PRAZER - FINALIDADE MÁXIMA DA VIDA?

Por: Pr. Sergio Leotto

Você já ouviu frases do tipo “Eu estou buscando a minha felicidade!”, ou músicas com o refrão “Eu só quero é ser feliz...”, ou propagandas dizendo “Satisfação garantida... Prazer sem limites...”? São frases que espelham uma das principais filosofias do nosso tempo: o “hedonismo”. Esta é uma daquelas palavras que as pessoas ouvem com frequência, mas não sabem muito bem o que significa. Sua orígem, vem do grego "hedonê", que significa prazer.

Hedonismo é definido como uma doutrina moral, que considera ser o prazer, a finalidade máxima da vida. Esta maneira de pensar, surgiu na Grécia antiga, por volta de 400 a.C. e desde aquela época, já dividia pensamentos: os epicuristas acreditavam que os homens deveriam buscar os prazeres da mente, e não os prazeres do corpo. Achavam sábio, evitar os prazeres que mais tarde pudessem lhes causar dor. Os cirenaicos discordavam, achando os prazeres do corpo mais importantes que os da mente.

Vivemos numa sociedade hedonista, goste você deste fato, ou não! As novelas e as literaturas giram em torno desta idéia; o lugar onde você trabalha, treina os funcionários e exige que eles cativem seus clientes, com estes princípios; nossas Universidades valorizam este sistema de pensamento; as leis do país, são feitas no Congresso e julgadas no Judiciário, levando em conta “a busca e o direito do cidadão ser feliz”. Esta é a busca do hedonismo!

O fato de “buscar ser feliz”, não é o que nos preocupa, pois qualquer ser humano gostaria de ser feliz, a maior parte do tempo! Neste sentido, até existe um lado positivo do hedonismo. O problema reside em fazer do prazer, a finalidade máxima da vida. Quando isto acontece, a Ética e a Moral são colocadas a serviço do prazer. Ou seja: se para obter prazer, eu tiver que mentir ou enganar alguém, ser infiel, usar de meios errados, obscuros ou proibidos, “não há problema” (segundo esta filosofia), pois como diria Maquiavel “os fins justificam os meios”, e portanto, se a pessoa alcançou o prazer, está tudo justificado!

As consequências do lado mau do hedonismo, são estampadas diariamente nos meios de comunicação: aumento de infidelidades, adultérios, traições e aberrações como a pedofilia, bestialidade, perversão sexual, utilização da internet para prostituição, pornografia, vendas de produtos tipo “sex-shopp”, etc. Além disso, temos uma erotização infantil, cada vez mais precoce; altíssimos índices de DSTs e de gravidez na adolescência; mortalidade por AIDS aumentando até no meio de anciãos com mais de 70 anos! A maioria destas pessoas, se fossem entrevistadas, possivelmente diriam: “Eu só estava buscando ser mais feliz!”.

Nossa vida é feita por ESCOLHAS! Todas as nossas escolhas trazem CONSEQUÊNCIAS. Se nossas escolhas forem BOAS, trarão consequências boas para nossa vida. Mas, se fizermos MÁS escolhas, as consequências também serão más! Não há como fugir deste fato! E o apóstolo Paulo, em 2 Timóteo 3 diz que “nos últimos dias teremos tempos terríveis”, onde as pessoas farão péssimas escolhas! No verso 4, Paulo diz que as pessoas serão “traidoras, precipitadas, soberbas, mais amantes dos prazeres do que amigas de Deus”. O que devemos fazer? A partir do que o apóstolo nos disse: 1. Não podemos supervalorizar os prazeres; 2. Devemos escolher ser amigos de Deus, do que amigos dos prazeres!

Quando somos amigos de Deus, desejamos fazer o que o Ele considera certo, tanto na área ética, quanto na área moral. Qualquer busca de felicidade, estará vinculada a agradar ao Senhor, com tudo o que somos e realizamos. O prazer terá o seu lugar, mas não pode ser nem menosprezado, nem supervalorizado. Como amigos de Deus, devemos trazer à memória, valores que dão esperança (Lamentações 3:21) e que nos fortalecem, para tornar o nosso mundo, a cada dia, um pouco melhor: “Tudo o que for verdadeiro, nobre, correto, puro, amável, de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, seja isso o que ocupe o seu pensamento.” (Filipenses 4:8).

A busca do prazer, existe em todo o reino animal. Mas nesta procura, o que nos diferencia como seres humanos, é podermos utilizar o prazer, não como simples “instinto”, mas com discernimento, honra, limites, ética e razão (afinal, nós somos animais racionais). Assim sendo, devemos agir como cristãos verdadeiros e não como amantes dos prazeres, que muitas vezes mantém uma “vida dupla”: uma, com “cara de santo” aos domingos e outra, vivendo como o diabo gosta, nos outros dias da semana. Estes, apenas “esquentam os bancos” das Igrejas, manifestando uma conversão “da boca para fora”. Devemos ensinar nossos filhos e orientá-los. E não faremos isso, apenas “vigiando” suas atitudes e os sites, que eles tem acessado na internet, mas principalmente sendo bons exemplos de “amigos de Deus”.

Fortalecendo a Família.

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