QUEM É DEUS?


O Breve Catecismo de Westminster
Pergunta 4: “O que é Deus?”
Resposta: “Deus É Espírito (Jo 4:24), infinito, eterno e imutável em Seu Ser (Sl 90:2; Ml 3:6; Tg 1:17; 1 Rs 8:27; Jr 23:24; Is 40:22), sabedoria (Sl 147:5; Rm 16:27), poder (Gn 17:1; Ap 19:6), santidade (Is 57:15; Jo 17:11; Ap 4:8), justiça (Dt 32:4), bondade (Sl 100:5; Rm 2:4) e verdade (Ex 34:6; Sl 117:2).”


“Deus É Espírito”. Esta declaração significa que Deus É um Ser imaterial, completamente distinto de qualquer ser biológico, sem corpo espiritual; não Se funde nem Se confunde com a natureza. Nenhum ícone retirado da ordem natural pode representar a divindade, que pertence a outro universo além, acima e incomparavelmente diverso do nosso. O Deus transcendente, no entanto, Se fez imanente, penetrou o material ao encarnar-Se em Cristo Jesus pelo qual ingressou objetiva e definitivamente na humanidade. Deus em Cristo revelou-Se plenamente e, embora tenha Se tornado verdadeiramente homem, não deixou de ser verdadeiramente Deus, conservando a plena e natural espiritualidade. A espiritualidade do regenerado é procedente, por derivação, do Regenerador, fonte e origem do espiritual. Deus É Espírito vivificante. O homem redimido é espírito vivificado. A diferença, pois, entre a criatura e o Criador ou entre o salvo e o Salvador é imensurável. O contato entre Deus, um Ser genuinamente espiritual, e o homem, espiritualizado por criação e por regeneração, dar-se-á sempre por iniciativa divina, que se efetiva concretamente pela encarnação do Filho, pela palavra das Escrituras e pelo testemunho interno do Espírito Santo.

Deus É infinito e eterno. Deus É soberanamente ilimitado em Seu amor, poder, majestade, sabedoria, santidade, justiça e verdade. Todos os Seus juízos, atos e determinações são absolutamente perfeitos. Tudo que Ele É e faz depende exclusivamente de Si mesmo. É auto-existente. Não Se limita ao tempo e ao espaço, pois é de natureza eterna, vive num universo ilimitado e atemporal. Todos os demais seres, espirituais e materiais, foram criados por Ele. A eternidade, portanto, é um atributo de Deus e uma concessão ou dádiva de Seu beneplácito a anjos e homens. A nossa limitação e finitude não nos permitem entender a infinitude de Deus. Ele, porém, não teve princípio e não terá fim, Criador não criado. Revela-Se a nós, míseros mortais, na medida da nossa finitude, segundo a fé que nos concede e conforme a nossa necessidade. Não precisamos e não devemos saber mais do que nos foi revelado a Seu respeito no atual estágio de nosso existência.

Deus é imutável em:

a- Seu ser. Deus É absolutamente perfeito. O absoluto em perfeição não tem como mudar nem para melhor e nem para pior. Não se pode falar de mutabilidade, instabilidade ou variabilidade do Ser divino. Também não se há de mencionar o seu "perfeccionismo". Ele não é um artista, que luta para realizar o melhor possível, o que mais se aproxime da realidade e da idealidade. É um Ser completamente perfeito e bom; eis porque somente cria seres e coisas perfeitas e boas. O Ser de Deus não muda, pois não se pode aperfeiçoar a perfeição absoluta. Ele É o mesmo ontem, hoje e eternamente. O ser humano muda, passando por fases biológicas, psicológicas, sentimentais e mentais do nascimento à morte. A nossa mutabilidade, temporalidade e fragilidade dificultam o nosso entendimento de Deus, um Ser imutável, perfeito, não sujeito às transformações próprios dos seres naturais e morais.

b- Sua sabedoria. A nossa sabedoria, sendo restrita e contingencial, pode ser aperfeiçoada, adequada às circunstâncias, modificada por novas informações e aprofundada por técnicas atuais e atualizantes. Deus, entretanto, É onisciente, sabe todos as coisas no campo físico, matemático, filosófico, sociológico, psicológico, antropológico, astronáutico, teológico e outros. Deus não é simples depositário ou arquivo de informações à semelhança de uma enciclopédia geral; Ele É a própria sabedoria, a fonte original de toda inteligência, de toda ciência, de toda inventividade, de toda criatividade, de todas as artes. A Sua onisciência vai muito além do que nos é permitido saber por conhecimento empírico e por revelação. A nossa mente capta o mínimo das leis, dos fatos e dos fenômenos naturais; do insondável Universo espiritual Deus nos revela apenas o suficiente à nossa redenção e conduta.

c- Seu poder. Os homens podem ser investidos de algum tipo de poder, exercerem alguma autoridade delegada, mas Deus É poderoso não por investidura ou por delegação, mas por auto-afirmação e por Sua própria natureza. Poder não lhe é um título, mas um atributo. Ele É o poder dos poderes.

d- Seus atributos morais: Santidade, justiça, bondade e verdade. Deus não é santo por santificação, à semelhança do homem. Sua santidade é componente atributivo e constitutivo de seu Ser em grau absoluto. O mesmo se pode dizer de Sua justiça. A bondade de Deus não é passional; é expressão de Seu Ser, essencialmente bom. NEle não há conflito entre o certo e o errado, entre o justo e o injusto, entre o amor e o ódio. Deus É o bem na expressão exata e final do termo. Deus É a verdade; o diabo é a mentira.

Conhecer e receber Deus na pessoa de Seu Filho, Jesus, é conhecer e receber a Verdade.

Extraído de “O Breve Catecismo Comentado”, de Onézio Figueiredo.
Cultos 08, 15 e 22/02/17, IPB Nova Aliança.
SOLI DEO GLORIA!!!


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