossos corpos para o pecado (vs.13a), isto é, não assumamos deliberadamente um tipo de vida de pecado.
2.3.3 – Que o pecado não tenha domínio sobre nós. Deus nos assegura poder para vencer o pecado e as tentações (vs.14). 


2.5 – Voluntariedade para a realização da obra de Deus (vs.13b)
Quem vive essa novidade de vida quer agradar ao Senhor, quer servi-Lo com alegria de coração, com boa vontade. Isso inclui tudo que faz parte da vida cristã: santificação, amor pela Bíblia, vida de oração, busca e desenvolvimento dos dons espirituais, louvor, presença nos trabalhos, testemunho, dízimo e ofertas, respeito às autoridades constituídas, etc.

CONCLUSÃO
Talvez o problema que vemos hoje na Igreja atual seja o problema de todos os tempos, um problema que tem se agravado e que pode nos atingir também. Por isso devemos tomar todo cuidado e não permitir que sejamos contaminados por essa onda de pecaminosidade e mundanismo, de superficialidade e carnalidade. Parece que o velho homem que foi crucificado com Cristo, tenta arrancar os pregos, descer da Cruz e dizer: “sou em quem mando em você”.

Não permita que isso aconteça, não se deixe levar pela frieza espiritual, não troque os valores que o Senhor Jesus conquistou com o Seu próprio Sangue, as virtudes que Ele quis compartilhar conosco, por uma vida falsa, mesquinha, vulnerável e condenável diante de Deus.

VIVA COM CRISTO, EM NOVIDADE DE VIDA!


Material de apoio:
ABA - A Bíblia Anotada
BEG - Bíblia de Estudo de Genebra.

Esse sermão nasceu na Reunião de Oração do dia 26/07/11.

SOLI DEO GLORIA!!!

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