Intimidade Com o Eterno (1) Quem Deus É Para Nós

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“O SENHOR É bom, É fortaleza no dia da angústia e conhece os que nEle se refugiam.” Naum 1:7.

A busca do conhecimento de Deus é o maior empreendimento da vida humana. Se pensarmos bem, conhecer a Deus de verdade é a coisa mais importante de nossas vidas. Curiosamente, faz parte de nossa existência conhecermos e nos relacionarmos com as pessoas em diferentes níveis de conhecimento e aproximação, em alguns tipos de intimidade, e até nos esforçamos para isso. Isso ocorre até de modo natural, sejam as pessoas com quem convivemos mais de perto – casamento, família e Igreja – ou as pessoas com quem convivemos em uma relação mais restrita – trabalho, escola, vizinhança, etc. 

Porém, em se tratando de Deus, parece que lidamos com Ele como se Ele não existisse de verdade, como se fosse apenas uma teoria ou construção de nossas mentes. Ou então parece que Ele não está por perto, haja visto a tendência que temos de ignora-Lo. Ora, se Deus existe, e Ele existe; e se cremos que a Bíblia é a Sua Palavra, pecamos em não buscar conhece-Lo, ou em fazer do conhecimento dEle algo de menor importância. Pecamos se não buscarmos conhece-Lo como Ele Se revela a nós em Sua Palavra. Portanto, vamos através dessa nova série de mensagens, “Intimidade Com o Eterno, Quem Deus É Para Nós”, buscar conhecer o Senhor mais de perto, desenvolvendo assim o que o Salmos 25:14 nos diz em tom de “um presente a quem quiser receber”, ou “a quem estiver apto”:

“A intimidade do SENHOR é para os que O temem, aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança.” Salmos 25:14.

Você está apto? Você deseja? Se assim é, vamos em frente na busca do conhecimento do Altíssimo, na busca da intimidade com o Eterno.

O texto de Naum é por demais conhecido e de fácil assimilação, fácil de decorar. Porém, é necessário entender cada um dos atributos divinos aqui revelados, pois cada um deles é mais precioso que um diamante, e o seu conhecimento faz toda diferença em nossa caminhada.

1 – Deus É Bom
“O SENHOR É bom” (7a)

São inúmeras as vezes em que a Bíblia nos fala acerca desse atributo divino, seja na expressão “Deus é bom, ou em outros termos que apontam nessa direção, em afirmativas e declarações acerca do caráter de Deus: benigno, justo, amoroso, misericordioso, compassivo, longânimo, tardio em irar-Se, etc. Deus É bom! Não duvide disso nunca, ainda que você passe pelas mais terríveis provações, quando sua fé é provada. É justamente aí que devemos confiar na bondade de Deus, pois crer que Ele É bom quando tudo nos vai bem, é relativamente fácil. Mas acreditar em Sua bondade quando passamos por lutas, é sinal de uma fé legítima e amadurecida.

As provas do amor de Deus são infindáveis: Sua criação, o Céu, a Terra e o Mar declaram a Sua bondade. O fato de você e eu existirmos também é reflexo disso. Nossas famílias, nossos bens, nossa saúde, enfim, tudo que Ele faz revela Sua bondade. Porém, há pessoas que em momentos difíceis questionam essa bondade latente, premente, tão visível, experiencial e comum a todos os seres viventes. As dúvidas poderão surgir quando nos virmos privados de alguma coisa, seja a saúde, os bens materiais de nossa subsistência e conforto, sejam os amigos, etc. É nessas horas que devemos nos lembrar que a maior prova da bondade de Deus não está nos fatores exteriores, sejam eles humanos ou materiais. A maior prova da bondade do Senhor está no fato de que Ele enviou o Seu Filho Unigênito, Jesus, para morrer por nós. Ele veio, morreu e ressuscitou, provando a todo homem que Deus É bom! (Rm 5:8).

2 – Fortaleza
“É fortaleza no dia da angústia” (7b)

A presença de Deus é real não só nas horas boas, mas também nos tempos de angústia. Deus nunca nos disse que não teríamos dias assim, pelo contrário Ele sempre nos alertou em Sua Palavra que passaríamos pelos vale da sombra e da morte (Sl 23:4), que teríamos aflições nesse mundo (Jo 16:33), que seríamos rejeitados e até perseguidos (Lc 21:16-17), mas sempre nos ordenou também a sermos fiéis até a morte (Ap 2:10). A ideia imaginária de que a fé nos livraria de todas essas coisas é anti-bíblica, não procede de Deus nem de Sua Palavra. Se perseguiram a Cristo, também nos perseguirão, se Ele sofreu, nós também sofreremos (Jo 15:20). A fé na verdade nos capacita a enfrentar as angústias da vida.

Por outro lado, isso também faz parte da própria vida humana, ou seja, não são só os crentes que sofrem, e não é pelo fato de ser crentes que não sofreremos. A confusão surge quando elementos não bíblicos são acrescentados na interpretação da Bíblia, como se fossem bíblicos. Em outras palavras, muitos e muitos estão confusos por não lerem a Palavra de Deus. Tornaram-se manipuláveis porque não deram crédito à Verdade, mas se deleitaram com as mentiras de lobos vorazes disfarçados de pastores.

