MEU MANIFESTO DE REPÚDIO AO PL 122/2006

Por: Rev. Mauro Sérgio Aiello

Sou heterossexual sim é daí?

Digo isso porque daqui a pouco vamos ter que justificar porque somos heterossexuais.

É mesmo um absurdo o que o STF fez à revelia do Congresso Nacional e do Senado. O Procurador Geral da União atropelou juntamente com o STF a Constituição. Passaram com um trator sobre a Carta Magna da Nação. Agora, passa uma boiada já que o ditado popular afirma: "Porteira que passa um boi, passa uma boiada".Senado e Congresso, assistem a tudo com leniência.

No dia 12.05.2011, mais um golpe foi tramado.

A Sra Marta Suplicy (que mulher ruim, senhores, que coisa terrível para a classe política dessa nação. Só um estado que elegeu Tiririca poderia ter eleito essa mulher como Senadora, mesmo) desencavou, desarquivou o famigerado PL 122/2006. Por mais que nós os evangélicos preguemos a não violência contra qualquer grupo (já que também somos vítimas), por mais que preguemos contra a discriminação e o preconceito (já que também somos vítimas inclusive aqui no Brasil, vide a história do protestantismo em terras tupiniquins), por mais que entendamos que cada um faz o que quiser com seu corpo, temos o inalienável, intransferível, pétreo direito de pensar diferente, opinar diferente e falar contra.

Vejamos a escalada da violência contra nós mesmos: Se eu disser no Púlpito que sou contra a prática homossexual por entendê-la pecado, perversão dos bons costumes, erro fisiológico e anatômico, patologia psicológica, serei preso. O que é isso se não violência. Não é violência contra o livre direito de pensar e se exprimir? E veja como esse país adora (cultua mesmo) a inversão de valores: pode-se falar do Presidente da República e dos Políticos em geral, mas não podemos falar nada contra o homossexual. Fala-se dos Pastores, Padres, Empresários, e por aí vai...mas dos homossexuais não se pode falar. Por quê? O que é que eles têm de tão especial? E não me venham falar em homoafetividade porque todos nós sabemos muito bem o que significa popularmente homossexualidade - É A PRÁTICA SEXUAL DE DOIS SERES DO MESMO SEXO, DO MESMO GÊNERO. Ou você vai ser tão ingênuo quanto o Ricardo Gondim que afirmou que nem toda homossexualidade é promíscua. Em que mundo ele vive?

Por que cargas d'água não podemos falar contra essa prática do sexo entre dois seres do mesmo gênero (homem com homem, mulher com mulher). Posso falar que a prostituição de mulheres é pecado, mas não posso falar que o homossexualismo é pecado?

Meu santo Deus, onde é que vamos parar? Que mundo estamos construíndo? O que as gerações futuras vão herdar?

Deus disse por boca do profeta Isaías: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põe o amargo por doce e o doce, por amargo. Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito". Isaias 5.20,21. O homem entregue à sua própria sorte embrutece, se animaliza. O homem sem Deus, não é homem.

Espero que nossos Senadores entendam que as leis contra a violência, de qualquer monta, seja preconceito, discriminação, pauladas, chingamentos, ataques físicos, insultos, já estão previstas no Código Penal Brasileiro. Podemos procurar melhorar, mas o que querem na questão do PL 122/2006 é, simplesmente, piorar, retroceder. O que esse grupo quer mesmo é fazer descer guela abaixo algo que em mim vai causa náuseas e vômitos. O que esse grupo quer é que eu simplesmente diga que algo que é errado, é certo. Isso sim é violência!

  • Os homossexuais não são mais importantes que os negros deste país. Estes sim foram, e ainda são, de alguma maneira, discriminados e deixados à parte.
  • Os homossexuais não são mais importantes que os cadeirantes e que os aposentados desse país.
  • Os homossexuais não são mais importantes do que o contingente carcerário desse país que vive, na verdade, em condições subumanas em alguns presídios com sua superlotação.
  • Os homossexuais não são mais importantes que a Educação que tem recebido pouca atenção do Senado e do Congresso.
  • Os homossexuais não são mais importantes que a Saúde neste país que há muito anda enferma e cadavérica.
  • Os homossexuais não são mais importentes que as crianças que são abandonadas nas ruas e pelas quais não se faz nada nesse país.
  • Os homossexuais não são mais importantes do que o montão de Pastores, homens de Deus, chefes de família e cidadãos produtivos, que serão presos porque não irão se calar e irão continuar dizendo que, segundo as Escrituras Sagradas, a prática homossexual é pecado e perversão.
Qualquer ato de violência e vandalismo contra quem quer que seja já encontra leis na Constituição e no Código Penal e os seus perpetradores devem ser punidos exemplarmente.

E vamos ser sinceros e menos infantis. Tenho 56 anos de idade, nasci paulistano e conheço as ruas e avenidas dessa metrópole. Lembro-me da violência visual dos travestis na avenida Radial Leste, como há hoje em muito outros lugares.

