COMO VOCÊ REAGE ÀS PRESSÕES?

Pastoral 12.09.10

“Bem aventurado o homem que suporta com perseverança a provação...” Tiago 1:12.

Certa vez, quando estávamos em retiro com a igreja na cidade de Suzano, nos deparamos com uma cena um tanto incomum. Lembro-me que o espaço reservado para os estudos, culto e demais atividades, ficava um pouco retirado do ambiente da casa onde dormíamos. Aquele ambiente, embora não fosse o mais adequado, era o único espaço que poderíamos dispor para as nossas programações. E, logo que chegamos ali, enquanto o preparávamos aquele lugar, percebemos que naqueles dias, iríamos conviver com um quadro diferente, pois, sobre uma mesa ali colocada, havia uma caixa onde uma galinha cuidadosamente chocava os seus ovos.

Todos nós sabemos, creio eu, o quanto uma galinha é arisca. Não é o tipo de animal que se deixa ser tocado ou sequer ser alisado. Entretanto, aquela ave, em particular, se encontrava numa condição bastante difícil. Embora tivesse uma natureza arisca, sair dali enquanto a tocávamos e alisávamos, e, isto acontecia de fato, significava deixar os seus preciosos ovos à mercê de estranhos; por outro lado, ficar ali, significava se submeter a algo que devia incomodá-la profundamente, sem considerar a sensação de insegurança e ameaça.

Pensar sobre a situação vivida por ela, me faz pensar no modo como reagimos às pressões que sofremos. Afinal, por mais que não gostemos da idéia, as pressões fazem parte da nossa vida. Hoje, muitos estão vivendo tristezas, angústias, amarguras geradas pelo fato de não ter resistido devidamente às pressões vividas no passado. Mas, para a nossa surpresa, durante os quatro dias que ficamos naquela chácara, a nossa personagem, suportou as nossas vozes, risos, brincadeiras, agitações, além da constante aproximação de crianças e adultos. A questão a considerar é: o que fez com que ela resistisse a fugir e aceitasse aquela situação tão difícil? Creio que a resposta é simples, para ela, preservar os seus ovos, estava acima de qualquer risco, desconforto ou transtorno que pudesse vir a passar. Agora, porque as pessoas por vezes não resistem às pressões?

O que concluímos à luz desse relato, é que talvez lhes falte o devido senso de preservação e proteção, senso esse que uma simples galinha demonstrou ter por seus “ovos”. Neste contexto se constituem em: família, carreira profissional e acadêmica, amizades, casamento, ministérios, testemunho, comunhão com Deus e tantas coisas importantes que deixamos em segundo plano, ou até desprezamos ao cedermos às pressões do dia a dia. Sejamos firmes em resistir às pressões e protegendo esses que são os maiores tesouros que recebemos de nosso Deus.

Deus dê a todos uma ótima semana.

Autor: Rev. Nelson França – IPB de Praia Grande / SP.

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