Meu irmão, quando a angústia vier, e Deus já avisou que um dia ela virá, creia em Deus, creia em Sua bondade e em Seu amor, e Ele te susterá. Ele é uma fortaleza no dia da angústia SOMENTE PARA OS QUE NELE CREEM. Os que não creem caem em desespero e tristeza, ficam apavorados diante das tribulações, e nem precisa ser algo tão grave ou pesado. Uma unha encravada já basta para desestabilizar os que não sabem que o Senhor Deus é fortaleza.

A nossa fé cresce na medida em que desfrutamos do refúgio do Altíssimo.

3 – Conhecedor e Refúgio
“[...] conhece os que nEle se refugiam” (7c)

Pensei inicialmente em falar sobre o conhecimento de Deus e depois sobre o Seu refúgio. Mas note que as duas expressões estão intimamente ligadas, por isso resolvi tratar em um só ponto.

Deus conhece todas as pessoas, Ele É Onisciente, Deus sabe tudo a respeito de todos os seres humanos. Então o que significa essa parte do texto? A resposta é que Deus conhece os Seus filhos de um modo especial. O conhecimento de Deus é o caminho da busca da intimidade com Ele. Deus nos conhece perfeitamente, não só como o Deus Onisciente que Ele É, mas como o nosso “Abba Pai” (Rm 8:15; Gl 4:6). Ser conhecido pelo Senhor aparece aqui como um privilégio, uma honra, algo para nos dar segurança e paz! Por isso o texto termina com a expressão “nEle se refugiam”, isto é, Ele nos dá segurança porque nos refugiamos nEle. Mas notemos que o Senhor quis colocar sobre nós um grau de responsabilidade, ou seja, só é conhecido por Deus desse modo os que nEle se refugiam. 

Alguns pregadores tem a tendência de  excluírem do homem a sua responsabilidade em buscar o Senhor e refugiarem-se nEle. Alguns adeptos do “hiper-calvinismo” chegam a afirmar erroneamente que o próprio Deus faz o homem pecar. Esses estão blasfemando contra Deus, pois Ele a ninguém tenta (Tg 1:3). O argumento utilizado, em contradição a muitos textos bíblicos, é a soberania de Deus, logicamente interpretada de um modo não bíblico. Ninguém de bom senso questiona a soberania de Deus, pelo contrário, é através do entendimento desse atributo inabalável de Deus que a nossa fé é fundamentada. Porém, o fato de Deus ser soberano não faz dEle um servo, pelo contrário, Ele é Deus eternamente, amém! E Ele mesmo quis colocar sobre nós, Seus servos, o dever de buscarmos o Seu refúgio. É o que chamamos de “livre agência”, ou seja, Deus não vai nos possuir e nos forçar a buscar o Seu refúgio. Isso é dever de cada crente.

Obviamente, o fato de ser crente não exclui a possibilidade de algum filho de Deus vacilar e se esquivar de refugiar-se em Deus, pecando por soberba e idolatria, desprezando o conhecimento e a intimidade que Ele oferece, tornando-se passível de erros graves em sua caminhada. Cabe a cada filho de Deus o dever de refugiar-se nEle, livre, espontânea e amorosamente!

Conclusão

O conhecimento de Deus, assim como a Sua intimidade, é dado gratuitamente a todos crentes, mas nem todos o almejam de verdade.

Aplicações práticas

Como agir de modo pontual no sentido de desfrutar do conhecimento de Deus e Sua intimidade?

1. Certamente o caminhar com Deus é a base de tudo. A leitura atenta e constante da Bíblia, e sua prática, associada à oração, é algo de primeira importância nesse andar pela fé. Ninguém pode conhecer a Deus se não andar na presença de Deus, se dedicando a encontrar-se com Ele dia após dia.

2. A fortaleza de Deus e o Seu refúgio existem de fato em Sua presença. Quando O buscamos com fé e temor desfrutamos da segurança e da paz que Ele dá. Mas é preciso ser prático nisso, não há como buscar o Senhor e refugiar-se nEle ficando parados, endurecidos em inércia espiritual. Ele mesmo nos diz: “Vinde a Mim!”

3. Um modo de praticarmos essa busca prática do conhecimento e da intimidade do Senhor é sendo, ou procurando ser ao máximo, imitadores dEle nesses itens: bondade, fortaleza e refúgio. 

Bondade. Somos bons, ou queremos apenas desfrutar da bondade do nosso Deus? Nós mesmos, somos bons ou cruéis?

Temos disposição a fortalecer as pessoas, ou queremos apenas que Deus nos ajude? Somos egoístas ou altruístas?

Somos refúgio para os que necessitam de proteção, ou praticamos isso apenas com nossos mais chegados e excluímos os demais? Somos amigos ou inimigos gratuitos?

Que Deus tenha piedade de nós!

Soli Deo Gloria!!!

IPNA culto matutino 20/08/17
Rua Alvares Fagundes, 102, Americanópolis, São Paulo.

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