ENTENDA A REFORMA PROTESTANTE


IPB de Vila Gerti, S.C.Sul / SP
Pastoral Boletim 03.11.13

O dia 31 de outubro é para nós uma data especial. A partir desse dia, no ano de 1517, há 496 anos, aprouve ao Senhor redimir a Sua Igreja de um caminho de morte e destruição iminente. Louvado seja o Senhor que É zeloso e fiel com a Sua obra, e com o Seu povo. A idolatria e o paganismo haviam invadido a Igreja através de doutrinas e costumes estranhos ao Evangelho; a Noiva de Cristo estava totalmente descaracterizada daquele princípio simples e puro que fora instituído pelo Senhor em Atos 2. Foi então que o Senhor levantou o monge agostiniano e professor de teologia, Martinho Lutero, que afixou à porta da Igreja de Wittenberg, na Alemanha, as suas célebres 95 Teses, convidando a comunidade acadêmica local para um debate público sobre a venda das indulgências e outras questões controvertidas. Desde então, o dia 31 de outubro de 1517 tem permanecido na consciência evangélica como um símbolo fundamental do seu movimento.

Todavia, por mais decisivo e marcante que tenha sido, esse acontecimento pertence ao passado. Há muitos evangélicos que sonham com uma volta aos tempos da Reforma, ou da Igreja Primitiva. Porém, o fato é que os acontecimentos, circunstâncias e personagens passam inexoravelmente; somente as ideias e os ideais permanecem, e são eles, acima de tudo, que devem ocupar a nossa atenção.

Ao comemorarmos mais um aniversário da Reforma, de que maneira podemos celebrar a obra dos desbravadores evangélicos do século XVI? De que modo podemos honrar o Deus dos reformadores, nós que vivemos no início do século XXI? Uma das respostas é: conhecendo e encarnando as convicções que nortearam as suas vidas e os seus labores.

É notável o lugar que os reformadores deram ao Deus trino em seu pensamento e ação. Apesar dos fatores políticos, sociais e econômicos envolvidos na Reforma, o seu ímpeto mais central veio da profunda experiência religiosa de líderes como Lutero e Calvino. A sua visão da graça e da glória de Deus, mediada pelas Escrituras, levou-os a colocá-Lo no centro de suas vidas e a rejeitar tudo aquilo que pudesse obscurecer a Sua Majestade como o Senhor do Universo, da vida e da redenção.

Há que considerar o seu entendimento da Igreja como comunidade de adoração, comunhão e serviço. A Igreja não era para eles uma estrutura ou instituição, mas o conjunto dos fiéis que se reúnem para exaltar a Deus, estudar a Sua Palavra e celebrar a Sua salvação. A Igreja existe para efetuar a obra do testemunho e serviço, dentro e fora do templo.

Finalmente, os reformadores nos inspiram em seu entendimento da sociedade. Rompendo com a dicotomia entre sagrado e secular, os líderes da Reforma e seus seguidores insistiram no fato de que toda a vida pertence a Deus e deve refletir o Seu Senhorio. Com seu trabalho e exemplo, o cristão deve esforçar-se para que os valores do Reino permeiem todas as áreas da coletividade.

Que sejam essas as nossas preocupações ao lembrarmos novamente os eventos e personagens dos quais somos herdeiros.

Adaptado do texto do Rev. Alderi Souza de Matos, “A Reforma, Ontem e Hoje”.

SDG - A DEUS TODA GLÓRIA!!!

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