O que é aquele "espetáculo de silicone" envolvido em minúsculos pedaços de panos?

O que é aquele espetáculo de homens vestidos de mulher com apenas roupas íntimas?

Lembro-me de assistir, (porque o trânsito parava) muitas brigas entre eles e as mulheres de programa que faziam seu ponto no mesmo lugar, bem perto do antigo Grupo Sérgio, um famoso rodízio de pizza naquela década de 80. Muitas mulheres iam parar no Hospital do Tatuapé porque enfrentar aqueles homens travestidos de mulher era covardia.

Assisti, pela televisão é óbvio, uma quantidade enorme de pancadaria entre os próprios gays na famigerada passeata gay. Se não me simpatizo com a Marcha Para Jesus, por razões teológicas e sociais, imagine você o que eu penso dessa marcha gay que acontece uma semana depois da Marcha Para Jesus.

Violências, senhores? Ora, sejamos sinceros! Quer maior violência do que as drogas que rolam nesses nichos? Ah! Os homossexuais não consomem droga? Sim, 0,00000001%. A maioria vive de balada em baladas, raves, droga de todo tipo (álcool à vontade). Onde você acha que esses homossexuais vão encontrar parceiros? Na Missa da ICAR, nos Cultos Evangélicos? Penso que não. Se você contesta isso me diga em que mundo você vive, porque no meu, que eu vejo pela janela do meu escritório, aquele que eu conheço de sobejo, isso é evidente.

Somos um país laico, mas somos um país onde o Direito deve garantir a humanidade de todos e não de qualquer grupo que grite, agite, faça passeatas, se mobilize. O Direito deve garantir o bem estar geral e não privilegiar esse ou aquele grupo, seja de opção sexual ou religiosa. Sou Protestante e penso que devemos pagar nossos impostos, as taxas, cumprir como nossos deveres de cidadãos. Só o cumprimento de nossos deveres permitirá que gozemos os nossos privilégios.

Os homossexuais têm que pagar impostos, taxas, trabalhar, produzir e fazer o que quiser na cama entre quatro paredes, mas não lancem no meu rosto a obrigatoriedade de que devo concordar com esse relacionamento. Se você que me lê é um homossexual, declaro que te respeito e te amo em Cristo. Eu não tenho outra opção se não amar você, mas isso não implica em aceitar que aquilo que você faz seja certo e padronizável. Como disse recentemente uma senhora contestando o radicalismo muçulmano: "Você tem o direito de crer em suas pedras, você só não pode atirá-las em mim".

Outro dia fui á uma Pizzaria com minha esposa, filho, nora e netinha. Logo de cara demos com duas mulheres abraçadas se acariciando como se fosse um casal, homem, mulher, macho e fêmea. Sentamo-nos na mesa bem ao lado delas. Ambas começaram a fazer gracinhas para minha netinha e nós as tratamos com respeito. Ora se o proprietário permitiu que elas entrassem, se sentassem e agissem daquela maneia, então quem seríamos nós para nos incomodarmos. Por outro lado, os incomadados que se mudem. Assim ficamos, comemos, conversamos. Elas, depois de mais ou menos uma hora de abraços e carinhos, se levantaram, pagaram a conta e foram embora. Eu achei aquilo ridículo, deplorável, mas não as maltratei e nem fui violento com elas.

Os homossexuais, assim com heterossexuais, corintianos e palmeirenses, brancos e pretos, ricos e pobres, bonitos e feios (isso é subjetivo), grandes ou pequenos, paulistas ou cariocas, e etc.... todos são protegidos por lei contra qualquer ato de violência. Que cumpram seus deveres como cidadãos e vivam de forma honesta em conformidade com a lei. Ela os protegerá. Não é preciso que criemos leis para privilegiar qualquer grupo, quer seja minoritário ou majoritário. Não é o tamanho do grupo que deve determinar a criação de leis, mas sua justeza e necessidade real.

Sei que sou pouco lido, mas deixo isso escrito aqui como um manifesto de alerta a todos que me lêem, pois quem nos julgará é o futuro e não o presente.

O Rev. Mauro é Pastor da IPB de Mogi das Cruzes / SP.

Fonte: Fiel Palavra.

Comentários

  1. Francisco Montefusco24 de maio de 2011 às 12:12

    Prezado irmão e companheiro na lide do Senhor.

    Assino em baixo do seu protesto, creio que estes são dias de trevas e que este é o momento de nos posicionarmos frontalmente. As coisas estão assim porque a Igreja tem deixado de ser sal e luz.Continue firme sempre abundante no Senhor.
    Pr. Francisco Montefusco (Manaus-AM)

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  2. Obrigado pelo comentário meu irmão! Tenho dito à Igreja que se for da vontade de Deus haverá uma invasão de crentes nos presídios brasileiros. Se assim ocorrer iremos de cabeça erguida evangelizar os perdidos, honrando o nome de Cristo. Grande abraço, volte sempre, fique na paz do Senhor Jesus!

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